As maiores bilheterias de 2019, Parte 3: Mundo

As maiores bilheterias de 2019, Parte 3: Mundo

As maiores bilheterias de 2019, Parte 3: Mundo

Na terceira e última parte de nossa matéria, vamos ver quais foram as maiores bilheterias globais de 2019. Acompanhe conosco! Os dados para os filmes que entraram em cartaz...

As maiores bilheterias de 2019, Parte 3: Mundo
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Na terceira e última parte de nossa matéria, vamos ver quais foram as maiores bilheterias globais de 2019. Acompanhe conosco!

Os dados para os filmes que entraram em cartaz no final do ano estão contabilizados até o dia 19 de janeiro de 2020.


 

1º Lugar: Vingadores: Ultimato


 

Direção: Anthony e Joe Russo


Distribuição: Disney

Bilheteria EUA: US$ 858,3 milhões


Bilheteria Internacional: US$ 1.939 bilhão

Bilheteria Global: US$ 2.797 bilhões

 

Como não poderia deixar de ser, o grande campeão de 2019 em praticamente todo o globo foi o monstro de bilheteria Vingadores: Ultimato. O último capítulo da saga de Tony Stark e Steve Rogers quebrou recordes numa velocidade absurda: trata-se, de longe, do filme mais rápido a ultrapassar a marca do US$ 1 bilhão globalmente, tendo atingido este feito em apenas 5 dias. O recordista anterior era justamente seu antecessor, Guerra Infinita, que precisou de 11 dias para bater o bilhão, uma eternidade se comparado com Ultimato – embora o quarto Vingadores tenha incluído a China no rol de países que receberam o filme em seu primeiro fim de semana, ao passo em que o terceiro só chegou lá três semanas após o restante do mundo.

 

Nos dias seguintes, enquanto o mundo era tomado de assalto pelo monstruoso blockbuster da Disney, Ultimato batia marcas de forma assustadoramente veloz: 8 dias para chegar a US$ 1.5 bilhão, 11 até bater os US$ 2 bilhões e, finalmente, 19 para chegar nos US$ 2.5 bilhões, atingindo esta inacreditável marca em 13 de maio. Como comparação, Guerra Infinita precisou de 11 e 18 dias para bater as marcas dos US$ 1.5 bilhão e US$ 2 bilhões, respectivamente. Já o único outro filme afora Ultimato a arrecadar mais de US$ 2.5 bilhões, Avatar, chegou lá no final de fevereiro de 2010, 71 dias após sua primeira exibição nas telas do mundo.

 

No fim das contas, Ultimato saiu de cartaz com pouco menos de US$ 2.8 bilhões. Até o momento, trata-se da maior bilheteria global da história do cinema, em valores não ajustados pela inflação, com o filme tendo alcançado um total apenas US$ 7,8 milhões superior ao de Avatar. Claro, James Cameron pode muito bem relançar seu épico espacial sobre os Na’Vi perto da estreia da continuação (que pelo visto chega aos cinemas em dezembro de 2021), para procurar reaver seu recorde de maior bilheteria da história de volta. Mas, parafraseando Leonardo DiCaprio em outro clássico comandado por Cameron, os Vingadores por enquanto são os reis do mundo.

 

2º Lugar: O Rei Leão

 

Direção: Anthony e Joe Russo

Distribuição: Disney

Bilheteria EUA: US$ 543,6 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 1.113 bilhão

Bilheteria Global: US$ 1.656 bilhão

 

Duas décadas e meia atrás, esta clássica história inspirada em Shakespeare e ambientada na savana africana, contada através de canções memoráveis, faturou uma bilheteria impensável após conquistar fãs de todas as idades: US$ 763 milhões, na época o maior faturamento para uma animação, superando os US$ 504 milhões de Aladdin, lançado dois anos antes.

