20 anos de sucessos nas bilheterias brasileiras – Ano 2008

20 anos de sucessos nas bilheterias brasileiras – Ano 2008

20 anos de sucessos nas bilheterias brasileiras – Ano 2008

Enquanto os cinemas estão fechados graças à epidemia de COVID-19, que tal olharmos para trás? Nesta série de matérias especiais, vamos conhecer os filmes que levaram multidões aos cinemas...

20 anos de sucessos nas bilheterias brasileiras – Ano 2008
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Enquanto os cinemas estão fechados graças à epidemia de COVID-19, que tal olharmos para trás? Nesta série de matérias especiais, vamos conhecer os filmes que levaram multidões aos cinemas brasileiros durante quase duas décadas nas bilheterias brasileiras.

Cada parte da matéria trará as 10 maiores bilheterias de cada ano do século, com uma análise em separado sobre suas performances, além das maiores aberturas, entre outros temas muito interessantes!


Leia aqui sobre as maiores bilheterias dos anos 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006 e 2007, e conheça agora as maiores de 2008:

 


Maiores filmes em 2008:

 

# Nome do filme Data de estreia Nº de ingressos vendidos Faturamento (em R$)
1 Madagascar 2: A Grande Escapada 12/12/2008 5.181.356 38.174.094,00
2 Batman: O Cavaleiro das Trevas 18/07/2008 4.023.063 32.710.259,00
3 Kung Fu Panda 04/07/2008 3.804.841 26.889.234,00
4 Homem de Ferro 30/04/2008 2.806.570 23.372.967,00
5 Hancock 04/07/2008 2.726.282 21.779.579,00
6 Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal 22/05/2008 2.477.300 21.796.813,00
7 A Múmia: Tumba do Imperador Dragão 01/08/2008 2.226.087 17.552.573,00
8 Eu Sou a Lenda 18/01/2008 2.220.696 18.381.847,00
9 Meu Nome Não é Johnny 04/01/2008 2.115.673 18.021.354,00
10 007: Quantum of Solace 07/11/2008 1.849.586 16.306.768,00

 


Sob muitos aspectos, 2008 foi um ano que ajudou a definir o cinema e a cultura pop da década seguinte. A aclamação crítica e a incrível bilheteria global de Batman: O Cavaleiro das Trevas ajudou a consolidar os filmes de super-heróis entre os cinéfilos. Já a maior franquia da história, o MCU, nascia de maneira explosiva com o bom desempenho de Homem de Ferro.

Dito isso, o líder daquele ano nas bilheterias brasileiras não foi nenhum longa de heróis.


A animação da DreamWorks Madagascar 2 chegou às telonas brasileiras no final do ano de maneira arrasadora. A comédia animada estreou levando 860 mil pessoas aos cinemas em dezembro, e desempenhou de maneira exemplar nas semanas seguintes, aproveitando-se das férias escolares. Como resultado, 5,18 milhões de ingressos vendidos ao final de sua carreira, um público maior que o de outros titãs animados, como Os Incríveis, Procurando Nemo e Shrek 2

O longa manteria por alguns anos o título de maior bilheteria nacional da DreamWorks, e ainda renderia mais uma continuação quatro anos depois, cujo desempenho foi igualmente excelente.

 

 

Na segunda posição, o blockbuster mais comentado e aclamado do ano: O Cavaleiro das Trevas impressionou a todos naquele ano graças à premiada performance de Heath Ledger como o vilão Coringa. Essencialmente um thriller policial disfarçado de filme de super-herói, o longa bateu recordes de bilheteria nos EUA e chegou a ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão nas bilheterias, tornando-se o primeiro filme baseado em quadrinhos a atingir tal feito.

Já aqui no Brasil O Cavaleiro das Trevas estreou levando 775 mil pessoas aos cinemas no primeiro fim de semana, um resultado decente, porém abaixo das aberturas dos três longas do Homem-Aranha de Sam Raimi, bem como da de X-Men: O Confronto Final (887 mil ingressos). Felizmente, o longa teve ótima sustentação nas semanas seguintes e saiu de cartaz tendo vendido mais de 4 milhões de ingressos, um público superior ao de Batman: O Retorno (2,24 milhões de ingressos em 1992), Batman Eternamente (1,82 milhão em 1995), Batman e Robin (1,91 milhão em 1997), Batman Begins (2,36 milhões em 2005) e Superman: O Retorno (2,56 milhões em 2006). Por outro lado, mesmo com toda a aclamação crítica O Cavaleiro das Trevas não conseguiu bater os 4,5 milhões de ingressos vendidos pelo primeiro Batman de Tim Burton em 1989, ou os mais de 5 milhões do primeiro Superman de Richard Donner no final dos anos 1970.

