Primeiras previsões de bilheteria de Aves de Rapina são reveladas!

LEIA TAMBÉM

Depois dos sucessos bilionários de Aquaman e Coringa, a DC se prepara para lançar seu próximo filme nas telonas: Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fabulosa. Com estreia agendada para fevereiro nos EUA (e no Brasil também), o longa vai trazer a personagem interpretada por Margot Robbie e colocá-la junto à uma equipe de heroínas (que incluem a Caçadora, a Canário Negro e a policial Renée Montoya) para proteger uma garotinha do cruel chefe da máfia de Gotham City Máscara Negra (Ewan McGregor).

 

De acordo com os analistas do site Box Office Pro, o fim de semana de abertura de Aves de Rapina nos EUA deverá ficar entre US$ 40 milhões e US$ 60 milhões, com um valor mais preciso entre US$ 49 milhões. Sua bilheteria final ficará entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões, sendo que seu total mais provável seja de US$ 125 milhões.

 

Se tais previsões se confirmarem, Aves de Rapina será uma das menores bilheterias para um longa da DC, tanto para o fim de semana de abertura quanto nos números finais. Apenas para referência, caso a estreia fosse mesmo abaixo de US$ 50 milhões, o longa teria uma estreia menor do que Coringa (US$ 96,2 milhões), Liga da Justiça (US$ 93,8 milhões), Aquaman (US$ 67,8 milhões, mas durante o feriado do Natal), Watchmen: O Filme (US$ 55,2 milhões), Shazam! (US$ 53,5 milhões) e até mesmo o fiasco Lanterna Verde (US$ 53,1 milhões).

 

 

Por outro lado, diferentemente do desastre de 2011 estrelado por Ryan Reynolds ou de Liga da Justiça, Aves de Rapina não custou US$ 200 milhões ou mais para ser feito. Pelo contrário: com um orçamento de entre US$ 75 milhões e US$ 95 milhões, o filme segue a mesma linha de Coringa (ainda que, evidentemente, não o mesmo tom), de produzir longas mais baratos baseados nos personagens da DC e, justamente por isso, mais arriscados e ousados. Tal como Coringa (que, aliás, custou US$ 60 milhões), Aves de Rapina também terá a classificação indicativa R nos EUA, ou seja, menores de 17 anos só podem entrar acompanhados. 

 

É interessante notar que, desde Aquaman, os três filmes imediatamente subsequentes da DC todos custaram menos de US$ 100 milhões: afora Coringa e Aves de Rapina, Shazam! precisou de apenas US$ 85 milhões para ser feito. Ou seja, desde o lançamento do longa estrelado por Jason Momoa, em dezembro de 2018, até presumivelmente Mulher-Maravilha 1984, em junho de 2020, a DC não lançou um único longa de grande orçamento nos moldes da Marvel. Isso mostra o quanto eles ficaram traumatizados com o fracasso de Liga da Justiça…

 

De toda forma, vamos supor que as previsões estejam corretas e Aves de Rapina de fato estreasse em torno dos US$ 50 milhões, como o longa deveria desempenhar nas semanas seguintes para que ele não desse prejuízo, e portanto deixasse a Warner mais confortável em autorizar novas aventuras da Arlequina? Em primeiro lugar, analisando as estreias agendadas para o ano que vem nos cinemas americanos, o único outro filme de aventura a competir com Aves por um bom tempo vai ser… a comédia para toda a família Sonic: O Filme, que estreia por lá uma semana depois do longa da DC. 

 

 

Portanto, durante mais de um mês Arlequina e sua equipe vão ser o principal longa de ação em cartaz para um público mais velho. Ou seja, se o filme for bem recebido pelos críticos e se conectar com a audiência, ele pode ter uma longa carreira adiante nas bilheterias americanas, da mesma forma que Coringa, que reinou quase sozinho durante semanas. Uma performance similar à de Deadpool (outra comédia para maiores envolvendo super-heróis estrelada por um personagem histriônico que também estreou em fevereiro, há quase quatro anos) leva Aves a sair de cartaz com US$ 134 milhões. 

 

Já uma mais parecida com John Wick: Um Novo Dia Para Matar e Alita: Anjo de Combate (dois longas de ação que estrearam em fevereiro, sendo que o primeiro também é para maiores) dá a Aves uma bilheteria final de US$ 148 milhões, ou acima do que Shazam! arrecadou (US$ 140,3 milhões). Finalmente, sendo bastante otimista, caso a emancipação fabulosa da Arlequina tenha um desempenho parecido com LEGO Batman: O Filme a leva a US$ 163 milhões, enquanto um parecido com Pantera Negra leva o longa a ótimos US$ 170 milhões, um total similar ao de John Wick 3: Parabellum, lançado em maio deste ano.

 

Quanto à bilheteria internacional, esta é mais difícil de prever. Ela, afinal, depende de uma série de fatores, como se, por exemplo, o longa será autorizado a ser exibido na China – lembrando que nem Coringa nem Esquadrão Suicida receberam a permissão de passar lá. Ainda assim, quem poderia imaginar que o suspense estrelado por Joaquin Phoenix faturaria mais fora dos EUA do que o blockbuster do MCU Capitã Marvel? 

 

 

Caso, tal como Esquadrão, Aves fature 44% de sua bilheteria global nos EUA, seu total no mundo todo pode ficar entre US$ 310 milhões e US$ 391 milhões, de modo que o longa pode ou não superar os números globais de Shazam! (US$ 364,5 milhões), mas o que já bastaria para que o filme fosse lucrativo. Por outro lado, caso o filme seja um sucesso internacional similar a Coringa, cujo total nos EUA representou apenas 31% de sua bilheteria em todo o globo, então Aves pode ficar entre US$ 430 milhões ou, na hipótese mais otimista, ultrapassar os US$ 540 milhões, entrando, portanto, para o ranking das maiores bilheterias mundiais para filmes de censura R.

 

Enfim, tudo irá depender de como  o público irá responder ao longa, tanto antes quanto depois do lançamento. Considerando o sucesso de bilheteria e a popularidade de Robbie como Arlequina, de um ponto de vista comercial a Warner não estava errada em autorizar a produção de Aves. Cabe agora ver não apenas se a anti-heroína interpretada pela atriz conseguirá carregar um filme inteiro como protagonista, mas também se as outras Aves de Rapina cairão no gosto do público. Por enquanto, as perspectivas são moderadamente otimistas.