Star Wars: A Ascensão Skywalker é um ridículo e covarde desperdício!

Star Wars: A Ascensão Skywalker é um ridículo e covarde desperdício!

Star Wars: A Ascensão Skywalker é um ridículo e covarde desperdício!

Para tentar analisar e compreender o que levou Star Wars: A Ascensão Skywalker a ser o que é, é altamente obrigatório que a gente olhe, com ainda mais atenção,...

Star Wars: A Ascensão Skywalker é um ridículo e covarde desperdício!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Para tentar analisar e compreender o que levou Star Wars: A Ascensão Skywalker a ser o que é, é altamente obrigatório que a gente olhe, com ainda mais atenção, a tudo que aconteceu nos bastidores da trilogia inteira. Em O Despertar da Força, tivemos uma aventura banhada em nostalgia que reacendeu a paixão dos fãs pelas histórias de uma galáxia tão, tão distante.

 


Mesmo que tenha sido recebido com algumas críticas por ser parecido demais com a estrutura de Uma Nova Esperança, o início da nova trilogia conquistou seu espaço e respeito. O que não foi bem o caso de Os Últimos Jedi. Com a saída de J.J. Abrams, caiu nas mãos de Rian Johnson a responsabilidade de escrever e dirigir o meio da trilogia e oitavo episódio da saga principal.

 


Acontece que Os Últimos Jedi trouxe um Rian com toda a liberdade do mundo para fazer o Star Wars mais ousado e surpreendente que os fãs pudessem ver nesse século, fugindo dos erros das prequels, spin-offs e nova trilogia. Entretanto, a ambiciosa abordagem de Rian em nos surpreender, revoltou muitos fãs alienados que acham que roteiros são feitos com qualquer pensamento ou vontade que venha em suas cabeças.

 


Parecia não ter como dar errado!

 


A recepção fora tão negativa para com aquele filme, que a LucasFilm se assustou com a pressão e fez de tudo a seu alcance para tentar, na próxima vez, reconquistar aqueles fãs revoltados e lhe dar tudo aquilo que eles sempre sonharam. Então, volta J.J. Abrams para nos dar um porto seguro. Se O Despertar deu certo, ele era o diretor ideal para repetir a fórmula do sucesso.

 

O que nenhum fã pudesse sequer prever, é o quanto a LucasFilm abandonou a própria vergonha e exigiu que fosse feito o mais forçado pedido de desculpas e tentativa de agradar da história do cinema. Do primeiro ao último segundo, A Ascensão Skywalker funciona 100% e exclusivamente para jogar Os Últimos Jedi no lixo e fazer um carinho na cabeça de uma criança chorona que não havia ganhado seu doce.

 

Porém o problema não é apenas em mudar a direção da história só porque ela “não deu certo” antes, mas sim a forma de fazer essas retcons. Ao querer apagar o Episódio VIII, esse último filme acaba andando em círculos e regredindo até voltar ao mesmo ponto inicial de O Despertar da Força. Ou seja, eles fazem a trilogia inteira para apenas os últimos minutos serem o que importa de verdade.

 

DAQUI EM DIANTE, FALAREMOS DE SPOILERS PESADOS DO FILME. SIGA POR SUA CONTA E RISCO!

 

Essas retcons e necessidade de cuspir fanservices apaga toda a evolução e arco desenvolvido de três filmes, deixando Rey, Kylo Ren e Finn EXATAMENTE os mesmos do filme de 2015. Se Kylo Ren havia se tornado um vilão independente, líder e completamente consigo mesmo, eis que no primeiro minuto do filme  ele volta a ser o jovem indeciso e que obedece a qualquer vilão mais velho que só lhe sabe cuspir ordens. Essa reviravolta simplesmente mata todo o brilho e genialidade do personagem, que fica completamente perdido e sem propósito aqui, tudo para justificar sua “redenção”.

 

Não bastando essa mudança bruta na direção dos personagens, fica evidente o GRANDE ERRO dessa nova trilogia, que é a total ausência de um plano ou a mínima meta a ser seguida. O Despertar da Força chegou trazendo infinitas dúvidas e pontas soltas para um arco interessante. Porém, em vez de resolvê-las, esse último filme tenta enfiar pela sua goela abaixo que esse se trata de um final épico para os 9 episódios da saga, sendo que NÃO!

 

Fica evidente que essa abordagem de “conclusão épica” fora algo completamente chupado de Vingadores: Ultimato, mas sem qualquer intenção real de fazer isso. A LucasFilm fez questão de não executar seu grande plano no Episódio VIII, e agora no IX vem fingir como se tivesse tudo planejado desde 1977. Alô J.K. Rowling, foi você que escreveu esse roteiro?!

 

Descanse em paz o bom desenvolvimento de Kylo Ren.

