As maiores bilheterias de 2019, Parte 1: Estados Unidos

Mais um ano repleto de filmes se passou. E, mesmo com tanta ferrenha competição de canais a cabo e incontáveis serviços de streaming, o fato é que as pessoas...

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 23/1/2020 - 19h14


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Mais um ano repleto de filmes se passou. E, mesmo com tanta ferrenha competição de canais a cabo e incontáveis serviços de streaming, o fato é que as pessoas de todas as idades e condições ainda adoram ir aos cinemas, seja para assistir a um grande blockbuster de super-heróis da Marvel, a um longa ousado como Coringa, um terror como It: Capítulo Dois ou um elogiado filme autoral de diretores renomados como Jordan Peele, Quentin Tarantino e Rian Johnson.

 

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Prova disso é que a bilheteria norte-americana (que compreende os EUA e o Canadá) encerrou o ano com um faturamento de US$ 11,3 bilhões, o terceiro maior da história, atrás apenas de 2016 e 2018. Sim, muitos na indústria já estão reclamando de que houve uma queda de quase 5% entre 2018 e 2019, com muitos sites sensacionalistas na internet proclamando uma apocalíptica morte do cinema frente à força dos serviços de streaming.

 

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Porém, apesar dos gigantescos sucessos de filmes como Vingadores: Ultimato e O Rei Leão, há dois motivos para que o ano passado não tenha sido tão grande quanto o retrasado – um no início e outro no fim do ano. Para começar, 2018 começou na América do Norte com o gigantesco sucesso de Pantera Negra, que estreou em fevereiro com US$ 202 milhões e veio a sair de cartaz com inacreditáveis US$ 700 milhões, a terceira maior da história nos EUA na época. Já em 2019, até houveram alguns sucessos nos primeiros meses do ano, como Capitã Marvel (estreia de US$ 153,4 milhões, bilheteria final de US$ 426,8 milhões), Nós (estreia de US$ 71,1 milhões, bilheteria final de US$ 175 milhões) e Como Treinar o seu Dragão 3 (estreia de US$ 55 milhões, bilheteria final de US$ 160,7 milhões), mas nada do tamanho do oscarizado longa de T’Challa.

 

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Mas um outro motivo, bem mais grave, está relacionado ao próprio embate dos estúdios. Veja, descontando os filmes da Fox, os longas da Disney responderam por 35% do faturamento anual nas bilheterias em 2019, com nada menos que 7 das 10 maiores bilheterias do ano saindo pela Casa do Mickey. É uma dominação sem precedentes, e de fato perigosa para o cinema americano, porém que já era esperada pela indústria – e improvável de se repetir novamente, mesmo com a compra da Fox.

 

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Veja, para 2019, a Disney agendou nada menos que o aguardadíssimo capítulo final de duas de suas mais gigantescas franquias (Star Wars: A Ascensão Skywalker e Vingadores: Ultimato), a sequência de uma das mais populares sagas da Pixar (Toy Story 4), o remake em live action de literalmente as duas animações de maior bilheteria do estúdio nos anos 1990 (Aladdin e O Rei Leão) e a continuação da maior animação de sua história recente (Frozen II). Isso sem falar no bem sucedido Capitã Marvel e em Malévola: Dona do Mal, que não se saiu tão bem na América do Norte mas foi um sucesso em incontáveis países, incluindo o Brasil.

 

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O objetivo de tudo isso? Ter o mais rápido possível em seu novo serviço de streaming, o Disney+, a maior quantidade de conteúdo de alta popularidade, a fim de rivalizar com a já estabelecida Netflix.

