Missão: Impossível 7 é um fracasso ou um sucesso de bilheteria?

Novo filme da franquia estrelada por Tom Cruise, Missão: Impossível 7 ultrapassou marca importante na bilheteria, mas ainda está longe do faturamento ideal.

Missão: Impossível 7 é um fracasso ou um sucesso de bilheteria?

Novo filme da franquia estrelada por Tom Cruise, Missão: Impossível 7 ultrapassou marca importante na bilheteria, mas ainda está longe do faturamento ideal.

Missão: Impossível 7 é um fracasso ou um sucesso de bilheteria?
CRUISE NÃO DEVE ESTAR FELIZ
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Enquanto Barbie quebra recordes nas bilheterias e Oppenheimer se torna uma das maiores arrecadações de Christopher Nolan, Missão: Impossível: Acerto de Contas – Parte Um segue em cartaz, tentando conquistar o que der em meio a tanta competição.




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O longa de ação estrelado por Tom Cruise possui US$ 159,5 milhões na bilheteria americana e US$ 362,9 milhões fora dos EUA/Canadá, resultando num total de US$ 522,4 milhões globalmente. Trata-se da 10ª maior bilheteria de 2023, logo atrás de A Pequena Sereia (US$ 567 milhões).

No entanto, esse não é nem de longe o resultado que Cruise e a Paramount desejavam. Para começar, dentre os sete filmes da franquia Missão: Impossível, este Acerto de Contas – Parte Um só fica à frente do primeiro de 1996 (US$ 458 milhões) e do terceiro, lançado em 2006 (US$ 399 milhões) na bilheteria global.


Até mesmo o segundo filme, de 2000, o supera, ainda que por pouco (US$ 549 milhões). Os últimos longas da saga, lançados entre 2011 e 2018, alcançaram um total entre os US$ 690 milhões e US$ 786 milhões, fora do alcance do sétimo.

Na bilheteria americana, a situação é ainda mais feia: seus US$ 159 milhões são o segundo pior faturamento da saga nos EUA, à frente apenas do terceiro (US$ 133,5 milhões). Mesmo o primeiro filme, que, como dito acima, foi lançado há 27 anos atrás, conseguiu faturar mais na bilheteria americana (US$ 180 milhões). Se considerarmos a inflação, Acerto de Contas – Parte Um torna-se o filme da série Missão: Impossível que menos vendeu ingressos para as salas americanas da história (o total ajustado do terceiro é de US$ 187 milhões).


E fica pior: apesar do desempenho pífio e abaixo dos últimos capítulos, Acerto de Contas – Parte Um é o mais caro da série, com um custo de produção de exorbitantes US$ 290 milhões. Até então, esta não era uma série exatamente cara para os padrões das principais franquias hollywoodianas, com os últimos longas custando entre US$ 120 milhões e US$ 180 milhões.

O que deu errado então? Afinal, o filme teve ótimas críticas (96% no Rotten Tomatoes), boa recepção do público, a dupla Tom Cruise e Christopher McQuarrie quentes após o mega sucesso de Top Gun: Maverick, cenas de ação grandiosas que pedem para ser vistas na maior tela possível… Como ele conseguiu ter uma carreira tão fraca?


Uma palavra: Barbenheimer. O fenômeno composto pela comédia feminista de Greta Gerwig Barbie e pelo drama ambientado na Segunda Guerra de Christopher Nolan Oppenheimer roubou totalmente a atenção de Missão: Impossível 7. Este último, em particular, tem sido o flagelo de Acerto de Contas 1, por ter tirado do longa de ação todas as telas IMAX após apenas uma semana.

Uma das maiores bilheterias da história do IMAX, Oppenheimer foi o verdadeiro filme “que tem que ser visto na maior tela possível” do último mês, não Missão: Impossível 7.


A conclusão que dá para tirar disso é que a culpa pelo fiasco é da própria Paramount, que escolheu lançar seu caríssimo e importante novo capítulo de uma de suas maiores franquias uma semana antes dos cinemas serem tomados pelo furacão conhecido como Barbenheimer.

Sim, você pode argumentar que o estúdio não tinha como ter previsto que a famigerada “dupla dinâmica” seria tão forte. Porém, a Paramount soube com anos de antecedência que Nolan abriria seu novo filme uma semana depois de Missão: Impossível 7, e ambas as produções dependem do IMAX para construir o hype de que merecem ser vistas no cinema.

No mínimo eles deveriam ter movido Acerto de Contas – Parte Um para outra data, longe de qualquer outro blockbuster que dependa do IMAX. Por que não Abril? Durante tal mês, Super Mario Bros reinou sozinho como o único arrasa-quarteirão e, considerando que se trata de uma animação infantil, caberia perfeitamente mais um filme de ação para adultos como este Missão: Impossível 7. Outubro também seria uma boa opção, pois tal mês carece de um arrasa-quarteirão do tamanho de Acerto de Contas.

Porém, a Paramount insistiu em abrir no meio do verão, uma semana antes de Oppenheimer, e com isso acabaram vendo seu caríssimo blockbuster afundar.

Dito isso, a segunda parte de Acerto de Contas abre no ano que vem. Se o público que priorizou Barbie e/ou Oppenheimer nos cinemas descobrir a parte 1 no streaming durante os próximos meses e gostar do que viu, isso pode ajudar a parte 2 a se sair melhor que o antecessor. Quem sabe?

Continue ligado no Legado Plus!

[fontes: The Numbers e Box Office Mojo]

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