Com Nosso Lar 2 e Minha Irmã e Eu, cinema nacional conquista números não vistos desde antes da pandemia

Números de Nosso Lar 2 e Minha Irmã e Eu indicam que o cinema nacional está voltando a conquistar o público brasileiro após os anos de pandemia.

Com Nosso Lar 2 e Minha Irmã e Eu, cinema nacional conquista números não vistos desde antes da pandemia

Números de Nosso Lar 2 e Minha Irmã e Eu indicam que o cinema nacional está voltando a conquistar o público brasileiro após os anos de pandemia.

Com Nosso Lar 2 e Minha Irmã e Eu, cinema nacional conquista números não vistos desde antes da pandemia
A VOLTA DO CINEMA BR
Imagem: Reprodução | Divulgação
PUBLICIDADE

Desde a histórica performance de Minha Mãe é uma Peça 3, que faturou R$ 185 milhões e vendeu 11,8 milhões de ingressos no início de 2020, o cinema brasileiro só decaiu em termos de bilheteria. A pandemia afetou toda a indústria exibidora e, quando as salas foram reabertas, o público passou a priorizar os filmes hollywoodianos, como Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Avatar: O Caminho da Água, Super Mario Bros e Barbie.




PUBLICIDADE



Para se ter uma ideia, em 2022 somente 4,5% de todos os ingressos vendidos para as salas nacionais foram para filmes brasileiros. Em 2023 essa proporção foi ainda menor: apenas 3% dos ingressos.

Entre 2009 e 2019, o market share do cinema nacional ficou consistentemente acima dos 10%, chegando a quase 20% em 2010 (ano de Tropa de Elite 2, Chico Xavier e Nosso Lar) e 2013 (que teve os lançamentos de hits cômicos como o primeiro Minha Mãe é Uma Peça, De Pernas pro Ar 2 e Meu Passado me Condena).


Porém, entre os últimos dias de 2023 e os primeiros de 2024, uma mudança começou a ocorrer. Primeiro, Minha Irmã e Eu estreou no final de dezembro (que antes da pandemia era a melhor época para lançar blockbusters nacionais de comédia) e, com uma performance sólida ao longo do mês de janeiro, tornou-se o primeiro filme brasileiro desde Minha Mãe é uma Peça 3 a atrair mais de 1 milhão de pessoas aos cinemas.

Com os resultados do último fim de semana, Minha Irmã e Eu possui 1,8 milhão de ingressos vendidos e uma arrecadação de R$ 35,5 milhões. Trata-se da maior bilheteria para um longa nacional em quatro anos.


Porém, é bem provável que Minha Irmã e Eu perca esse posto para a grande estreia desta semana: Nosso Lar 2: Os Mensageiros. O longa levou 553 mil pessoas aos cinemas e arrecadou R$ 12 milhões somente no fim de semana, o que faz dele a maior estreia nacional desde Minha Mãe é uma Peça 3 há quatro anos.

Não só isso: Nosso Lar 2 também é a maior abertura para qualquer filme nas salas do Brasil, seja ele nacional ou estrangeiro, desde Five Nights at Freddy’s (R$ 20,7 milhões/1,09 milhão de ingressos), no final de outubro – portanto, superando candidatos a blockbuster de Hollywood como As Marvels, Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes, Wonka, Aquaman 2: O Reino Perdido e Wish: O Poder dos Desejos.


Finalmente, é uma abertura próxima da do primeiro Nosso Lar, que também vendeu em torno de 550 mil ingressos em sua abertura em setembro de 2010, o que mostra que o público para o longa religioso se manteve consistente nesses treze anos – embora seja preciso mencionar que, na época, o fim de semana cinematográfico no Brasil era de sexta a domingo (ele passou a começar às quintas a partir de 2014).

Claro, ainda há muito caminho a percorrer. Nosso Lar 2 possivelmente irá alcançar os 4 milhões de público de seu antecessor e talvez até ir além disso, porém Minha Irmã e Eu ainda terá que comer muito feijão com arroz para alcançar os totais acima dos 3 milhões de ingressos de blockbusters de comédia tupiniquins como Meu Passado me Condena, Vai que Cola, a trilogia Até que a Sorte nos Separe, os dois primeiros De Pernas pro Ar e Minha Vida em Marte, isso sem falar dos números monstruosos de Minha Mãe é uma Peça 2 e 3 (Paulo Gustavo realmente faz muita falta ao cinema nacional…).


Porém… é um começo. Só de, neste mês de janeiro, haver produções em cartaz tão distintas entre si e voltadas para públicos diferentes como Minha Irmã e Eu, Nosso Lar 2, Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo, Príncipe Lu e a Lenda do Dragão e Mamonas Assassinas: O Filme, já é sinal de recuperação do cinema nacional após os anos tenebrosos de pandemia.

Lembrando que, nos anos 90, após o governo Collor extinguir a Embrafilme, o cinema brasileiro viveu anos dramáticos até o período conhecido como Retomada, que gerou produções de sucesso (O Auto da Compadecida, 2 Filhos de Francisco) e até indicadas ao Oscar (Central do Brasil, Cidade de Deus). Agora o cinema nacional precisa de uma nova Retomada para sair de um período ainda pior que os anos Collor.

Mas e você, o que acha desse assunto? Deixe seus comentários aí embaixo!

Fonte: Filme B

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

© 2019-2022 Legado Plus, uma empresa da Legado Enterprises.
Developed By Old SchooL