 

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Os estúdios hollywoodianos sabiam que 2019 pertenceria à Disney de qualquer jeito e, para evitar competir com a máquina de propaganda do estúdio, moveram seus principais blockbusters para 2020. Top Gun: Maverick, da Paramount, foi movido de 12 de julho de 2019 (onde enfrentaria O Rei Leão uma semana depois) para 26 de junho de 2020, enquanto Sonic: O Filme, do mesmo estúdio, saiu de novembro de 2019 para março de 2020. 007: Sem Tempo Para Morrer, que será distribuído pela Universal e MGM, saiu de 8 de novembro de 2019 para 3 de abril de 2020. Mulher-Maravilha 1984, da Warner/DC, não estreou em 1º de novembro de 2019 como originalmente agendado, mas agora vai sair apenas em junho de 2020.

 

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Isso causou um problema nas bilheterias que durou do final de outubro até a chegada de Frozen II em novembro. Nesta época, com Coringa e Dona do Mal servindo como únicos blockbusters em cartaz, sem nenhum sinal de James Bond, Mulher-Maravilha ou o ouriço azul, porém com diversos desastres se acumulando (O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, As Panteras, Doutor Sono), os números nas bilheterias afundaram consideravelmente.

 

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De toda forma, se 2019 foi da Disney de longe, este ano o confronto será muito mais equilibrado. Sim, a Casa do Mickey vai lançar Viúva Negra, Os Eternos, o remake de Mulan, a aventura Jungle Cruise, duas animações da Pixar e uma de seu próprio estúdio (Raya and the Last Dragon). Porém, a agenda dos outros estúdios será bastante forte: a Universal tem o novo 007, mais um capítulo de Velozes & Furiosos e a continuação do bem sucedido Minions; a Paramount tem agendado o novo Top Gun, o controverso filme do Sonic e um novo longa do Bob Esponja; a Warner tem dois aguardados longas da DC (Aves de Rapina e Mulher-Maravilha 1984), a animação da Hannah Barbera Scoob!, o musical In the Heights, a estrelada adaptação de Duna, entre outros. Enfim, será um confronto bem mais equilibrado do que em 2019.

 

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Ainda assim, mesmo com a dominância da Disney, não é como se o ano que passou fosse um apanhado de desastres de outros estúdios. Houveram blockbusters (It: Capítulo Dois, Homem-Aranha: Longe de Casa, Coringa, Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw) e filmes independentes e/ou autorais (John Wick 3: Parabellum, Nós, Era Uma Vez em Hollywood, Entre Facas e Segredos, Ford vs Ferrari e o aclamado coreano Parasita, que arrecadou quase US$ 150 milhões globalmente) que ajudaram a manter a indústria viva e saudável.

 

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E mesmo que na bilheteria americana tenha havido esta queda, fora da América do Norte ainda existem bilhões de cinéfilos interessados a ir aos cinemas. Analistas estimam que a bilheteria global este ano será acima de US$ 41 bilhões, empatando com ou até superando o recorde de 2018.

 

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Por isso, nesta série de matérias especiais, vamos fazer uma retrospectiva do ano que passou e ver quais foram os maiores filmes de 2019, suas performances, e o que eles apontam para o futuro. Na primeira parte, vamos ver os maiores faturamentos nos EUA/Canadá, na segunda conheceremos as maiores bilheterias brasileiras e na terceira, as maiores globais. Vamos lá? 

 

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Lembrando que os faturamentos estão em dólares, e incluem valores contabilizados até o dia 20 de janeiro de 2020 para os filmes que entraram em cartaz no fim do ano.

 

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1º Lugar: Vingadores: Ultimato

 

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Direção: Anthony e Joe Russo

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 26 de abril de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 357,1 milhões

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Bilheteria final: US$ 858,3 milhões

 

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O campeão indiscutível de 2019 na bilheteria americana não poderia ser outro a não ser o aguardadíssimo Vingadores: Ultimato. Ansiosamente aguardado pelos fãs da Marvel e, aliás, por cinéfilos do mundo inteiro, o filme quebrou recorde atrás de recorde nas bilheterias em seus primeiros dias.

 

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Eventualmente, o longa saiu de cartaz com quase US$ 860 milhões nos EUA. Trata-se da segunda maior bilheteria americana da história (atrás dos US$ 937 milhões do também distribuído pela Disney Star Wars: O Despertar da Força) e 16º quando ajustado pela inflação – em outras palavras, apenas 15 outros filmes levaram mais pessoas aos cinemas americanos do que Ultimato, quase todos eles tendo sido lançados originalmente antes de 1990.