 

Em 2019, essa mesmíssima história se repetiu, apesar do fato de que hoje em dia os espectadores estão muito mais familiarizados com a saga de Simba, Mufasa e Scar do que em 1994. A nova versão de O Rei Leão, feita com tecnologia de ponta, gerou controvérsias sobre se tal longa é ou não uma animação, sem atingir um consenso. Caso você considere o novo longa uma animação, então ele deixou no chinelo o desenho que até então era o recordista anterior, o primeiro Frozen (US$ 1.28 bilhão), e, graças ao seu sucesso absurdo na bilheteria internacional, tornou-se a primeira animação a arrecadar mais de US$ 1 bilhão fora dos EUA.

 

Mas se você preferir considerar o remake de O Rei Leão um filme em live action (ou seja, considerando menos a forma como foi feito e mais o realismo que ele busca emular), então ainda assim o filme é a sétima maior bilheteria da história, tendo alcançado um total superior ao de sucessos como os dois primeiros Os Vingadores e Velozes & Furiosos 7. Por muito pouco o longa não atingiu a sexta posição, superando Jurassic World (US$ 1.67 bilhão), apesar do filme ter obtido um total fora dos EUA (US$ 1.11 bilhão) superior ao do filme dos dinossauros (US$ 1.01 bilhão).

 

Prova de que a história do jovem leão é poderosa o bastante para continuar atraindo multidões.

 

3º Lugar: Frozen II

 

Direção: Chris Buck, Jennifer Lee

Distribuição: Disney

Bilheteria EUA: US$ 466,4 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 938,7 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.405 bilhão

 

No final de 2013, o mundo foi tomado de assalto pelo fenômeno Frozen, que com suas canções grudentas e personagens divertidos, tornou-se na época a maior bilheteria da história para uma animação, com US$ 1.28 bilhão. É comum que, quando o primeiro filme de certa franquia tenha uma bilheteria tão alta, sua (geralmente não tão aclamada) continuação irá decair um pouco nas bilheterias, como ocorreu com Os Vingadores, o Homem-Aranha de Sam Raimi e em todas as trilogias de Star Wars até o momento, logo era bem provável que Frozen II não fosse ter o mesmo sucesso de seus antecessor.

 

Mas, para a alegria dos executivos da Disney, a segunda aventura de Anna e Elsa desafiou essa tendência e deixou os já inacreditáveis números do primeiro Frozen no chinelo.

 

Com US$ 466 milhões na bilheteria americana (mais do que o total ajustado pela inflação do primeiro filme) e assustadores US$ 936,2 milhões fora da América do Norte, Frozen II alcançou números superiores ao primeiro numa situação mais desfavorável. Não apenas as críticas foram inferiores desta vez (74 para Frozen no Metacritic contra 64 para Frozen II), mas também havia mais competição. Se no final de 2013 o primeiro longa das princesas de Arendelle foi o único longa infantil em cartaz por semanas sem fim, neste ano o segundo precisou disputar a atenção das crianças (e o bolso dos pais) com o bem sucedido Jumanji: Próxima Fase, além do fato de Star Wars: A Ascensão Skywalker, com todos os problemas, ter alcançado números superiores aos de O Hobbit: A Desolação de Smaug há seis anos.

 

Além disso, o primeiro Frozen só chegou onde chegou por ter se tornado um fenômeno assustador no Japão, tendo arrecadado US$ 250 milhões por lá. Em comparação, Frozen II faturou “apenas” US$ 110 milhões no país oriental, de modo que o longa conseguiu ultrapassar o predecessor compensando sua queda no Japão com um crescimento vertiginoso no faturamento em diversos mercados, principalmente no Oriente, onde ele se tornou um sucesso absurdo na China, Coréia do Sul, entre outros.

 

Até o fechamento deste texto, Frozen II já havia ultrapassado Vingadores: Era de Ultron, e agora é a 10ª maior bilheteria global da história. Um resultado inacreditável, e que deve levar a um Frozen III em alguns anos.

 

4º Lugar: Homem-Aranha: Longe de Casa

 

Direção: Jon Watts

Distribuição: Sony

Bilheteria EUA: US$ 390,5 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 741,3 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.131 bilhão

 

Você sabia que, até um ano atrás, nenhum filme do Homem-Aranha jamais havia ultrapassado a marca do bilhão? Claro, estamos falando de valores não ajustados pela inflação, pois é provável que, ajustados, os três longas de Sam Raimi teriam batido a marca com extrema facilidade. Ainda assim, apesar da imensa quantidade de longas estrelados pelo Cabeça de Teia lançados nos cinemas desde 2002, a maior bilheteria global da Sony não pertencia a Peter Parker, mas sim a James Bond, cujo 007: Operação Skyfall arrecadou US$ 1.11 bilhão mundialmente em 2012.

