20 anos de sucessos na bilheteria brasileira – Ano 2007

Enquanto os cinemas estão fechados graças à epidemia de COVID-19, que tal olharmos para trás? Nesta série de matérias especiais, vamos conhecer os filmes que levaram multidões aos cinemas...

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 20/5/2020 - 22h23


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Enquanto os cinemas estão fechados graças à epidemia de COVID-19, que tal olharmos para trás? Nesta série de matérias especiais, vamos conhecer os filmes que levaram multidões aos cinemas brasileiros durante quase duas décadas nas bilheterias brasileiras.

Cada parte da matéria trará as 10 maiores bilheterias de cada ano do século, com uma análise em separado sobre suas performances, além das maiores aberturas, entre outros temas muito interessantes!

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Leia aqui sobre as maiores bilheterias dos anos 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005 e 2006, e conheça agora as maiores de 2007:

Maiores bilheterias em 2007:

 

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# Nome do filme Data de estreia Nº de ingressos vendidos Faturamento (em R$)
1 Homem-Aranha 3 04/05/2007 6.137.669 48.904.581
2 Shrek Terceiro 15/06/2007 4.675.391 35.633.551
3 Harry Potter e a Ordem da Fênix 13/07/2007 4.263.793 31.751.279
4 Piratas do Caribe: No Fim do Mundo 25/05/2007 3.823.729 30.819.845
5 Uma Noite no Museu 12/01/2007 3.030.843 22.906.923
6 300 30/03/2007 2.733.944 22.811.879
7 Tropa de Elite 05/10/2007 2.417.754 20.395.447
8 Ratatouille 06/07/2007 2.262.118 16.792.337
9 Os Simpsons: O Filme 17/08/2007 2.231.355 17.148.598
10 Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado 29/06/2007 2.135.814 16.389.721

Após dois anos repletos de opções mais fracas, 2007 chegou com tudo, prometendo a estreia de alguns dos blockbusters mais aguardados até aquele momento. O embate entre o Homem-Aranha e o Venom no terceiro longa do aracnídeo! A conclusão da saga Piratas do Caribe após o final em aberto do filme anterior! Um novo Shrek! Ninguém iria querer perder as incríveis opções daquele ano.

Pois bem, Homem-Aranha 3 foi antecipado desde o minuto em que foi anunciado, e após trailers bombásticos, o filme chegou aos cinemas mundiais com toda a pompa e circunstância em maio de 2007. Aqui no Brasil, as salas ficaram lotadas: 1,7 milhão de espectadores no primeiro fim de semana, simplesmente estourando o recorde anterior de Homem-Aranha 2 de maior abertura da história. O Cabeça de Teia prometia ter uma carreira histórica nas bilheterias!

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No entanto, havia um pequeno problema no meio do caminho: o longa não era bom. Sua trama desconexa e complicada envolvendo o herói e nada menos que três vilões tornou-o inflado e cansativo, o que acabou levando à decepção do público. Por isso, seu sucesso ficou mais ou menos restrito à abertura mesmo, e ele saiu de cartaz com 6,14 milhões de ingressos no Brasil.

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Isso significa que 28% de seu público final assistiu ao longa no fim de semana de estreia, o que é uma proporção altíssima até os dias de hoje. Para se ter uma ideia, por maiores que tenham sido as aberturas dos filmes do Teioso até então, elas representaram apenas 15% e 17% dos públicos finais de Homem-Aranha e Homem-Aranha 2 respectivamente. Em outras palavras, o aguardadíssimo terceiro longa do herói aracnídeo perdeu o gás bem rápido.

E ele não seria a única sequência a decepcionar naquele ano. Shrek Terceiro também chegou aos cinemas cercado de expectativas (aqui no Brasil foram 1,14 milhão de pessoas na abertura), mas também foi recebido de maneira mista. A crítica não aprovou, o público se dividiu e o longa caiu: 24,3% de seu público cinematográfico no país foi conquistado na abertura, uma proporção bem alta para uma animação infantil. 

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Mesmo assim, Shrek Terceiro conseguiu um público pouca coisa maior que o segundo: apenas 3.345 ingressos a mais. Certamente a DreamWorks estava esperando uma expansão um pouco maior, bem como uma resposta mais positiva do público.

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Harry Potter e a Ordem da Fênix, terceiro colocado daquele ano e quinto filme do bruxinho, é controverso até hoje entre os fãs (alguns amam, outros detestam). O longa trouxe toda uma nova direção para a franquia, e talvez por isso aqui no Brasil ela tenha sofrido uma queda. Após a excelente performance de O Cálice de Fogo no final de 2005, A Ordem da Fênix obteve um público 8% menor que seu antecessor, além de abaixo dos de A Pedra Filosofal e A Câmara Secreta – apenas O Prisioneiro de Azkaban teve performance inferior até aquele ponto.