 

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Mesmo assim, o épico da Marvel vendeu mais ingressos na América do Norte do que clássicos do cinema hollywoodiano, inclusive Jurassic Park, O Rei Leão de 1994, Os Caçadores da Arca Perdida, O Poderoso Chefão, Forrest Gump, Mary Poppins, Os Caça-Fantasmas, literalmente todo filme de super-herói já produzido (incluindo Pantera Negra, Batman: O Cavaleiro das Trevas e os três filmes anteriores dos Vingadores) e quase todos os Star Wars, com exceção dos Episódios IV, V e VII. 

 

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Um encerramento com chave de ouro para a saga do infinito e as jornadas do Capitão América de Chris Evans e do Homem de Ferro de Robert Downey Jr!

 

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2º Lugar: O Rei Leão

 

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Direção: Jon Favreau

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 19 de julho de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 191,7 milhões

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Bilheteria final: US$ 543,6 milhões

 

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A maior bilheteria da Disney para uma animação tradicional (ou seja, desenhada à mão) só poderia gerar o maior remake para um de seus clássicos de todos os tempos!

 

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Produzido com tecnologia de ponta, O Rei Leão foi muito criticado na internet por não acrescentar muita coisa ao clássico dos anos 1990, bem como por seu realismo na recriação dos animais e da savana africana que, embora tecnicamente impressionante, retirou muita da emoção e magia retratada pelos desenhos à mão. Mas isso não impediu o público de se dirigir aos cinemas aos montes, com o filme quebrando o recorde de maior fim de semana de abertura para o mês de julho nos EUA. O Rei Leão tomou de volta para a Disney este recorde após a empresa tê-lo conquistado em 2006 com Piratas do Caribe: O Baú da Morte e perdido-o para a Warner em 2008 com O Cavaleiro das Trevas, que o manteve desde então graças ao longa do Batman e depois a Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2.

 

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Com mais de US$ 540 milhões em bilheteria, O Rei Leão também tomou de O Cavaleiro das Trevas (US$ 533,3 milhões) o posto de maior longa lançado em julho e o do A Bela e a Fera de 2017 (US$ 504 milhões) o de maior remake de um clássico da Disney, e é atualmente a 11ª maior bilheteria americana da história (não ajustada pela inflação, claro). Com tanto sucesso assim, será que logo veremos um remake de O Rei Leão 2: O Reino de Simba?

 

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3º Lugar: Star Wars: A Ascensão Skywalker

 

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Direção: J.J. Abrams

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 20 de dezembro de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 177,3 milhões

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Bilheteria final: US$ 494,2 milhões até o dia 20 de janeiro de 2020

 

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Como é possível que a saga espacial mais adorada da história tenha se tornado objeto de tanta disputa e comentários virulentos na internet, a ponto de estes chegarem a influenciar o desenvolvimento dos próprios filmes?

 

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O Episódio anterior da saga, Os Últimos Jedi, foi recebido com boas críticas e bilheteria robusta, mas também uma controversa recepção entre os fãs da saga. Alguns adoraram, enquanto outros odiaram as ousadas mudanças que o diretor e roteirista Rian Johnson trouxe à saga. Com isso, o diretor de O Despertar da Força, J.J. Abrams, foi trago para “consertar” a franquia no último capítulo após uma série de mudanças de diretores e roteiristas, desfazendo muitas das inovações de Johnson.

 

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O resultado foi A Ascensão Skywalker, um longa que não agradou nem os críticos (com 52% no Rotten Tomatoes, é o filme live action da saga com a pior recepção, superando inclusive A Ameaça Fantasma), nem os fãs de Os Últimos Jedi, e na realidade nem os haters do longa de Johnson também. É uma situação curiosamente similar à do notório fiasco Liga da Justiça, no qual, na tentativa de “consertar” uma franquia após um capítulo recebido de forma controversa (Batman vs Superman), o estúdio trouxe o responsável por um sucesso anterior que eles buscavam emular (no caso, Joss Whedon, diretor dos bilionários dois primeiros filmes dos Vingadores), mas o resultado final foi pífio.