 

Em julho desse ano, Longe de Casa finalmente quebrou a “maldição”. Sim, o filme foi bem em quase todo o globo, já que o Homem-Aranha é suficiente para atrair o público aos montes, mas foi graças a uma performance acima das expectativas nos EUA e na China que Longe de Casa conseguiu ir além do bilhão. Nos Estados Unidos, o flme deu ao Teioso uma bilheteria que ele não via em 15 anos, com o longa superando Homem-Aranha 2 e ficando atrás apenas do primeiro. 

 

Já no país oriental, o longa faturou US$ 200 milhões, o que não apenas é muito acima do que seu antecessor De Volta ao Lar faturou por lá em 2017 (US$ 116,2 milhões), como também é nada menos que quarta maior bilheteria para o MCU (perdendo apenas para Era de Ultron, Guerra Infinita e Ultimato) e o terceiro maior longa para um super-herói solo no país (atrás de Venom e Aquaman).

 

Por conta disso, não apenas Longe de Casa superou Skyfall como também ultrapassou Capitã Marvel, tornando-se o segundo maior longa de heróis do ano. Um sucesso tão grande que fez a Sony e a Disney lutarem com ainda mais afinco pela posse do herói mais adorado da história.

 

5º Lugar: Capitã Marvel

 

Direção: Ryan Fleck, Anna Boden

Distribuição: Disney

Bilheteria EUA: US$ 426,8 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 701,4 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.128 bilhão

 

Você pode não se lembrar, mas havia uma época em que os filmes do MCU que introduziam um novo herói ou grupo de heróis à franquia não chegavam sequer a faturar US$ 600 milhões (o primeiro Homem de Ferro arrecadou US$ 585 milhões em 2008). Então aos poucos o nível foi subindo: Guardiões da Galáxia chegou aos US$ 772 milhões, Homem-Aranha: De Volta ao Lar quase ultrapassou os US$ 900 milhões e, finalmente em 2018, dez anos após o primeiro filme do MCU, Pantera Negra encerrou sua carreira com inacreditáveis US$ 1.346 bilhão.

 

Este ano, Capitã Marvel não decepcionou e entrou para o clube do bilhão também. Curiosamente, o longa deve seu bilhão mais à bilheteria internacional do que à americana (embora tenha tido excelente desempenho nesta também), comparado com Pantera Negra: Carol Danvers faturou mais de US$ 700 milhões fora dos EUA contra US$ 647 milhões de T’Challa. 

 

Muito disso foi, novamente, por conta da China. Por lá, Capitã Marvel arrecadou ótimos US$ 154 milhões, bem mais do que os US$ 105 milhões de Pantera Negra. Nesta matéria especial, eu explico o crescimento absurdo que os filmes de super-heróis obtiveram de meados de 2018 para cá no mercado chinês.

 

Ou seja, no atual momento do MCU, é o novo comum que filmes de introdução de heróis sejam bilionários. Isso será ótimo para os novos heróis que chegarão à franquia, como Os Eternos e Shang-Chi

 

6º Lugar: Toy Story 4

 

Direção: Josh Cooley

Distribuição: Disney

Bilheteria EUA: US$ 434 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 639,3 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.073 bilhão

 

Em mais uma vitória surpreendente para a Disney, Toy Story 4 tornou-se a nona animação (e quarta lançada pela Pixar) a arrecadar mais de US$ 1 bilhão nas bilheterias na história. 

 

Claro, o filme pode não ter superado o megasucesso de 2018 da Pixar Os Incríveis 2 (US$ 1.24 bilhão), mas isso foi mais devido à segunda aventura da família Incrível tendo uma performance espetacular, comparável aos filmes dos Vingadores, nas bilheteria americana (US$ 608 milhões), ao passo em que Toy Story 4 faturou por lá “apenas” US$ 434 milhões, o que ainda faz dele uma das maiores animações da história.

