[CRÍTICA] Pânico é uma revisitação que funciona muito bem
Pânico está chegando aos cinemas em breve, deixando muita gente com um pé atrás sobre o novo filme da franquia. Isso porque não dá pra negar que quando se...
Pânico está chegando aos cinemas em breve, deixando muita gente com um pé atrás sobre o novo filme da franquia. Isso porque não dá pra negar que quando se fala em reboot de filmes clássicos, os fãs ficam com um pé bem atrás por medo de que estraguem a franquia ou façam algo que eles não gostem.
Entretanto, como parte do legado de Wes Craven, a brincadeira do novo filme é justamente essa. É trazer os personagens novos e antigos, além de brincar com os fãs malucos que vivem criando fóruns na internet para falar sobre os filmes. Pânico, com certeza, é um grande acerto no meio de tantos reboots, isso porque ele não refaz nada do zero, traz personagens marcantes e ainda consegue trazer uma nova história sobre o infame Ghostface.
Confira a crítica de Pânico do Legado Plus sem spoilers.
Pânico revisita e traz uma nova ideia para a franquia
A crítica aos fãs de cultura pop que odeiam que mexam em clássicos casou muito bem com a ideia desse filme, de forma que Wes Craven ficaria orgulhoso de sua obra. Não dá pra negar, esse ponto é uma das melhores coisas de Pânico, porque ele brinca com uma coisa atual e ainda traz de volta o assombroso Ghostface que mata quase que por diversão.
E isso é uma das melhores coisas que o filme poderia nos apresentar. Porque ele tem tudo aquilo que os fãs mais antigos gostam, que são as mortes e a perseguição do serial killer em cima de suas vítimas, mas também, tem elementos originais que fazem o filme funcionar. O longa é quase que um alerta de “Estamos fazendo exatamente o que vocês tanto reclamam“, deixando tudo ainda mais divertido e macabro de qualquer forma. Pânico, com toda certeza, foi um dos filmes que mais surpreenderam, porque muita gente não acreditava nesse filme, com o mesmo discurso: por que mexer em clássicos como esse?
E o longa utilizou desse artifício pra fazer um filme incrível, que funciona muito bem, que traz personagens antigos e novos ao mesmo tempo, sem perder aquela coisa que marcou o gênero slasher. Pânico consegue brincar com tudo isso e ainda ser um filme que tem suas mortes impactantes, a angústia de ver as vítimas sendo perseguidas e fazer você se divertir bastante.
Personagens antigos vs. novos
O medo de muitos fãs é que em um reboot apareça alguém completamente descaracterizado para ser um personagem do qual a gente tem um apego enorme. E em Pânico isso não acontece, porque os personagens veteranos estão ali presentes para defender e ajudar a desvendar o mistério sobre quem é o serial killer por trás da máscara.
Eles, somados aos novos rostos, conseguem ser uma das coisas mais bacanas do filme, isso porque não tem essa coisa de ‘roubar’ o lugar daquele personagem em específico. Na realidade, todos eles estão no mesmo barco, fugindo do passado e querendo acabar com essa história de uma vez por todas. A participação de Sidney Prescott, Dewey Riley e Gale Weathers deixa tudo ainda mais legal, como se eles mostrassem o legado deles na relação contra o Ghostface.
As homenagens e referências em Pânico
E se Wes Craven estaria orgulhoso desse novo filme, é claro que ter referências da franquia original não poderia faltar, não é mesmo? Logo no início você revisita a mesma coisa que aconteceu com Drew Barrimore no primeiro filme, aquela coisa do assassino ligando para a vítima indefesa.
Fora as lembranças de outros filmes, que são comentados pelos personagens, fazendo você se lembrar de algumas coisa. Detalhes, que só quem é fã mesmo vai perceber e tornar a sua experiência ainda mais única assistindo ao filme.
Outro ponto bacana é que se você ficar até depois dos créditos, você verá os nomes de outros filmes sendo citados em uma lista de agradecimentos. Drew Barrimore está ali presente também. Esses pequenos pontos deixa os fãs mais antigos de coração quentinho pelas lembranças.
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Portanto se você é um fã da franquia Pânico, pode ser que de início você vire um pouco a cara para a nova produção, mas vai aceitar e, até mesmo, curtir a ideia do novo filme. Uma vez que ele é apenas uma revisitação a franquia original, além de trazer uma nostalgia boa ao ver alguns personagens enfrentando o Ghostface.
Pânico se provou uma surpresa no meio dos filmes de terror, porque conseguiu surpreender e tornar o último filme ainda mais divertido. Mesmo que ele possa ter um tom mais divertido do que apostando no sangrento, ele ainda faz jus a franquia e vale muito a pena assistir.
Pânico estreia no dia 13 de janeiro nos cinemas.