Bilheteria total de 2023 vai ficar abaixo das expectativas, e 2024 vai ser pior

Sequência de fracassos e greves em Hollywood fizeram a bilheteria do ano ficar abaixo do previsto, e tudo aponta que a situação será ainda pior no próximo ano.

Bilheteria total de 2023 vai ficar abaixo das expectativas, e 2024 vai ser pior

Sequência de fracassos e greves em Hollywood fizeram a bilheteria do ano ficar abaixo do previsto, e tudo aponta que a situação será ainda pior no próximo ano.

Bilheteria total de 2023 vai ficar abaixo das expectativas, e 2024 vai ser pior
FLOP ATRÁS DE FLOP
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Ao contrário do que muitos analistas do mercado de cinema hollywoodiano estavam prevendo no início do ano, a receita total da bilheteria doméstica em 2023 não deve alcançar os US$ 9 bilhões. Pelo contrário: deve ficar pouco abaixo disso.




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O ano até começou de modo promissor. Após a seca de filmes ocasionada pela pandemia atrasando suas produções que castigou a indústria do cinema entre julho e outubro de 2022, finalmente parecia que Hollywood voltaria a entregar um suprimento constante de novas estreias capazes de atrair o público toda semana.

Apesar do desastre de Shazam! Fúria dos Deuses e da performance vexatória de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania, os primeiros meses do ano foram marcados por sucessos como Creed III (US$ 275 milhões na bilheteria global), Pânico VI (US$ 169 milhões) John Wick 4 (US$ 440 milhões) e, claro, o bilionário Super Mario Bros.: O Filme (US$ 1,36 bilhão). Isso sem falar em longas do final do ano anterior que seguiram fortes no primeiro trimestre de 2023, como Avatar: O Caminho da Água e Gato de Botas: O Último Pedido.


Então veio o verão norte-americano e, com ele, algumas decepções (Velozes & Furiosos 10, Missão: Impossível: Acerto de Contas – Parte Um), alguns hits (Homem-Aranha: Através do Aranhaverso) e a noção de que filmes de super-heróis não eram mais os titãs que haviam sido até antes da pandemia graças à estreia fraca de Guardiões da Galáxia Vol. 3 (que, para ser justo, se recuperou depois, tal como a animação da Pixar Elementos) e ao vergonhoso fracasso de The Flash.

Mas as coisas começaram a esquentar mesmo a partir da segunda quinzena de julho, quando chegaram às telas a dupla de filmes mais adorada pelos memeiros da internet: Barbie e Oppenheimer. Mais do que concorrentes, a comédia de Greta Gerwig e o drama histórico de Christopher Nolan se complementaram e trouxeram uma arrecadação inacreditável (US$ 1,44 bilhão global para Barbie e US$ 952 milhões para Oppenheimer).


Parecia que os tempos sombrios da pandemia haviam ficado para trás, certo? Infelizmente, enquanto Barbenheimer fazia a festa da indústria (e da internet), Hollywood vivia momentos dramáticos com a greve dos roteiristas e atores. As paralisações, que duraram diversos meses, atrasaram diversas produções, não apenas aquelas que ainda estavam sendo filmadas como também as que estavam prestes a ser lançadas e não puderam ser promovidas pelo elenco.

Graças à proibição do sindicato dos atores de que os artistas participassem em quaisquer eventos ou entrevistas, a bilheteria de diversos filmes lançados a partir de agosto sofreu drasticamente, conforme você viu aqui.


A segunda metade do ano trouxe surpresas tanto boas quanto ruins para Hollywood. Entre as boas estavam a performance miraculosa de Taylor Swift: The Eras Tour (de longe a maior bilheteria para um filme-concerto da história, com US$ 250 milhões) e sucesso inspirador, apesar das críticas ruins e da estreia simultânea no streaming, de Five Nights at Freddy’s (US$ 289 milhões).

Em novembro, já com as greves encerradas, a prequel Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes até se saiu melhor do que o esperado (US$ 290 milhões), mas esta foi praticamente a única notícia boa do mês. As Marvels foi um desastre de proporções épicas (US$ 205 milhões global a um custo de US$ 220 milhões, isso fora os gastos com marketing) e a animação Wish: O Poder dos Desejos (US$ 127 milhões, apesar de que ainda precisa estrear em vários países), criada para comemorar os 100 anos da Disney, fracassou não só com o público mas também com a crítica (apenas 49% no Rotten Tomatoes).


Juntos, o fracasso desses dois longas causaram não apenas uma humilhação histórica para a Disney (que se torna ainda mais dolorosa por este ter sido o ano de seu centenário) como também destruíram todas as esperanças da época do Barbenheimer de que o ano pudesse chegar aos US$ 9 bilhões ao todo.

Junte tudo isso com o fato de que diversos filmes se viram obrigados a fugirem para 2024 ou até para além disso por conta das greves, em especial Duna: Parte 2. Tido como uma das principais esperanças para o final de 2023, o adiamento do épico sci-fi de Denis Villeneuve causou grande prejuízo para a indústria no encerramento do ano.

Enfim, a Variety reporta que até o último domingo, dia 17 de dezembro, a bilheteria doméstica total do ano estava em US$ 8,58 bilhões, ou a apenas US$ 416 milhões de atingir os US$ 9 bilhões previstos. Porém, é improvável que chegue lá, mesmo apesar da promissora estreia do bem recebido musical Wonka (atualmente com US$ 43 milhões nos EUA e US$ 156,2 milhões global).

Isso porque o grande blockbuster do fim de ano é Aquaman 2: O Reino Perdido, o quarto longa da DC deste ano, que vem de uma série de desastres nos últimos anos, os piores dos quais concentrados em 2023. O vergonhoso histórico recente da casa do Batman e do Superman praticamente garante que Aquaman 2 não chegará perto dos números astronômicos de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Avatar: O Caminho da Água ou mesmo do primeiro Aquaman, até hoje a maior bilheteria da história da DC.

Enfim, conforme diz a Forbes, a bilheteria doméstica ultrapassou os US$ 10 bilhões anuais em cada ano pré-pandêmico desde 2009, e chegou a até mesmo superar os US$ 11 milhões entre 2015 e 2019. O maior ano da história da bilheteria americana foi 2018 com US$ 11,8 bilhões, graças ao sucesso dos próprios super-heróis que hoje causam tanta dor de cabeça à Hollywood: Vingadores: Guerra Infinita, Pantera Negra, Os Incríveis 2, Aquaman e Venom, entre outros sucessos fora da Marvel e DC.

Porém, a partir de 2020 a pandemia de Covid-19 caiu feito uma bomba no colo da indústria de cinema norte-americana e, quando parecia que Hollywood estava deixando esse período sombrio para trás, veio a greve dos atores e roteiristas que, combinada a uma série de outros fatores (fadiga do público com filmes de heróis e franquias cansadas, ascensão dos serviços de streaming, etc), levou a um segundo semestre de 2023 mais fraco que o esperado. E 2024 promete ser ainda pior.

Se a indústria e, principalmente, os exibidores sobreviverem até 2025 então talvez voltará a ter um ano decente, com mais uma sequência de Avatar, diversos novos filmes da Marvel e DC e vários outros longas adiados por conta da greve.

Mesmo assim, ainda estamos longe das bilheterias voltarem aos níveis pré-pandêmicos – se é que vão voltar algum dia.

Mas e você, o que pensa de tudo isso? Deixe seu comentário aí embaixo!

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