 

Por outro lado, a performance nas bilheterias internacionais foi levemente superior para Toy Story 4. Foram US$ 634 milhões para o segundo longa do Senhor Incrível e a Mulher Elástico contra US$ 643 milhões para Woody e Buzz. Isso faz do filme recentemente indicado ao Oscar de Melhor Animação a 11ª maior bilheteria arrecadada fora dos EUA para uma animação americana, e a segunda para um longa da Pixar, atrás apenas de seu próprio predecessor Toy Story 3 (US$ 652 milhões) – o que faz da franquia dos brinquedos a mais popular da Pixar para o público fora da América do Norte. 

 

Na bilheteria global, atualmente Toy Story 4 é a sexta maior bilheteria para uma animação, e a segunda da Pixar, novamente atrás de Os Incríveis 2. Mais do que isso, tendo sido aclamado pela crítica, o longa tem a chance de suceder onde filmes como o segundo longa da família de heróis, Procurando Dory e Carros 3 não conseguiram, e ser a primeira continuação da Pixar a levar o Oscar de Animação desde… Toy Story 3, em 2011. A história de brinquedos que iniciou o estúdio continua forte como nunca entre críticos e público!

 

7º Lugar: Coringa

 

Direção: Todd Phillips

Distribuição: Warner Bros.

Bilheteria EUA: US$ 334,5 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 735,6 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.070 bilhão

 

Quem diria que este suspense sombrio e pesado se tornaria o primeiro filme proibido para menores de idade a faturar mais de US$ 1 bilhão? Até porque o máximo que tais longas chegaram foi na casa dos US$ 780 milhões com os dois longas do Deadpool…

 

Mas ao contar a história de origem do vilão mais famoso da DC de uma forma sombria, cruel e realista, o diretor Todd Phillips cativou, perturbou, horrorizou, chocou e até mesmo emocionou audiências no mundo todo. Sim, nos EUA sua performance foi ótima, porém na bilheteria internacional Coringa simplesmente explodiu de uma forma sem precedentes. O longa arrecadou nada menos que US$ 735 milhões fora da América do Norte, o que faz dele o 9º maior filme de quadrinhos na bilheteria internacional, atrás dos quatro filmes dos Vingadores, Aquaman, Homem de Ferro 3, Capitão América: Guerra Civil e Homem-Aranha: Longe de Casa, porém superando sucessos como Capitã Marvel e Pantera Negra

 

Todos esses filmes, vale lembrar, foram lançados na China, ao passo em que Coringa não precisou de sequer um centavo do país oriental para alcançar seus números internacionais e globais. Isso faz do suspense da DC a maior bilheteria para um longa que nem sequer chegou a passar na China.

 

O longa também se tornou a terceira maior bilheteria global da história para a DC, atrás de Aquaman e apenas US$ 11,8 milhões abaixo de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge. E, diferentemente desses dois, Coringa foi indicado a nada menos que 11 Oscar, inclusive Melhor Filme e Diretor, o longa de quadrinhos com o maior número de indicações da história, superando Pantera Negra.

 

Em um ano em que Ultimato foi o encerramento épico da saga dos Vingadores, é Coringa quem parece apontar um dos futuros possíveis para filmes de heróis: longas menores, de orçamentos mais baixos, mais ousados, que podem focar-se não só em protagonistas heroicos que salvam o dia, mas também nos vilões, e o que os levou a seu caminho sombrio.

 

8º Lugar: Aladdin

 

Direção: Guy Ritchie

Distribuição: Disney.

Bilheteria EUA: US$ 355,5 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 695,1 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.050 bilhão

 

Aladdin é uma das animações mais populares da Disney, e foi a segunda maior bilheteria da Casa do Mickey durante seu renascimento na década de 90, logo atrás de O Rei Leão. Logo, seu remake deveria ser um sucesso garantido… certo?

