Star Wars: A Ascensão Skywalker afunda no Brasil e não deve alcançar Rogue One

Star Wars: A Ascensão Skywalker afunda no Brasil e não deve alcançar Rogue One

Star Wars: A Ascensão Skywalker afunda no Brasil e não deve alcançar Rogue One

Com as excelentes performances combinadas de Frozen 2 e Minha Mãe é uma Peça 3, Star Wars: A Ascensão Skywalker segue perdendo salas e público no Brasil, com um fraco...

Star Wars: A Ascensão Skywalker afunda no Brasil e não deve alcançar Rogue One
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Com as excelentes performances combinadas de Frozen 2 e Minha Mãe é uma Peça 3, Star Wars: A Ascensão Skywalker segue perdendo salas e público no Brasil, com um fraco desempenho semanal, que pode levá-lo inclusive a sair de cartaz com um público inferior ao do spin off Rogue One.

 

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Ainda em terceiro lugar no ranking semanal, atrás dos monstros protagonizados por Anna, Elsa e Dona Hermínia, o Episódio IX arrecadou mais R$ 2,1 milhões e vendeu mais 107 mil ingressos. No total, o filme possui R$ 51,7 milhões na bilheteria brasileira, tendo levado 2,67 milhões de pessoas aos cinemas nacionais após quatro semanas em cartaz.

 

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O filme recentemente ultrapassou as bilheterias de Shazam! e It: Capítulo Dois (ambos com R$ 47 milhões) e agora é o 13º maior faturamento para um longa lançado em 2019 no Brasil. Quanto aos ingressos vendidos, A Ascensão Skywalker ocupa por enquanto a 16ª posição, não tendo superado por enquanto nem os públicos do segundo It (3,15 milhões de ingressos) nem os do super-herói de Zachary Levi (2,92 milhões), bem como os do filme de ação Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw (2,74 milhões). 

 

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A este ponto Os Últimos Jedi (3,52 milhões de ingressos) e A Ameaça Fantasma (3,46 milhões) podem descansar sossegados sabendo que A Ascensão Skywalker dificilmente os alcançará no ranking dos filmes da icônica saga espacial no Brasil (liderado por O Despertar da Força, com 6,75 milhões, e o clássico Uma Nova Esperança, com 4,46 milhões). A questão é se o Episódio IX vai conseguir sequer alcançar o público do spin off Rogue One (2,86 milhões), algo que não parece ser provável também na bilheteria americana

 

Numa análise superficial, não parece ser uma missão difícil: A Ascensão Skywalker está a menos de 200 mil ingressos de superar o público do longa de 2016, e isso após menos de um mês em cartaz. Deveria ser praticamente garantido que o Episódio IX, o auto proclamado encerramento épico de uma saga contada através de nove filmes, três trilogias e quatro décadas (e muitos desentendimentos entre fãs e criadores), levasse mais pessoas aos cinemas que um simples spin off, ambientado 35 anos da atual trilogia e voltado principalmente para os fãs da franquia, certo? Bem…

 

Para começar, o público de Skywalker após quatro semanas é inferior ao alcançado por Rogue One no mesmo período de tempo (2,74 milhões de ingressos) – e olha que o Episódio IX levou 130 mil pessoas a mais que o spin off em sua abertura. Além disso, o filme despencou imensos 57,3% no público entre a semana passada e esta, a maior para um longa de sua franquia lançado em dezembro (Os Últimos Jedi caiu 45% e o próprio Rogue One apenas 37%).

 

Finalmente, A Ascensão Skywalker teve um quarto fim de semana inferior aos dos Episódios VII (384 mil ingressos) e VIII (143 mil), bem como, mais uma vez, Rogue One (121 mil). Em outras palavras, o Episódio IX chegou num ponto onde ele está caindo mais rápido e vendendo menos ingressos do que os longas anteriores de sua saga no mesmo período.

