Lightyear teve mais dificuldades em atrair famílias aos cinemas do que Sonic 2; entenda
A proporção de famílias que assistiram a Lightyear nos cinemas americanos foi menor do que em Sonic 2; saiba os motivos que levaram a isso.
Uma matéria do site The Hollywood Reporter trouxe algumas das possíveis causas para a performance ruim de Lightyear nas bilheterias americanas.
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Um dos motivos citados foi o baixo comparecimento de famílias nas sessões do longa. A matéria comparou o público do fim de semana de abertura de Sonic 2, que arrecadou US$ 72,1 milhões em abril, com o de Lightyear (US$ 50 milhões). Segundo o texto, 60% da audiência na estreia do ouriço da SEGA foram de crianças com seus pais, enquanto na do astronauta da Pixar foram apenas 38%.
Sonic 2 mostrou para Hollywood que as famílias estavam dispostas a retornar aos cinemas após a pandemia, porém, ao que tudo indica, grande parte deste público decidiu pular Lightyear e esperar por Minions 2: A Origem de Gru – o qual a indústria torce de dedos cruzados para que seja o primeiro longa infantil desde Frozen II a arrecadar no mínimo US$ 600 milhões globalmente.
Mas por que muitos pais optaram por não levar seus filhos às sessões de Lightyear? Insiders da Disney consultados pela matéria culparam as críticas menos elogiosas do que o normal para a Pixar, a recepção mista da audiência e o marketing confuso, que não esclareceu exatamente o que era o longa em relação à saga Toy Story. Os publicitários, afinal, tiveram dificuldades em convencer a audiência que Lightyear é um filme que existe dentro do universo da franquia dos brinquedos).
Além disso, a forte reação de segmentos conservadores da sociedade contra o beijo gay no filme também prejudicou sua reputação. Muitas famílias de orientação política conservadora desistiram de levar seus filhos quando souberam que ele trazia um momento de afeto entre duas personagens do mesmo sexo. Segundo o artigo, políticos de direita fizeram piada em suas redes sociais com a fraca bilheteria de Lightyear.
Beijo gay em Lightyear levou muitos pais conservadores a boicotarem o longa.
Os especialistas, porém, ficaram divididos quanto a se a estratégia da Disney de enviar três dos últimos filmes da Pixar direto para o streaming prejudicou Lightyear. Shawn Robbins, do site BoxOfficePro, citou como razões a combinação entre a má recepção do beijo gay entre famílias conservadoras e o fato da Casa do Mickey ter acostumado os espectadores a assistir suas animações no Disney+ durante a pandemia, porém Steve Buck, do EntTelligence, discorda deste último ponto.
Mas há consenso entre os experts de que o marketing poderia ter sido melhor. As prévias de Lightyear focaram na nostalgia de millenials pela saga Toy Story, porém não enfatizaram o suficiente os elementos de comédia, que frequentemente são os que conduzem as animações nas bilheterias.
Além disso, a competição com Jurassic World: Domínio (que, aliás, foi quem liderou as bilheterias do fim de semana) também só prejudicou Lightyear. Como diz um veterano executivo de Hollywood na matéria: “crianças amam dinossauros”.
Seja como for, em 2019 Toy Story 4 também atraiu manchetes negativas na imprensa quando estreou com “apenas” US$ 120 milhões (as previsões da indústria esperavam no mínimo US$ 140 milhões). Porém, tal longa teve excelente desempenho após a abertura e saiu de cartaz com US$ 434 milhões nos EUA e mais de US$ 1 bilhão globalmente. Por isso, a Disney espera que Lightyear também tenha uma boa performance ao longo das próximas semanas e consiga reverter sua péssima abertura.
É bom torcer para que Minions 2 não roube toda a atenção (e dinheiro) dos pais, então.
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