 

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E tal como Liga da Justiça arrecadou menos que O Homem de Aço e Batman vs Superman, também A Ascensão Skywalker vai sair de cartaz com uma bilheteria menor que às de O Despertar da Força (US$ 937 milhões) e Os Últimos Jedi (US$ 620 milhões) – aliás, é bem provável que o longa terá uma bilheteria inferior à do spin-off da saga Rogue One, que arrecadou US$ 532 milhões. O Episódio IX estreou de maneira humilhantemente decepcionante, atrás não apenas das aberturas dos dois Episódios anteriores distribuídos pela Disney como também de longas como os quatro Vingadores, o primeiro Jurassic World, Pantera Negra, Guerra Civil e os infantis O Rei Leão e Os Incríveis 2.

 

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Nos dias seguintes, o longa aproveitou-se do feriado do Natal, em que há mais pessoas de folga, para se recuperar, e encerrou o ano com quase US$ 391 milhões após 12 dias em cartaz, não muito atrás dos US$ 423 milhões arrecadados por Os Últimos Jedi no mesmo período de tempo. No entanto, o filme simplesmente despencou após o Ano Novo, enfrentou quedas vertiginosas e perdeu salas e espaço, conforme o público em geral não demonstrava o mesmo interesse – leia aqui, aqui, aqui e aqui minhas análises mais aprofundadas da bilheteria semanal do longa.

 

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Claro, A Ascensão Skywalker só é uma decepção para os colossais padrões de sua franquia. Qualquer outra saga adoraria ter em sua coleção um longa que arrecada mais de US$ 500 milhões só na bilheteria americana – e sim, isso inclui o MCU e o DCEU. Ainda assim, tal queda no faturamento de um Episódio para o outro e a fraca recepção entre os críticos e fãs deve por a Disney em alerta e ser mais cuidadosa nos próximos passos que dará com sua valiosíssima franquia espacial.

 

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4º Lugar: Frozen II

 

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Direção: Chris Buck, Jennifer Lee

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 22 de novembro de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 130,2 milhões

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Bilheteria final: US$ 466,4 milhões até o dia 20 de janeiro de 2020.

 

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Seis anos após Frozen: Uma Aventura Congelante virar mania em todo o mundo graças às suas personagens cativantes e canções memoráveis, sua inevitável continuação chegou aos cinemas cercada de expectativas.

 

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Claro, a recepção da crítica não foi tão estelar quando a do primeiro, mas o público compareceu em peso para a nova aventura de Anna, Elsa e Olaf. Conquistando uma estreia nos EUA de US$ 130 milhões, a terceira maior da história para uma animação, o filme teve ótimo desempenho entre dezembro e janeiro, conforme se firmava como uma das melhores opções em cartaz para famílias com crianças pequenas, certamente obcecadas pelo primeiro longa.

 

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Frozen II ultrapassou os US$ 400 milhões arrecadados por seu antecessor após meros 36 dias em cartaz e encerrou o ano pouca coisa atrás de Toy Story 4. Após a virada, o filme não apenas deixou a quarta aventura dos brinquedos para trás como também chegou a quase US$ 450 milhões nos EUA, efetivamente ultrapassando a bilheteria ajustada pela inflação do primeiro Frozen.

 

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Ou seja, Frozen II já levou mais pessoas aos cinemas norte-americanos que seu oscarizado predecessor.

 

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Com sua carreira se encerrando nos cinemas, é possível que o filme não ultrapasse Procurando Dory (US$ 486 milhões) e seja “apenas” a quarta maior bilheteria americana da história (não ajustada) para uma animação, atrás da peixinha azul, O Rei Leão (US$ 543 milhões) e Os Incríveis 2 (US$ 608 milhões). Ou a terceira, caso você não considere a nova versão da história de Simba e Mufasa uma animação. 