 

Bem, traduzir para o live action seus elementos mais cartunescos (Robin Williams, o dublador original do Gênio, comparou o longa original de 92 às anárquicas animações dos Looney Tunes, como as estreladas por Pernalonga e Patolino) seria difícil, então quando no primeiro trailer a audiência foi apresentada a um Will Smith pintado de azul, ela reagiu com incredulidade, piadas e memes. 

 

Ainda assim, o público evidentemente adora Aladdin, de tal maneira que, quando o longa estreou, as críticas ruins foram ignoradas e a audiência compareceu aos cinemas às multidões. O filme conquistou bilheteria surpreendente em praticamente todo o planeta, ultrapassando a marca do bilhão enquanto esmagava concorrentes como as tardias continuações de Godzilla e A Vida Secreta dos Bichos

 

Com mais de US$ 1 bilhão mundialmente, Aladdin é a terceira maior bilheteria americana, internacional e global para um remake de um clássico animado da Disney, atrás de O Rei Leão e A Bela e a Fera. O estúdio com certeza não vai cansar de refazer seus clássicos, mas agora que ele já lançou novas versões de seus mais aclamados sucessos dos anos 90, será que o público continuará comparecendo em números tão grandes?

 

9º Lugar: Star Wars: A Ascensão Skywalker

 

Direção: J.J. Abrams

Distribuição: Disney.

Bilheteria EUA: US$ 494,2 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 536 milhões

Bilheteria Global: US$ 1.030 bilhão

 

É estranho que um dos filmes mais aguardados do ano, o final de uma das sagas mais queridas e icônicas do cinema, se encontre numa posição tão relativamente baixa no ranking mundial, mas aqui estamos. A Ascensão Skywalker foi recebido com as piores críticas de toda a saga e uma resposta divisiva (para dizer o mínimo) dos fãs, ocasionando uma bilheteria que, apesar de bem sucedida, ainda é abaixo dos outros filmes e do que poderia ter sido tivesse o longa uma melhor recepção.

 

Na bilheteria internacional por exemplo, o longa até o momento arrecadou menos da metade do faturado por Star Wars: O Despertar da Força (US$ 1.13 bilhão), que em 2015 graças ao incessante marketing da Disney que buscou fazer a franquia ser tão bem sucedida quanto o MCU fora dos EUA, e também bem menos do que Os Últimos Jedi (US$ 712 milhões). O longa deverá encerrar sua carreira com números fora da América do Norte inferiores aos de filmes como Thor: Ragnarok (US$ 539 milhões), os longas mais recentes da franquia Velozes & Furiosos (incluindo o spin off Hobbs & Shaw), Jumanji: Bem-vindo à Selva (US$ 557,5 milhões), Missão: Impossível – Efeito Fallout (US$ 571 milhões), Animais Fantásticos e Onde Habitam (US$ 580 milhões), e por aí vai.

 

Combine isso a uma arrecadação na bilheteria americana que, apesar de ótima quando vista por si só, ainda é abaixo dos dois Episódios anteriores e também provavelmente inferior à do spin-off Rogue One (US$ 532 milhões), e você tem um filme que, apesar de bilionário, ainda coloca a franquia numa situação muito ruim. É uma situação similar à de Batman vs Superman há três anos, quando seus US$ 873 milhões foram vistos como abaixo do esperado pela Warner, afora a resposta ruim dos críticos e público.

 

Em cartaz há mais de um mês, A Ascensão Skywalker pode ou não superar longas como Aladdin (US$ 1.050 bilhão) e Coringa (US$ 1.069 bilhão) no ranking de 2019, bem como Rogue One (US$ 1.055 bilhão) nos rankings de sua própria franquia. Independentemente disso, pode acreditar que a Disney não está feliz em ver sua caríssima aquisição da nova franquia se tornar um problema tão grande.

 

10º Lugar: Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw

 

Direção: David Leitch

Distribuição: Universal.

