Mundo Estranho é uma das menores aberturas da Disney no Brasil

Mundo Estranho teve abertura bastante inferior à de outras animações da Disney e da Pixar no Brasil. Mercado de filmes infantis continua carente de originais de sucesso.

Mundo Estranho é uma das menores aberturas da Disney no Brasil

Mundo Estranho teve abertura bastante inferior à de outras animações da Disney e da Pixar no Brasil. Mercado de filmes infantis continua carente de originais de sucesso.

Mundo Estranho é uma das menores aberturas da Disney no Brasil
MAIS UM FLOP ANIMADO
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Tal como nos EUA, aqui no Brasil o fim de semana de estreia de Mundo Estranho também foi bastante fraco.




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A animação levou apenas 114 mil pessoas aos cinemas nacionais entre quinta e domingo, com um faturamento de R$ 1.84 milhão. É menos da metade dos 274 mil ingressos conquistados pela animação anterior da Disney, Encanto, em seu primeiro fim de semana no país, em novembro do ano passado.

Ambos os longas são sinônimos da mudança de estratégia da Casa do Mickey no Brasil. Até antes da pandemia, as animações que abriam em novembro nos EUA (como Moana: Um Mar de Aventuras, Viva: A Vida é uma Festa, WiFi Ralph e Frozen II) só chegavam aos cinemas nacionais em janeiro seguinte para aproveitar as férias de verão. Porém, com a crise do coronavírus e a chegada do Disney+ ao território brasileiro, isso mudou: agora os longas animados que chegam às salas americanas no Dia de Ação de Graças dos EUA também abrem no país em novembro, a fim de que estejam disponíveis no streaming já no Natal no Brasil, América do Norte e ao redor do globo.


A estreia de Mundo Estranho também ficou bem abaixo da de outros filmes infantis recentes que também não foram exatamente bem sucedidos em nosso país, como Lightyear (565 mil de público e R$ 12 milhões de faturamento) e DC Liga dos Superpets (290 mil de público/R$ 5.74 milhões de renda).

Até mesmo Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, que abriu em março de 2020, poucos dias antes do fechamento dos cinemas por conta da pandemia, teve público maior (260 mil ingressos).


E não é como se Encanto ou Dois Irmãos tivessem sido bem sucedidos, pelo contrário: suas aberturas já em suas respectivas épocas foram bem abaixo do normal (pré-pandêmico) da Disney.

Porém, como você viu acima, seus números são astronômicos se comparados com os de Mundo Estranho. Desconsiderando Raya e o Último Dragão, que abriu em um momento bem mais grave da pandemia e foi lançado simultaneamente no Disney+, Mundo Estranho foi a primeira vez que uma animação da Disney tinha vendido menos de 150 mil ingressos no primeiro fim de semana desde Nem que a Vaca Tussa, lançado no longínquo ano de 2004.


Mundo Estranho tem abertura fraca comparada com a de outras animações da Disney na bilheteria do Brasil

Historicamente, a Disney experimentou alguns anos de sucesso no Brasil ao longo da década passada. Animações originais, que não eram continuações ou spin-offs de nada, como Enrolados, Valente, Detona Ralph, Frozen, Divertida Mente, O Bom Dinossauro e Zootopia conseguiam vender mais de 600 mil ingressos no fim de semana de estreia. Moana, que abriu em janeiro de 2017, teve público de quase 1 milhão em sua abertura nacional.


Porém, a partir dos últimos anos da década, a Disney lançou diversas continuações (como Os Incríveis 2, WiFi Ralph, Toy Story 4 e Frozen II) num espaço muito curto de tempo. E se tais longas atingiram bilheterias ainda maiores que as dos dos originais por atraírem não apenas famílias com crianças mas também jovens adultos nostálgicos, eles acabaram por desacostumar a audiência com a ideia de animações que não fossem sequências.

Quando a Disney estava pronta para voltar a apostar em animações originais veio a pandemia e fechou as salas de cinema por meses. Nesse meio tempo, houve o lançamento do Disney+ no país e, tanto por necessidade quanto por mudança de estratégia, a empresa passou a apostar todas as suas fichas no streaming.

Em resumo: somando o fato das audiências terem se acostumado a só assistir nos cinemas longas de séries já conhecidas com a pandemia e a mudança de foco da Disney, o público parou de comparecer aos cinemas para assistir qualquer filme infantil que não fosse uma continuação.

(Sim, é mais ou menos a mesma história que eu já contei aqui, porém adaptada ao contexto brasileiro).

Será que isso vai mudar agora que Bob Chapek (CEO da Disney que assumiu em 2020 e priorizou o streaming durante sua gestão) saiu e Bob Iger (antigo CEO entre 2005 e 2019) retornou? Fica a ser visto, mas é um problema que Hollywood precisa resolver. Para que eles possam lançar continuações de sucesso, primeiro é preciso ter uma parte 1 bem sucedida nas salas.

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[fonte: Filme B]

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