 

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5º Lugar: Toy Story 4

 

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Direção: Josh Cooley

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 21 de junho de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 120,9 milhões

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Bilheteria final: US$ 434 milhões

 

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Após o emocionante final de Toy Story 3, muitos não queriam que a icônica franquia dos brinquedos continuasse. Houveram reações incrédulas e até hostis ao quarto filme da série, que passou por problemas na produção e originalmente estava agendado para chegar em 2017. Ainda assim, quando Toy Story 4 estreou nos cinemas, o filme foi recebido com excelentes críticas e grande aprovação do público, declarando que o longa sim fazia jus aos predecessores e era um fim digno (novamente) à história do cowboy Woody.

 

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O longa abriu nos EUA com quase US$ 121 milhões em junho, o que na época muitos consideraram uma abertura preocupante (ficou abaixo das de Os Incríveis 2, Procurando Dory e Shrek Terceiro). No entanto, enquanto o mundo do entretenimento estava de olho na chegada de mais um longa do MCU (Homem-Aranha: Longe de Casa), na terceira temporada de Stranger Things e nas bombásticas revelações da próxima fase da Marvel na Comic Con, Toy Story 4 teve excelente desempenho nas bilheterias ao longo de julho e agosto, mesmo concorrendo com o Cabeça de Teia e com O Rei Leão.

 

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No total, Toy Story 4 saiu de cartaz com US$ 434 milhões, mais do que qualquer outro filme da franquia dos brinquedos (sem ajustar pela inflação) e uma das maiores animações da história. Um gigantesco sucesso que provou que a Pixar continua firme e forte como uma das maiores e melhores companhias em Hollywood.

 

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6º Lugar: Capitã Marvel

 

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Direção: Ryan Fleck, Anna Boden

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 8 de março de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 153,4 milhões

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Bilheteria final: US$ 426,8 milhões

 

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Como o primeiro filme do MCU protagonizado por uma mulher, Capitã Marvel tinha um desafio e tanto pela frente. Apesar do assédio de trolls online, o filme foi um grande sucesso. Sua abertura é atualmente o oitavo melhor fim de semana de estreia para a Marvel nos EUA (atrás de Homem de Ferro 3, Guerra Civil, Era de Ultron, Pantera Negra, Os Vingadores, Guerra Infinita e Ultimato).

 

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Com a ajuda de um março fraco para blockbusters, e impulsionado pela grande expectativa pela estreia de Ultimato, Capitã Marvel chegou a ótimos US$ 427 milhões, superando Jogos Vorazes: Em Chamas para se tornar a quinta maior bilheteria para um filme de aventura protagonizado por uma mulher, atrás apenas dos três Episódios de Star Wars mais recentes e o spin off Rogue One.

 

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Graças ao sucesso de Mulher-Maravilha e Capitã Marvel, quase todos os filmes baseados em quadrinhos mais aguardados de 2020 trarão mulheres não apenas como protagonistas mas também como diretoras: Aves de Rapina, Viúva Negra, Mulher-Maravilha 1984 e Os Eternos.

 

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Uma curiosidade: 5% da bilheteria americana de Capitã Marvel foi arrecadada após a estreia de Ultimato. Pode parecer pouco, mas foram estes valores faturados após a chegada do épico do MCU que permitiram que o longa ultrapassasse outros filmes de ação protagonizados por mulheres, como os dois primeiros Jogos Vorazes e Mulher-Maravilha. Enfim, o longa não caiu após a chegada do quarto Vingadores, pelo contrário, continuou forte conforme os fãs da Marvel faziam sessões duplas.

