Elementos reverte abertura ruim e já foi visto por 4 milhões de pessoas no Brasil

Elementos alcançou um sucesso no Brasil não visto por nenhuma animação que não seja sequência ou adaptação de material existente desde o início de 2017.

Elementos reverte abertura ruim e já foi visto por 4 milhões de pessoas no Brasil

Elementos alcançou um sucesso no Brasil não visto por nenhuma animação que não seja sequência ou adaptação de material existente desde o início de 2017.

Elementos reverte abertura ruim e já foi visto por 4 milhões de pessoas no Brasil
FLOP REVERTIDO EM SUCESSO
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Tido como fracasso após sua fraca abertura no mês de junho, Elementos se recuperou e se tornou o primeiro grande sucesso animado da Disney nos cinemas desde o início da pandemia.



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Até a última quarta, dia 16 de agosto, a bilheteria de Elementos no Brasil era de R$ 74,8 milhões e um público de 4 milhões de pagantes. Trata-se do maior sucesso animado da Disney desde Frozen II (R$ 124 milhões/7,9 milhões de ingressos), no início de 2020.

Ainda assim, Elementos não deixa de ser uma raridade nas bilheterias nacionais. Isso porque as últimas animações bem sucedidas não só da Disney como dos outros estúdios nos últimos seis anos foram todas sequências de sucessos passados ou adaptações de material que já era popular antes. Ou, em outras palavras, longas cujo sucesso era mais seguro do que algo como Elementos, que é um filme totalmente original.


Até 2017, longas como Divertida Mente (3,78 milhões de ingressos), Zootopia (2,83 milhões), Pets: A Vida Secreta dos Bichos (4,43 milhões), Moana: Um Mar de Aventuras (5,15 milhões) e O Poderoso Chefinho (3,24 milhões) ainda conseguiam fazer públicos decentes mesmo frente à sequências e spin-offs poderosos como Minions (8,92 milhões), Procurando Dory (8,2 milhões) e Meu Malvado Favorito 3 (9 milhões).

Isso começou a mudar a partir de 2018, conforme os estúdios aceleraram a tendência de priorizar apenas as animações que, por serem sequências de sucessos passados, tinham um público gigante garantido. São hits como Os Incríveis 2 (9,8 milhões), Toy Story 4 (7,99 milhões), o citado Frozen 2, que obtiveram renda e faturamento recordes para desenhos animados.


Em 2020, quando a Disney se preparava para fazer um arriscado retorno à animações originais, veio a pandemia e obrigou o encerramento da carreira de Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica prematuramente, bem como o lançamento exclusivo no streaming de Soul, Luca e Red: Crescer é uma Fera.

Mesmo durante e após a pandemia, o mesmo comportamento do público se repetiu. Sequências como Minions 2: A Origem de Gru, Sing 2 e Gato de Botas 2: O Último Pedido se tornaram as maiores bilheterias do período que se seguiu ao Covid-19, enquanto o premiado Encanto foi ignorado nos cinemas e só se tornou um sucesso no streaming.


Em 2023, Elementos tornou-se a primeira animação baseada numa ideia original em quase sete anos a vender mais de quatro milhões de ingressos. A última vez que isso ocorreu foi em janeiro de 2017, com Moana.

Ainda assim, Elementos teve uma grande ajuda para conquistar esse total acima da média: ele foi o maior dentre os poucos filmes voltados especificamente para crianças nas férias de julho. O mês foi dominado por opções para o público mais velho, como Indiana Jones e a Relíquia do Destino, Missão: Impossível: Acerto de Contas – Parte Um e Oppenheimer. Mesmo o mega sucesso Barbie acabou beneficiando Elementos por não ser exatamente um filme infantil.


Houveram outros concorrentes, claro, como Ruby Marinho: Monstro Adolescente e o nacional Os Aventureiros: A Origem, mas nenhum deles conseguiu vender sequer 500 mil ingressos.

Enfim, a falta de adversários muito competitivos na disputa pelas crianças e seus pais foi um dos principais motivos pelos quais Elementos desempenhou acima da média. Será que se tivesse como competição algo como um Minions 3 sua carreira não teria sido mais curta? Vale lembrar que a abertura de Elementos foi fraca e foi só ao longo das semanas seguintes que a animação da Pixar se recuperou, ou seja, conforme o boca a boca positivo foi fazendo efeito.

A conclusão que dá para tirar é que animações originais ainda tem alguma chance de serem bem sucedidas, mas para isso precisam ser de boa qualidade para agradar o público e com isso poderem gerar boca a boca positivo nas semanas seguintes à estreia. Afinal, por não serem baseadas em nenhuma marca famosa, é menos provável que o público corra para as salas no fim de semana de abertura.

Para que isso ocorra, é preciso que o estúdio não se desespere e apresse o lançamento no streaming de um original após uma abertura tida como fraca. Felizmente, a Disney não correu para por Elementos no Disney+ e deixou que o filme conquistasse aos poucos o público com o bom boca a boca. É uma das vantagens da gestão atual de Bob Iger, e algo que não aconteceria sob o comando de Bob Chapek.

Enfim, Elementos é um sucesso à moda antiga e um lembrete de que a audiência da era atual ainda é capaz de dar uma chance a filmes que não tenham numerais ou mega franquias atreladas.

Qual a sua opinião sobre isso? Deixe seu comentário aí embaixo!

[fonte: Filme B]

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