Novo Indiana Jones fracassa nas bilheterias e pode dar prejuízo maior que The Flash

Indiana Jones e o Chamado do Destino teve abertura fraca nas bilheterias americanas e globais e será um grande prejuízo para a Disney.

Novo Indiana Jones fracassa nas bilheterias e pode dar prejuízo maior que The Flash

Indiana Jones e o Chamado do Destino teve abertura fraca nas bilheterias americanas e globais e será um grande prejuízo para a Disney.

Novo Indiana Jones fracassa nas bilheterias e pode dar prejuízo maior que The Flash
REVIVAL NÃO DEU CERTO
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Mais uma das grandes esperanças de bilheteria para 2023 acaba de estrear com números totalmente decepcionantes. Indiana Jones e o Chamado do Destino estreou com fraca bilheteria ao redor do globo.




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Nos EUA, o aventureiro interpretado por Harrison Ford faturou US$ 60 milhões no fim de semana, levemente abaixo das expectativas. Fora da América do Norte, foram mais US$ 70 milhões, resultando em US$ 130 milhões global.

Comparações com os filmes anteriores da franquia são difíceis. Os três primeiros saíram entre 1981 e 1989, quando o mercado de cinema era bem diferente do de hoje. Já o quarto estreou em 2008 com US$ 100 milhões nos EUA e US$ 272,1 milhões ao redor do globo.


Mas quais os motivos para a performance decepcionante de O Chamado do Destino? Em primeiro lugar, há o fato de que o longa atraiu quase que exclusivamente os espectadores mais velhos: segundo o Box Office Pro, apenas um quarto da audiência tinha 25 anos ou menos, enquanto os espectadores acima de 54 anos representaram o maior quadrante demográfico.

Indiana Jones é uma franquia que atingiu seu auge nos anos 1980, quando grande parte do público que consome cinema hoje em dia nem sequer estava vivo ou era muito novo. Claro, os jovens podem até ter assistido as aventuras do arqueólogo em VHS, DVD ou Blu-Ray, porém para muitos a única lembrança cinematográfica da franquia foi O Reino da Caveira de Cristal, a sequência de 2008 cuja recepção entre críticos e fãs foi medíocre.


A Disney, ao adquirir a Lucasfilm e autorizar um novo Indiana Jones, até tentou atrair espectadores mais jovens ao contratar a atriz da série Fleabag Phoebe Waller-Bridge e o diretor de Logan James Mangold. Ainda assim, boa parte do público pagante foi constituído por cinéfilos mais velhos.

Mas eu diria que o problema que mais prejudicou a performance de O Chamado do Destino foram as críticas mistas e negativas que saíram após a estreia do longa no Festival de Cannes. Sabendo que o filme em suas mãos tinha perspectivas arriscadas, a Disney optou por fazer uma pré-estreia no festival francês, confiante de que teria um novo Top Gun: Maverick (que também estreou em Cannes antes de sua explosiva performance nas bilheterias) em mãos.


No entanto, Indiana Jones 5 e seu colega de Disney, a animação da Pixar Elementos, saíram de Cannes com uma recepção crítica totalmente decepcionante na bagagem. As primeiras reviews fizeram O Chamado do Destino tornar-se o primeiro filme do arqueólogo a ficar com um “tomate podre” no Rotten Tomatoes – desde então, sua recepção melhorou (um pouco) e o longa conta com 68% no site. Mas aí o estrago já estava feito e o novo Indy viu o hype diminuir consideravelmente.

Afinal, para que pagar para ver no cinema um longa de uma franquia cujo último capítulo já não tinha sido muito bom, sendo que o novo filme não parece ser uma melhora muito grande? Após ver as críticas, certamente grande parte da audiência optou por deixar para ver o longa no streaming.


No fim das contas, Indiana Jones 5 teve um desempenho muito próximo do de outros filmes de ação de franquias antigas e estreladas por atores mais velhos (embora não tão velhos quanto Ford), como Missão: Impossível – Efeito Fallout (US$ 61,2 milhões) e 007: Sem Tempo para Morrer (US$ 55 milhões).

Esses até não seriam valores tão ruins se O Chamado do Destino não tivesse sido tão caro. A um custo de absurdos US$ 300 milhões, o longa precisaria simplesmente se tornar o maior de sua franquia com US$ 900 milhões se não quisesse dar prejuízo.

Ao invés disso, o IndieWire estima que Indiana Jones 5 ficará entre US$ 300 e 350 milhões na bilheteria global, o que será o suficiente para dar um prejuízo para a Disney maior do que o do fiasco da Warner The Flash (que custou US$ 200 milhões e vai ficar em torno de US$ 250 milhões globalmente).

Afinal, se o filme está atraindo principalmente espectadores mais velhos, este segmento demográfico terá dois outros blockbusters direcionados a ele nas próximas semanas, nomeadamente Missão: Impossível: Acerto de Contas – Parte 1 e Oppenheimer. Dado a recepção mediana de Indiana Jones 5, é bem provável que muitos prefiram deixar para ver o aventureiro em casa enquanto gastam o dinheiro do ingresso com o filme de ação estrelado por Tom Cruise ou com a biografia comandada por Christopher Nolan.

E você, vai assistir Indiana Jones e o Chamado do Destino nos cinemas? Comente conosco aí embaixo!

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