 

 

O mais estranho é que a situação de Skywalker é extremamente similar à de Rogue One três anos atrás. Ambos estão enfrentando uma sequência da Dona Hermínia (Minha Mãe é uma Peça 2 estreou em dezembro de 2016, uma semana após a tal História Star Wars) e uma animação da Disney sobre princesas que tem quebrado recordes no Brasil (Moana naquela época e Frozen II hoje em dia). No entanto, o Episódio IX de alguma forma tem conseguido o feito de ter um desempenho pior no Brasil do que o spin off estrelado por Felicity Jones e Diego Luna.

 

E por quê? Bem, por mais voltado para os fãs que Rogue One possa ser, ao menos ele deu a sorte de estrear um ano após O Despertar da Força não só reacender o interesse pela franquia como também atrair novos espectadores que até então não se importavam com a saga. Tal longa obteve um público no nível de um bem sucedido filme solo do MCU, pouco maior que os dois filmes do Homem-Aranha de Tom Holland e Thor: Ragnarok, conquistado através de uma impiedosa campanha de marketing da Disney. Então, naquela época, ainda havia a boa vontade com a saga que ajudou Rogue One a conquistar bilheteria decente no país, similarmente ao monstruoso sucesso de Os Vingadores (R$ 130 milhões) em 2012 turbinando a bilheteria do subsequente Homem de Ferro 3 (R$ 97 milhões) no ano seguinte.

 

É uma pena, porém, que os novos fãs conquistados pelo Episódio VII não se fidelizaram, pois desde então a saga viveu em meio a controvérsias sem fim, confusões nos bastidores, tramas complexas e um longa que foi totalmente ignorado (Han Solo, que teve números vergonhosos no país), chegando a um Episódio IX recebido com péssimas críticas, recepção ruim dos fãs e ignorado por quem não tem nem sequer interesse na franquia. Mais uma vez usando o MCU como exemplo, é como se os filmes da Fase 2, após o primeiro Vingadores, tivessem recepções controversas entre os fãs e bilheterias cada vez menores, levando a um Era de Ultron no qual, com o público afastado da franquia, sua bilheteria seria inferior à de Thor: O Mundo Sombrio, por exemplo. Ou no caso da DC, seria como se o fiasco de Liga da Justiça tivesse feito a audiência querer tomar distância dos heróis e vilões da casa do Batman.

 

 

Claro, nada disso aconteceu, e apesar dos tropeços pelo caminho do MCU e da DC, longas como Guerra Infinita, Aquaman, Ultimato e Coringa alcançaram resultados históricos na bilheteria brasileira. Star Wars, infelizmente, não possui o mesmo amor do público nacional que os filmes de super-heróis aproveitam, e portanto a franquia ainda não tem forças para se recuperar após uma crise da marca, ou mesmo para se manter durante uma (até Liga da Justiça foi um sucesso por aqui, alcançando o maior faturamento e o segundo maior público para um longa lançado em 2017).

 

Dessa forma, quando viram que A Ascensão Skywalker era um filme ruim que ainda trazia um fraco encerramento para os arcos da nova trilogia, os novos espectadores, que deram uma chance à saga em 2015, nem sequer apareceram para este filme, preferindo ficar em casa maratonando os últimos hits da Netflix, ou ir aos cinemas para assistir Minha Mãe é uma Peça 3, Frozen II ou um dos longas do Oscar.

 

Enfim, caso o filme tenha um desempenho similar à Rogue One após a quarta semana, sai de cartaz tendo vendido 2,8 milhões de ingressos, 65 mil a menos que o spin off. Comparando com filmes que estrearam fora do Natal, mas tiveram desempenhos parecidos com A Ascensão Skywalker em termos de quedas e ingressos vendidos até a quarta semana, uma performance similar à O Homem de Aço leva o longa a um público de 2,76 milhões, enquanto uma mais parecida com a de Capitão América: O Primeiro Vingador o faz sair de cartaz com 2,83 milhões. 

 

 

Logo, caso o longa não queira passar a humilhação de ter levado menos gente aos cinemas do que Rogue One, vai precisar ter um desempenho melhor do que as expectativas e o histórico sugerem – e considerando a forte competição, esta pode ser uma tarefa mais difícil que o imaginado.

 

Mas e você, o que achou de A Ascensão Skywalker? Acha que o filme merece ou não o fraco desempenho que está tendo no Brasil? Comente com a gente!

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