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Na quarta posição, outro dos blockbusters aguardadíssimos daquele ano que acabou tendo recepção ruim, Piratas do Caribe: No Fim do Mundo pode não ter igualado no Brasil seu excelente desempenho no exterior (globalmente, foi a maior bilheteria de 2007, derrotando A Ordem da Fênix e Homem-Aranha 3), mas ainda representou um avanço em sua franquia por aqui, conquistando um público 23% acima do de O Baú da Morte no ano anterior.

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Um filme que não foi exatamente aguardado mas acabou se tornando um blockbuster por força do boca a boca é Uma Noite no Museu. A comédia para toda a família estrelada por Ben Stiller estreou em janeiro de 2007 por aqui e levou mais de 3 milhões de pessoas aos cinemas. Um resultado surpreendente para um filme com uma premissa simples, porém explorada de maneira divertida.

Antes de dirigir os heróis da DC, Zack Snyder realizou um dos longas mais referenciados, parodiados, copiados e “memeficados” do século. 300, seu exagerado, ultra-masculino (até ao ponto da homossexualidade, alguns diriam), ultra-violento e extremamente estilizado épico espartano virou um dos filmes mais comentados de 2007. E isso se repetiu aqui no Brasil, com o longa levando 2,7 milhões de pessoas aos cinemas, um público surpreendente para um filme sobre o qual não se esperava muita coisa.

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E se no início do ano os cinéfilos estavam debatendo a experiência, digamos, única que 300 oferece, no final dele o público se viu discutindo outro longa extremamente violento: Tropa de Elite. Tão parodiado e referenciado quanto o épico de Snyder entre o público brasileiro, o longa se tornou um dos primeiros proto-memes da história da internet no país – quem não se lembra de bordões como “pede pra sair, 02!”?

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Não apenas isso, Tropa de Elite tornou-se um dos filmes mais controversos e debatidos daquele ano, primeiro, por seu retrato cru e violento da realidade vivida nas favelas do Rio de Janeiro e os embates entre policiais e traficantes, que continua tão relevante hoje em dia quanto em 2007. E segundo porque meses antes de sua estreia uma cópia pirata do filme já circulava nos camelôs de todo o país graças a um vazamento. Por conta disso, todo o Brasil acabou assistindo ao filme, seja no cinema ou em casa através da versão pirateada, o que pode ter contribuído para que ele saísse de cartaz com “apenas” 2,41 milhões de ingressos vendidos – menos do que Cidade de Deus ou Carandiru

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Enquanto isso, a Disney lançava outra aclamada animação da Pixar: Ratatouille. Contando a história de um ratinho que queria ser cozinheiro em Paris, o filme foi aclamado pela crítica… o que acabou não sendo o suficiente para impedir que ele tivesse um público menor que o de Carros, o qual por sua vez já havia sofrido uma queda em relação a Os Incríveis. Desde a excelente performance de Procurando Nemo, os longas da Pixar aqui no Brasil iam conquistando uma bilheteria menor que a de seu antecessor, uma triste tendência que coincidiu justamente com a melhor fase do aclamado estúdio.

A família amarela mais divertida da história fez sua estreia nas telonas com Os Simpsons: O Filme. Com mais de 2 milhões de ingressos no Brasil e US$ 536 milhões globalmente, o longa foi um sucesso, e a maior bilheteria para uma animação adulta da história. Será que se outros desenhos para os mais velhos arriscassem uma ida aos cinemas, poderiam chegar nos números da família criada por Matt Groening?

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Completando nossa lista, Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado foi a sequência do longa de 2005. Prometendo corrigir alguns problemas de seu antecessor, hoje em dia ele é lembrado pelos fãs da Marvel apenas como o filme que transformou Galactus de um gigante espacial em uma nuvem de poeira. Um fim lamentável para um dos vilões mais memoráveis da Casa das Ideias. Seria preciso uma certa mega-franquia, que iniciaria já no ano seguinte, para dar aos fãs justamente aquilo que eles querem ver.

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Maior fim de semana de abertura do ano:  Homem-Aranha 3 (claro), com nada menos que 1.709.230 ingressos vendidos em seu primeiro fim de semana. De longe a maior abertura da história até aquele ponto. Ainda assim, 2007 teve outros dois filmes a levarem mais de 1 milhão de pessoas aos cinemas na abertura, Shrek Terceiro e Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (1,09 milhão). A era das grandes aberturas de filmes muito antecipados estava para começar.

Número de salas de cinema naquele ano: 2050

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Público total: 89 milhões de ingressos

Média por sala: 43.570

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Mesmo com blockbusters aguardadíssimos chegando às telonas, o número de ingressos vendidos ainda sofreu uma pequena queda em relação a 2006. Muitos deles, como dissemos acima, iniciaram com ótimas aberturas, mas só decaíram nas semanas seguintes, e a pirataria estava começando a se mostrar um problema, como demonstrado por Tropa de Elite.

No ano seguinte, coube a um certo Morcego dar uma animada nas bilheterias. Será que ele foi bem sucedido?

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Fonte: FilmeB



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