Jumanji: Próxima Fase tem ótima estreia nos EUA!

Apesar da abertura abaixo das expectativas em alguns países na semana passada (muito por causa da China, que não conseguiu chegar aos valores desejados pela Sony), a comédia para toda a família Jumanji: Próxima Fase se recuperou no último fim de semana, conforme o longa estreou nos EUA e em mais alguns territórios.

Jumanji: Próxima Fase tem ótima estreia nos EUA!

Apesar da abertura abaixo das expectativas em alguns países na semana passada (muito por causa da China, que não conseguiu chegar aos valores desejados pela Sony), a comédia para toda a família Jumanji: Próxima Fase se recuperou no último fim de semana, conforme o longa estreou nos EUA e em mais alguns territórios.

Jumanji: Próxima Fase tem ótima estreia nos EUA!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Apesar da abertura abaixo das expectativas em alguns países na semana passada (muito por causa da China, que não conseguiu chegar aos valores desejados pela Sony), a comédia para toda a família Jumanji: Próxima Fase se recuperou no último fim de semana, conforme o longa estreou nos EUA e em mais alguns territórios.

Na bilheteria americana, o filme estrelado por The Rock e Kevin Hart abocanhou a liderança isolada do ranking do fim de semana, derrotando Frozen II e arrecadando ótimos US$ 59,2 milhões entre sexta e domingo. Trata-se da 13ª maior abertura americana para o mês de dezembro, e a maior da história da Sony, um estúdio que apenas recentemente (através dos dois Jumanji mais recentes e Homem-Aranha no Aranhaverso) começou a apostar em filmes de aventura anuais para a época do Natal visando o público familiar e jovem. 


O longa também quebrou o recorde de maior abertura para uma comédia a estrear em dezembro (derrotando Entrando Numa Fria Maior Ainda, que estreou com US$ 46,1 milhões em 2004), bem como a maior estreia para um longa em live action para os atores Jack Black e Kevin Hart (descontando os trabalhos que ambos fizeram em animações, claro). Aliás, em geral, trata-se da sétima melhor estreia em valores não ajustados pela inflação para uma comédia em live action, atrás apenas dos dois Deadpool (US$ 132,4 milhões para o primeiro e US$ 125,5 milhões para o segundo), Se Beber, Não Case! Parte II (US$ 85,9 milhões), Austin Powers em O Homem do Membro de Ouro (US$ 73 milhões), A Escolha Perfeita 2 (US$ 69,2 milhões) e A Hora do Rush 2 (US$ 67,4 milhões).


 

É interessante observar que, na lista das maiores estreias para comédias, quase todos os longas são continuações, à exceção do primeiro Deadpool (que, no entanto, já era um personagem conhecido). Isso destaca o caminho ideal para uma franquia cômica de sucesso é fazer um primeiro filme que seja bem sucedido e bem recebido pelo público alvo, que, claro, voltará em peso para a abertura de sua sequência. Dessa forma, Próxima Fase está apenas seguindo o mesmo padrão estabelecido por outras hilariantes sagas de sucesso, como Se Beber, Não Case!, Austin Powers, A Hora do Rush, Entrando numa Fria, e por aí vai.


Seu antecessor, Bem-Vindo à Selva, teve ótima recepção do público há dois anos e um boca a boca quase sem precedentes. Some isso à grande campanha que a Sony montou nas mídias sociais visando o público jovem, e se aproveitando do grande número de seguidores de The Rock e Hart, bem como parcerias globais com empresas como a Uber e o restaurante Zaxby’s, e tudo estava pronto para uma estreia acima das expectativas. E isso sem falar de ações promocionais em canais como a Nickelodeon e a ESPN, bem como no popular app TikTok, visando atingir o público alvo.

Comparações com seu antecessor são difíceis. Sim, considerando apenas o primeiro fim de semana, Bem-Vindo à Selva arrecadou apenas US$ 36,1 milhões, pouco mais da metade da estreia de Próxima Fase. No entanto, tal filme estreou numa quarta, 20 de dezembro de 2017 (após realizar uma pré estreia no dia 8), ao contrário de sua sequência, que abriu numa sexta normalmente. Dessa forma, até seu primeiro domingo (que foi na véspera de Natal daquele ano), Bem-Vindo à Selva já havia arrecadado US$ 52,7 milhões. Aliás, se você considerar que o dia seguinte, justamente o dia de Natal em si, faz parte da abertura do longa, então ele estreou com US$ 71,9 milhões em seis dias. 


Justamente por ter estreado nos dias imediatamente anteriores às festas de fim de ano, Bem-Vindo à Selva pôde arrecadar bons números durante o feriado, acima de US$ 10 milhões em quase todos os dias e um total de US$ 169 milhões até o dia 31 de dezembro. Mas isso por si só não explica a popularidade da comédia. Afinal, na semana anterior à sua estreia, o aguardadíssimo blockbuster da Disney Star Wars: Os Últimos Jedi chegou aos cinemas arrecadando absurdos… e recebendo uma recepção controversa (e, em muitos casos, violenta) dos mais fanáticos pela saga espacial. Sombrio, violento, com mais de duas horas e meia de duração e decisões que desagradaram a muitos, uma parte dos cinéfilos preferiu optar por assistir um filme mais leve e divertido, no caso, o novo Jumanji, em detrimento ao oitavo capítulo da saga.

