Five Nights at Freddy's é uma das maiores aberturas da história para um terror

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O filme dirigido por Emma Tammi arrecadou nada menos que US$ 78 milhões nos EUA e US$ 52,6 milhões fora de lá, resultando em uma bilheteria global de US$ 130,6 milhões, um valor superlativo para o gênero terror.

Para você ter uma ideia, na bilheteria americana esta é a terceira maior abertura da história para um terror, à frente do Halloween de 2018 (US$ 76,2 milhões) e abaixo apenas de It: A Coisa (US$ 123,4 milhões em 2017) e sua sequência It: Capítulo Dois (US$ 91 milhões em 2019).

Vale ressaltar que todos esses filmes receberam a classificação R nos EUA, que impede a entrada de menores de 17 anos desacompanhados dos pais. Já Five Nights at Freddy’s foi classificado como PG-13, ou seja, maiores de 13 anos podem entrar desacompanhados.

Outros recordes conquistados no mercado doméstico foram o de maior abertura para um terror em 2023 (à frente de Pânico VI) e desde a reabertura das salas após a pandemia (superando Halloween Kills, que fez US$ 49,4 milhões em outubro de 2021). É também a segunda maior estreia para um filme baseado num game (à frente de Sonic 2 e atrás somente de Super Mario Bros.: O Filme, com US$ 146 milhões).

Finalmente, é a maior estreia para um filme de terror de classificação PG-13, a maior para um longa produzido pela produtora Blumhouse (que nos últimos anos se tornou a maior referência em terror de Hollywood) e o maior fim de semana para um longa do gênero dirigido por uma mulher, superando com facilidade os US$ 22 milhões de A Lenda de Candyman. Ufa!

Fora dos EUA, seus números foram igualmente excelentes. Com US$ 130,6 milhões, Five Nights at Freddy’s é a maior abertura global para um terror em 2023. Além disso, é a maior da história para um longa produzido pela Blumhouse, à frente do Halloween de 2018 (US$ 91 milhões).

De fato, são números incríveis. Mas o que os torna ainda mais superlativos é que, tal como muitos lançamentos na época da pandemia, Five Nights at Freddy’s foi lançado simultaneamente nos cinemas e no streaming – no caso, o serviço da Universal Peacock (ainda não disponível no Brasil).

Segundo o próprio estúdio, o longa baseado nos games de sucesso de Scott Cawthon foi também a estreia mais assistida da curta história do Peacock. Ou seja, será que sua abertura nas bilheterias poderia ter sido ainda melhor se não fosse a estreia simultânea no streaming?

É provável. Ainda assim, o Peacock tem uma quantidade infinitamente menor de assinantes (está em 28 milhões de lares americanos) do que a Netflix ou o Disney Plus, portanto, a diferença nas bilheterias não foi tanta.

Um dado impressionante é que 23% das pessoas que compareceram à estreia são assinantes do Peacock. Ou seja, mesmo podendo assistir a FNAF em casa e de graça (ou, no caso, pagando apenas a assinatura do serviço), parte do público optou por comparecer aos cinemas mesmo assim.

Isso mostra que a experiência única que a audiência tem nos cinemas ainda segue com força, mesmo entre as gerações mais novas. Era muito comum dizer, mesmo antes da pandemia, que os jovens abandonariam os cinemas em favor do streaming. Embora este último siga popular, o fato de uma propriedade voltada para aqueles que nasceram no final dos anos 1990 e durante os 2000 (e portanto conviveram com a Netflix desde a maior parte da vida) ter arrecadado nas bilheterias números tão superlativos mesmo estando disponível no streaming é a prova de que mesmo os mais novos seguem favorecendo a experiência comunal de se assistir um filme no cinema.

O mesmo também vale para o filme-concerto de Taylor Swift (outra referência da cultura jovem), que, como você viu aqui, quebrou recordes de bilheteria.

É um excelente sinal para os exibidores, que vêm ficado desesperados após mal sobreviverem à pandemia e agora terem de enfrentar a greve dos atores, que já começou a jogar lançamentos do ano que vem para 2025. O público mais novo irá comparecer às salas – desde que nelas haja algo que os represente e que queiram ver.

Já assistiu ao filme de FNAF? Comente aí embaixo!