Logo atrás, veio uma das maiores animações daquele ano: Kung Fu Panda estreou em julho de 2008 em segundo lugar, atrás da abertura de Hancock (sim, ambos estrearam no mesmo dia no Brasil), porém teve excelente sustentação nas semanas seguintes. No total, foram 3,8 milhões de espectadores, tornando o longa da DreamWorks a maior animação daquelas férias. 

 

 

Hancock, apesar de ter estreado com valores superiores aos do primeiro longa do panda Po, acabou decaindo mais rapidamente. Ainda assim, o filme vendeu 2,72 milhões de ingressos, um grande feito para um longa totalmente original, que não adapta nenhum livro ou quadrinho. Tal bilheteria foi conquistada apenas com o carisma e o estrelato de Will Smith, que naquela época estava em seu auge.

O ator de Um Maluco no Pedaço fazia tanto sucesso que ele foi capaz de transformar em sucesso um longa no qual ele aparece sozinho por boa parte de sua duração. Eu Sou a Lenda estreou em janeiro de 2008 foi o oitavo longa que mais vendeu ingressos naquele ano, com 2,22 milhões de pessoas. 

Enquanto isso, todo um universo de super-heróis nascia. Homem de Ferro chegou às telonas em abril de 2008 de maneira humilde, vendendo 616 mil ingressos, menos do que X-Men 2, X-Men: O Confronto Final ou qualquer longa do Homem-Aranha. Mesmo assim, a recepção dos críticos foi bastante positiva e o filme desempenhou de maneira forte nas semanas seguintes, chegando a quase 3 milhões de ingressos vendidos no Brasil. 

 

 

Foi o suficiente para que a franquia mais poderosa de Hollywood chegasse aos cinemas com o pé direito.

Em maio daquele ano outro herói fez seu retorno às telas. Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, o quarto longa da franquia do arqueólogo mais famoso das telas, vendeu pouco mais de 630 mil ingressos no primeiro fim de semana, e veio a sair de cartaz com um público de 2,48 milhões de pessoas.

Trata-se de um público superior ao de ambos A Múmia e O Retorno da Múmia, embora abaixo dos mais de 3 milhões de ingressos vendidos por Os Caçadores da Arca Perdida nos anos 80. Entretanto, foi o sucesso do quarto longa do herói que abriu caminho para que outras franquias dos anos 70 e 80 retornassem com tudo na década seguinte, desde Star Wars a Os Caça-Fantasmas, passando por Blade Runner e RoboCop.

Em sétimo lugar, outro aventureiro das telas, Rick O’Connell (interpretado por Brendan Fraser) também voltou aos cinemas em A Múmia: Tumba do Imperador Dragão. O herói saiu do Egito e foi enfrentar múmias chinesas no novo filme (aproveitando-se das Olimpíadas, que naquele ano foram na China), mas mesmo assim ele obteve um público inferior ao de suas duas aventuras anteriores. 

 

 

O cinema nacional naquele ano foi representado por Meu Nome não é Johnny, a cinebiografia estrelada por Selton Mello no papel do criminoso João Guilherme Estrella, foi o maior longa brasileiro daquele ano, com 2,11 milhões de ingressos vendidos. Foi um sucesso, embora a falta de uma comédia realmente bem sucedida fez falta entre as bilheterias nacionais daquele ano.

Finalmente, o James Bond de Daniel Craig retornou para sua segunda aventura em 007: Quantum of Solace. Filmes de espionagem não costumam ter grandes bilheterias no país, porém este foi impulsionado pela boa recepção de Cassino Royale, permitindo que ele chegasse a uma bilheteria superior à de seu antecessor.

Maior fim de semana de abertura do ano: Madagascar 2, com 858 mil ingressos. Nem mesmo todo o gigantesco hype em cima de O Cavaleiro das Trevas conseguiu superar os ótimos números dos bichos da DreamWorks. Ainda assim, nenhum filme naquele ano conseguiu vender mais de 1 milhão de ingressos na estreia.

 

Número de salas de cinema naquele ano: 2063

Público total: 89,1 milhões de ingressos

Média por sala: 43.194

 

Com menos blockbusters do que no ano anterior, 2008 foi um ano relativamente fraco. Apesar do circuito nacional ter ganho 13 novas salas, ainda assim a média de público por sala decaiu mais uma vez. 

Felizmente, no ano seguinte tudo isso iria mudar.

 

Fonte: FilmeB.

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