 

Embora essa chuva de fanservices rende momentos divertidos, até mesmo nos mais absurdos e ridículos, o nervosismo do roteiro é impossível de ser ignorado. O roteiro parece que foi escrito por alguém com uma arma apontada para sua cabeça, e caso faltassem fanservices a cada 2 minutos, ele morreria. Essa é a única explicação para um filme que inventa novas tramas até quase os últimos 30 minutos.

 

A pior forçação de barra para criar algo grandioso, é o surgimento estúpido, ignorante e ofensivo do Imperador Palpatine. Já no letreiro inicial, fica estabelecido que Palpatine está de volta… E É ISSO! Simplesmente nem um ‘A’ ou qualquer indício do Sith havia sido dado antes, e agora que estamos prestes a acabar, é dessa maneira que somos obrigados a ter nossas 2 últimas horas com a nova geração de heróis.

 

Completamente prejudicados, o trio protagonista ainda consegue lutar contra o roteiro para terem algum tempo digno em tela. E com isso temos alguns bons momentos com Rey, Poe e Finn. Embora Finn esteja completamente sem propósito, com a única função de correr atrás da Rey e gritar seu nome de 5 em 5 minutos. Já a Rey é prejudicada pelo falso senso de dualidade entre seu lado Jedi x Sith, que simplesmente NÃO existe, embora ela viva repetindo que está dividida.

 

Dark Rey? Não exatamente…

 

Resta ao Poe e um empolgado e dedicado Oscar Isaac para entregar o único desenvolvimento de personagem com o mínimo de coerência, sinceridade e certo arco dramático. Por isso, por pior que seja o filme, resta à Daisy Ridley, John Boyega e Isaac, todo o parabéns do mundo por ser esforçarem tanto para extrair boas atuações de um texto tão raso e desesperado.

 

Infelizmente, a força dos atores perde também para a combinação tóxica do roteiro inchado com uma edição afobada e igualmente desesperada para entregar um clima de épico. Incomoda o excesso de cortes, que freiam as cenas de maneira violenta e te deixam perdido pelo quanto de lugares e núcleos a gente fica indo e voltando, indo e voltando.

 

Não há tempo para respirar, e isso torna a movimentação de todos os personagens ainda mais estranha, como acompanhar algum usuário de cocaína trancada em um quarto minúsculo. Isso evidencia uma outra tremenda decepção para com o filme, e é a preguiçosa direção de J.J. Abrams, que não trouxe nem um pouco de seu capricho e vontade de fazer um trabalho como visto em Despertar da Força.

 

Todas as cenas de ação no filme, seja luta de sabre, perseguição a pé ou de nave, são apenas fragmentos com menos brilho do que já vimos NESSA PRÓPRIA TRILOGIA. Falem o que quiser, pois até mesmo o maior hater de Os Últimos Jedi ainda conseguiria reconhecer a aprimorada direção de Rian, o que não vemos nem um pouco aqui.

 

O abraço que todos os fãs mereciam agora.

 

O que mais dói pelo filme ser ruim, é a forma que o roteiro achou de honrar a querida Carrie Fisher, tentando encaixar a General Leia com uma montagem que muitas vezes soa profundamente artificial, às vezes até constrangedora. OK que essa era uma situação extremamente delicada, mas poupá-la um pouco desse excesso poderia ser mais respeitoso do que transformar os cortes secos e frases aleatórias de Leia em potenciais memes.

 

Por fim, o legado dessa nova trilogia acaba sendo um enorme sentimento de desperdício. A Ascensão Skywalker parece ter 3 filmes dentro de 1, então, qual foi a necessidade dos 2 filmes que tivemos antes? Fica difícil de equilibrar as opiniões e chegarmos a conclusão se isso tudo valeu a pena pelos 2 primeiros filmes, ou se esse último capítulo vai destruir toda a lembrança e carinho que tivemos ao longo dos últimos 4 anos.

 

São tantos absurdos que o filme pode até ser divertido de se assistir como um “filme tão ruim que fica bom”. Mas essa é a primeira vez onde vejo um filme com defeitos tão explícitos, que eu realmente tenho medo de sequer imaginar ver esse filme novamente. E para um Star Wars, isso é algo imperdoável.

 

    LEIA TAMBÉM!

 

Leia a sinopse oficial de Star Wars: A Ascensão Skywalker! : “Lucasfilm e o diretor J.J. Abrams juntam forças mais uma vez para levar os espectadores a uma jornada épica em uma galáxia muito, muito distante em Star Wars: A Ascensão Skywalker, a fascinante conclusão da saga Skywalker, na qual novas lendas nascerão e a batalha final pela liberdade ainda está por vir”.

 

Star Wars: A Ascensão Skywalker promete encerrar a saga de 6 filmes envolvendo a Família Skywalker, e já está em exibição nos cinemas brasileiros. Leia mais: Star Wars: A Ascensão Skywalker está com nota vergonhosa no Rotten Tomatoes!

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