Com isso, ainda que Os Últimos Jedi tenha virado o ano com US$ 517,2 milhões (contra os citados US$ 169 milhões de Bem-Vindo à Selva), a comédia estrelada por The Rock reinou sobre a aventura espacial nas primeiras semanas de 2018. Basta dizer que, após a virada do ano, Bem-Vindo à Selva arrecadou US$ 235,5 milhões, enquanto Os Últimos Jedi conquistou apenas US$ 102,9 milhões. No fim das contas, sim, a aventura espacial (muito por causa de seus gigantescos números de abertura) obteve uma bilheteria final nos EUA superior à da comédia da Sony, US$ 620 milhões contra US$ 404,5 milhões, porém mesmo assim, graças à inacreditável vitalidade de Bem-Vindo à Selva, o filme quebrou o recorde de 15 anos e meio do primeiro Homem-Aranha de Sam Raimi de maior bilheteria americana para a Sony. 

Dito isso, apesar de seu início promissor, não sabemos se Próxima Fase terá a mesma vitalidade nas bilheterias que seu predecessor. Para começar, o novo longa estreou antes de um novo capítulo de Star Wars, e não depois, como ocorreu com Bem-Vindo à Selva. Claro, para ser justo, Próxima Fase fez tudo que lhe competia da maneira correta: aumentou o orçamento de maneira responsável (dos US$ 90 milhões gastos com Bem-Vindo à Selva para US$ 120 milhões no novo filme), manteve a equipe e o elenco que tornaram o primeiro filme tão querido, e manteve o mesmo tom que agradou ao público no antecessor (sua nota no CinemaScore foi um A-, equivalente a um 9/10). Ainda assim, da mesma forma que a longeva carreira de Bem-Vindo à Selva se deveu em parte graças à controversa recepção de Os Últimos Jedi, Próxima Fase vai depender também de como A Ascensão Skywalker for recebido por críticos e públicos. Se, de alguma forma, o último capítulo do épico espacial for adorado pelas audiências, então isso pode prejudicar perspectivas posteriores para a aventura da Sony.

Na bilheteria internacional, Próxima Fase chegou a outros 34 mercados após sua estreia antecipada na semana passada. Com isso, o filme faturou mais US$ 85,7 milhões fora dos EUA durante o fim de semana e chegou a bons US$ 153,5 milhões na bilheteria internacional. 

Em diversos mercados, Próxima Fase obteve uma abertura superior à Bem-Vindo à Selva, como no Reino Unido, Alemanha, Rússia e México – neste último, a estreia do longa foi quase 80% superior à de seu predecessor. No total, o filme está 33% acima de Bem-Vindo à Selva nos mesmos mercados.

Somando as bilheterias americana e internacional, Próxima Fase possui US$ 213 milhões na bilheteria global até o momento. Vale lembrar que Bem-Vindo à Selva arrecadou US$ 557 milhões fora dos EUA, e um total global de inacreditáveis US$ 962 milhões, na época a segunda maior bilheteria global da Sony (atualmente é a terceira, atrás dos bilionários 007: Operação Skyfall e Homem-Aranha: Longe de Casa). Em muitos mercados, como no Brasil, China e México, Bem-Vindo à Selva impôs uma derrota humilhante à Disney e teve uma bilheteria maior que Os Últimos Jedi.

Em outras notícias sobre estreias, alguns novos longas também chegaram às telonas americanas, sem sequer o mesmo impacto de Próxima Fase. Na verdade, os outros resultados foram simplesmente terríveis. O menos pior deles foi O Caso Richard Jewell, um drama dirigido pelo lendário astro e cineasta Clint Eastwood, que arrecadou apenas US$ 4,6 milhões apesar de boa recepção da crítica e do público. Trata-se de uma das menores aberturas para um filme comandado por Eastwood que estreou de forma ampla (em todo o país, ao invés de chegar primeiro a algumas cidades maiores e depois se expandir para o interior dos EUA).

Natal Sangrento, uma reimaginação de temática feminista comandada pela diretora Sophia Takal de um clássico do horror dos anos 1970, teve um resultado simplesmente terrível: pouco mais de US$ 4 milhões no fim de semana de estreia. Trata-se simplesmente de uma das 30 piores aberturas da história para um filme a abrir em mais de 2.500 telas no país, além de uma bilheteria muito abaixo do esperado por seu estúdio, a Universal, que antecipava uma estreia de no mínimo US$ 10 milhões. 

O longa tinha muitas coisas a seu favor: nenhuma competição entre filmes de terror, o poder da marca Blumhouse (produtora responsável por alguns dos filmes do gênero mais bem sucedidos da década) e um marketing que visava atrair um público feminino jovem. Mas nada disso funcionou. As críticas foram péssimas (45% no Rotten Tomatoes até o fechamento desta matéria) e a recepção da audiência, ainda pior (D+ no CinemaScore, equivalente a um 4,5/10, e 30% de aprovação da audiência no RT). Considerando isso, é bem provável que o filme desapareça rapidamente das salas nos EUA, e nem chegue a ser lançado nos cinemas em vários países (incluindo no Brasil), a fim de evitar ter gastos com distribuição que certamente não seriam recuperados. A melhor forma para o estúdio não ter um prejuízo com o filme (ou, ao menos, um muito grande) será lançando-o para aluguel em streaming o quanto antes. 

Certamente um dos maiores fracassos cinematográficos em 2019 para o cinema hollywoodiano.

Bilheteria EUA 13/12/19 a 15/12/19:

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