Bilheteria EUA: US$ 173,8 milhões

Bilheteria Internacional: US$ 585,1 milhões

Bilheteria Global: US$ 758,9 milhões

 

A franquia Velozes & Furiosos é um dos casos mais curiosos da história do cinema: de uma trilogia menor de filmes de ação focada em corridas em alta velocidade, a saga experimentou um crescimento vertiginoso em suas bilheterias a partir do (surpreendentemente bem recebido pela crítica) quinto capítulo, culminando nos sucessos bilionários do sétimo e oitavo filmes da franquia. O spin-off desse ano Hobbs & Shaw, focado nos antagonistas do quinto e sétimo longas transformado em aliados interpretado por Dwayne Johnson e Jason Statham respectivamente, 

 

Mesmo não trazendo o protagonista de Vin Diesel e sua “família”, ou qualquer cenas de corridas, Hobbs & Shaw foi bastante bem sucedido para um spin-off. Não no nível dos dois últimos longas, claro, mas com uma bilheteria similar à do sexto filme da franquia (US$ 788 milhões). Boa parte de seus números, claro, vieram da China (US$ 201 milhões), onde a franquia é extremamente popular – tanto no sétimo e oitavo filmes quanto neste, o filme faturou mais no país oriental do que no próprio EUA.

 

Ainda assim, trata-se da maior bilheteria global da Universal em 2019, que teve um ano complicado e repleto de fracassos (o mais infame deles sendo o desastroso musical Cats). Porém, o bom resultado de Hobbs & Shaw mostra que o público gostaria de ver novas aventuras com os amigos que se amam e se odeiam de The Rock e Statham, o que pode indicar um caminho para a franquia veloz e furiosa depois que sua saga principal (alegadamente) acabar em 2021 com o décimo capítulo.

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Outros longas de 2019 e ficaram entre a 11ª e a 20ª colocação:

 

11º Lugar: Jumanji: Próxima Fase – US$ 712 milhões

 

Até o fechamento desta matéria, o novo capítulo da relançada (e bizarramente bem sucedida) franquia Jumanji ainda não havia subido para a décima posição, mas pode fazê-lo caso alcance Hobbs & Shaw. De toda forma, melhor para Dwayne Johnson, que protagoniza ambos os filmes.

 

12º Lugar: Ne Zha – US$ 700 milhões

 

Nunca ouviu falar neste filme, apesar de sua massiva bilheteria? Não se preocupe. Trata-se de uma animação chinesa incrivelmente bem sucedida em seu país de origem, onde é a segunda maior bilheteria da história. O longa conta a história de um garoto com superpoderes recrutado para combater demônios e salvar sua comunidade, que o teme.

 

13º Lugar: Terra à Deriva – US$ 699,7 milhões

 

Outro longa chinês, esta ficção científica foi vendida como o primeiro blockbuster de ficção científica com orçamento e efeitos especiais comparáveis aos sucessos de Hollywood. Incrivelmente bem sucedida na China, o filme foi lançado também em alguns cinemas do Extremo Oriente, da Oceania e nos EUA, e no Brasil pela Netflix.

 

14º Lugar: Como Treinar o seu Dragão 3 – US$ 521,7 milhões

 

Primeiro filme da DreamWorks Animation a ser distribuído pela Universal, o encerramento grandioso da trilogia dos dragões teve números decentes e foi considerado um início promissor para a empresa em sua nova casa (a DWA também lançou o decepcionante Abominável pela Universal em 2019). Além disso, o longa foi surpreendentemente indicado ao Oscar de Melhor Animação, não apenas tomando o posto que muitos julgavam que seria de Frozen II, mas também fazendo de Como Treinar seu Dragão a única franquia da DWA a ser indicada por todos os seus longas.

 

15º Lugar: Malévola: Dona do Mal – US$ 491,6 milhões

 

Antes agendado para 2020, esta fantasia da Disney acabou sendo adiantada para outubro de 2019, provavelmente porque a Casa do Mickey sabia que o filme não se sairia tão bem quanto o primeiro, e queria jogar o longa logo no Disney+, onde poderia ser assistido por quem o havia perdido nas telonas. Ainda assim, a empresa deve ter subestimado o potencial do longa, pois embora na América do Norte seu desempenho tenha sido similar ao do fiasco Dumbo, nas bilheterias internacionais o filme foi salvo e conquistou grande sucesso em uma série de países. Contra todas as expectativas, o caríssimo (US$ 185 milhões de orçamento) longa conseguiu chegar num ponto de lucro para a empresa. Angelina Jolie, sua estrela, realmente está bem cotada na Disney, pois será a protagonista do futuro filme do MCU Os Eternos.

