20 anos de sucessos na bilheteria brasileira – Ano 2003

Enquanto os cinemas estão fechados graças à epidemia de COVID-19, que tal olharmos para trás? Nesta série de matérias especiais, vamos conhecer os filmes que levaram multidões aos cinemas...

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 7/5/2020 - 20h11


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Enquanto os cinemas estão fechados graças à epidemia de COVID-19, que tal olharmos para trás? Nesta série de matérias especiais, vamos conhecer os filmes que levaram multidões aos cinemas brasileiros durante quase duas décadas nas bilheterias brasileiras.

Cada parte da matéria trará as 10 maiores bilheterias de cada ano do século, com uma análise em separado sobre suas performances, além das maiores aberturas, entre outros temas muito interessantes! Leia aqui sobre as maiores bilheterias dos anos 2000, 2001 e 2002, e conheça agora as maiores de 2003:

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Maiores bilheterias em 2003:

 

# Nome do filme Data de estreia Nº de ingressos vendidos Faturamento (em R$)
1 Todo Poderoso 06/06/2003 5.453.916 33.329.238
2 Matrix Reloaded 22/05/2003 5.124.947 32.107.877
3 Procurando Nemo 04/07/2003 4.946.650 27.308.124
4 Carandiru 11/04/2003 4.693.853 29.623.481
5 O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei 26/12/2003 4.268.649 28.906.614
6 X-Men 2 01/05/2003 3.567.223 21.687.926
7 Lisbela e o Prisioneiro 22/08/2003 3.152.713 19.894.631
8 Os Normais 24/10/2003 2.957.556 19.758.709
9 Matrix Revolutions 05/11/2003 2.927.174 18.148.165
10 O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas 01/08/2003 2.517.040 15.868.286

Em um ano onde tivemos o retorno de Matrix e o encerramento da saga O Senhor dos Anéis, o grande campeão de bilheteria de 2003 foi… Todo Poderoso. A comédia onde Jim Carrey recebe poderes divinos do próprio Senhor (numa memorável interpretação de Morgan Freeman) certamente deve ter ressoado entre um país onde a fé cristã é tão presente como no Brasil. Até hoje, Todo Poderoso mantém o posto de maior público nacional para uma comédia estrangeira que não envolva super-heróis – Deadpool vendeu mais ingressos 13 anos depois, porém tal longa abordava um personagem da Marvel.

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Na segunda posição, temos o retorno da franquia de ação e ficção científica mais comentada do início dos anos 2000, com Matrix Reloaded. Após o primeiro longa ter pego o público de surpresa em 1999, sua sequência saiu quatro anos depois com cenas de ação ainda mais mirabolantes e uma trama filosófica e cheia de complicações. O filme foi tão aguardado que acabou levando mais de 5 milhões de pessoas às salas escuras, um público bastante grande para uma ficção científica (novamente, uma que não envolva super-heróis).

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Porém, seu roteiro complexo e confuso deve ter confundido o público, pois apesar de o filme se encerrar literalmente com um “To Be Continued”, as audiências não retornaram com o mesmo peso para o encerramento da trilogia: em novembro, Matrix Revolutions obteve um público mais de 40% menor que o de Reloaded.

E não foi só no Brasil, pois também na bilheteria americana e mundial houveram quedas brutais entre os dois filmes. É possível que, mundialmente, o público tenha se cansado de uma franquia tão complicada e apenas os maiores fãs e interessados retornaram para a terceira parte.

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Na terceira posição, o clássico animado Procurando Nemo tornou-se a maior bilheteria da Pixar no Brasil (e, na época, em todo o globo) e a maior animação desde O Rei Leão, que havia estreado nove anos antes. A Pixar estava em franca ascensão e capturou as atenções de todo o globo com a história do jovem peixe palhaço que vai parar em Sydney, na Austrália. Continue a nadar, continue a nadar…

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2003 foi um ano particularmente bom para o cinema nacional, com três filmes figurando entre os dez mais assistidos daquele ano. O maior deles foi Carandiru, o drama prisional baseado em um livro de Dráuzio Varella. Apesar de uma recepção da crítica bem abaixo das de Central do Brasil e Cidade de Deus, Carandiru ainda conseguiu atrair quase 5 milhões de pessoas às salas escuras. Naquela época, o cinema que visava denunciar a rotina de criminalidade que as populações mais pobres sofriam (e, infelizmente, até hoje sofrem) estava firme e forte.

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Não que o brasileiro só gostasse de ir aos cinemas para ver violência e crime no cinema nacional. Duas comédias obtiveram excelente bilheteria naquele ano: Lisbela e o Prisioneiro, um clássico brasileiro estrelado por Selton Mello e sucessor espiritual de O Auto da Compadecida, levou 3,15 milhões de pessoas às telonas. Já Os Normais, baseado na série de sucesso da Rede Globo (“Você é doida demais!”, lembra?) fez sua transição para as telonas com bons 2,96 milhões de pessoas.

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O épico encerramento da Trilogia do Anel, O Retorno do Rei, ficou em quinto lugar. Chegando às telonas no Natal daquele ano, o longuíssimo (3 horas e 20 minutos incluindo os créditos na versão para o cinema) filme tornou-se o segundo a arrecadar mais de 1 bilhão de dólares mundialmente e o terceiro a vencer 11 Oscar (Titanic foi o primeiro e o segundo, respectivamente), mas por aqui ele não alcançou o mesmo sucesso de um Matrix Reloaded, por exemplo. De toda forma, o público da trilogia O Senhor dos Anéis foi notavelmente consistente ao longo dos três filmes.

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Na sexta posição, X-Men 2 foi capaz de aumentar seu público em 71,6% em comparação com o primeiro, cuja boa recepção levou a uma antecipação maior por sua sequência. E, completando a tabela, temos o controverso O Exterminador do Futuro 3: A Rebelião das Máquinas, que foi o filme mais caro da história na época (é sério), cuja bilheteria ficou abaixo da do mais bem recebido segundo longa, inclusive aqui no Brasil: em 1991, O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final vendeu 4,16 milhões de ingressos.

Maior fim de semana de abertura do ano: Matrix Reloaded, que vendeu quase 1 milhão de ingressos em seu primeiro fim de semana. O longa foi certamente o mais aguardado daquele ano após a ótima recepção do primeiro em 1999.

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Número de salas de cinema naquele ano: 1.817

Público total: 105 milhões de ingressos vendidos

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Média por sala: 57.805 ingressos por sala ao longo do ano

Após a expansão registrada no ano anterior, 2003 continuou a trajetória para cima. Mais de 100 milhões de ingressos foram vendidos no Brasil naquele ano, a primeira vez que isso ocorria desde 1989. Com a melhora nas condições de vida e a chegada de blockbusters estrangeiros e nacionais que o público realmente queria ver, aos poucos o cinema voltava a ser um passatempo querido entre os brasileiros. E nunca mais deixaria de ser.

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Fonte: FilmeB.



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