 

16º Lugar: It: Capítulo Dois – US$ 473 milhões

 

Suas quase três horas de duração (poucos minutos a menos que Ultimato) e a recepção inferior da crítica devem ter prevenido que It 2 alcançasse os números absurdos de seu antecessor (US$ 700 milhões). Ainda assim, o longa faturou bem acima da média para um filme de horror, mais do que o alcançado pelos longas da franquia Invocação do Mal e seus numerosos spin-offs. Trata-se da terceira maior bilheteria global para um longa de terror e suspense sobrenatural, atrás apenas do primeiro It e de O Sexto Sentido (US$ 673 milhões).

 

17º Lugar: My People, My Country – US$ 445 milhões

 

Outro filme chinês na lista, esta antologia é comandada por diferentes diretores, e retrata sete momentos desde a fundação da República Popular da China, que comemorou 70 anos em 2019. Da bilheteria do filme, US$ 440 milhões foram arrecadados no próprio país oriental. Ou seja, não que os filmes chineses precisam, visto seu monstruoso faturamento na própria China, mas será que, seguindo adiante, os cineastas de lá tentarão fazer seus filmes mais atraentes para um público internacional?

 

18º Lugar: Pokémon: Detetive Pikachu – US$ 431,7 milhões

 

Primeiro filme live action da longa e famosa franquia de games, Detetive Pikachu foi vendido como um dos maiores filmes familiares do ano, trazendo Ryan Reynolds na voz do adorável pokémon amarelo. Assim, é uma pena que o longa tenha estreado justo enquanto Ultimato quebrava recordes, e poucas semanas antes de Aladdin. De toda forma, se na bilheteria americana Detetive Pikachu ultrapassou Lara Croft: Tomb Raider para se tornar o maior filme de games da história, na chinesa o longa faturou apenas US$ 93,7 milhões, bem abaixo do esperado. Isso efetivamente preveniu que o filme ultrapassasse Warcraft, ficando US$ 7,3 milhões abaixo do filme de 2016, impedindo-o de conquistar o recorde de maior bilheteria global para um longa baseado em games.

 

19º Lugar: Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 – US$ 429,4 milhões

 

Vista por si só, a bilheteria de Pets 2 não foi ruim: tendo custado US$ 80 milhões, logo o filme faturou mais de cinco vezes o que custou para ser feito só nas bilheterias, isso afora as vendas para streaming e em home vídeo. Por outro lado, quando comparada com seu predecessor, os resultados desta continuação parecem decepcionantes: o primeiro Pets arrecadou monstruosos US$ 875 milhões, tendo custado apenas US$ 75 milhões para ser produzido. Enfim, Pets 2 está bem longe de ser um fracasso, mas graças à queda vertiginosa no faturamento, não deveremos ver aventuras do cachorrinho Max e seus amigos peludos por um bom tempo. Isso põe seu estúdio, a Illumination numa situação não muito boa, pois agora sua única franquia viável e realmente consolidada é a do Meu Malvado Favorito/Minions – que, aliás, terá um novo capítulo em 2020.

 

20º Lugar: The Captain – US$ 416,2 milhões

 

E mais um blockbuster da China entra na nossa lista! Baseado em um incidente aéreo ocorrido na vida real no país em maio de 2018 (1 ano e 4 meses antes da estreia do filme, o que é bem impressionante), o longa arrecadou quase a totalidade de sua bilheteria na China, com cerca de US$ 700 mil vindos dos EUA. Com os longas chineses fazendo tanto sucesso assim, ficará cada vez mais difícil para os americanos concorrerem – não os de super-herói, que como dito acima, estão indo muito bem, mas outros como Godzilla 2: Rei dos Monstros, Detetive Pikachu e MIB: Homens de Preto – Internacional poderiam ter usado uma ajuda que não veio da China.

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