 

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7º Lugar: Homem-Aranha: Longe de Casa

 

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Direção: Jon Watts

Distribuição: Sony Pictures

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Data de estreia (EUA): 2 de julho de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 92,5 milhões

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Bilheteria final: US$ 390,5 milhões

 

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E finalmente temos um filme na nossa lista que não é distribuído pela Disney…  embora Homem-Aranha: Longe de Casa seja parte de uma franquia que pertença à Casa do Mickey, o MCU, e aliás pode-se argumentar que os novos filmes do Teioso só fizeram este sucesso por conta de sua conexão com o Universo Cinematográfico da Marvel.

 

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Ainda assim, Longe de Casa foi um grande sucesso para o estúdio e para o MCU, que garantiu o astro Tom Holland no papel de Peter Parker por ao menos mais dois filmes (um solo, que será co-financiado pela Disney, e um com uma equipe dentro da franquia). Para seu lançamento, a Sony testou uma estratégia ousada: ao invés de lançá-lo numa sexta, como é o costume, o estúdio o lançou numa terça-feira nos EUA, dia 2 de julho de 2019. Com isso, o filme teria tempo para construir boca a boca antes do feriado da Independência do país, no dia 4 de julho, bem como o afastaria de um confronto direto com a terceira temporada de Stranger Things, que aportou na Netflix com toda a pompa e circunstância em 5 de julho.

 

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A estratégia deu certo e Longe de Casa arrecadou US$ 185 milhões de terça a domingo, sendo US$ 92,5 milhões apenas no fim de semana, tornando-se a maior abertura de seis dias da história, derrotando dois outros blockbusters que também abriram numa terça, o primeiro Transformers (US$ 155,4 milhões) e O Espetacular Homem-Aranha (US$ 137 milhões).

 

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Havia, claro, a preocupação de que a chegada de Stranger Things 3 na mesma semana que Longe de Casa geraria problemas ao Cabeça de Teia, visto que ambos são produtos para o mesmo público. No entanto, a julgar pelos números dos seis primeiros dias, os jovens e adolescentes não deixaram de assistir à nova aventura do Homem-Aranha para ficar maratonando a série da Netflix, e aqueles que o fizeram certamente assistiram ao longa da Marvel nos dias seguintes, que saiu de cartaz com US$ 390 milhões.

 

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No fim das contas, os dois ganharam: a estreia de Stranger Things 3 teve abertura recorde para um produto original da Netflix, e Longe de Casa ultrapassou literalmente todo filme anterior do Homem-Aranha na bilheteria americana exceto pelo primeiro de Sam Raimi, lançado em 2002. Mesmo ajustado pela inflação, é um número impressionante: apenas os longas da clássica trilogia de Raimi levaram mais pessoas aos cinemas do que Longe de Casa entre os filmes do Homem-Aranha. A volta do Teioso pela Europa também superou diversos sucessos do MCU, incluindo os dois primeiros Homem de Ferro, Thor: Ragnarok e os Volumes 1 e 2 dos Guardiões da Galáxia

 

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Atualmente, Longe de Casa é a nona maior bilheteria americana não ajustada do MCU, encerrando de maneira brilhante os primeiros 11 anos e 23 filmes de aventuras com os heróis da Marvel. Ao mesmo tempo, isso dá aos próximos longas da Marvel Studios um padrão que será difícil de manter. Será que Viúva Negra, Os Eternos, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, entre outros, vão conseguir manter números tão grandes? E por quanto tempo?

 

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8º Lugar: Aladdin

 

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Direção: Guy Ritchie

Distribuição: Disney

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Data de estreia (EUA): 24 de maio de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 91,5 milhões

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Bilheteria final: US$ 355,5 milhões

 

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A internet inteira riu e fez piadas e memes quando o primeiro trailer do remake em live action do clássico animado dos anos 1990 Aladdin foi divulgado, trazendo um Will Smith azul no papel do Gênio. Cada material de marketing do filme era recebido com mais incredulidade e piadinhas. Quando ele finalmente chegou às telas, os críticos o receberam com desdém: apenas 57% no Rotten Tomatoes.

 

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Mesmo assim, o público não deixou de comparecer em peso ao filme: foram US$ 91,5 milhões no fim de semana e US$ 116,8 milhões no feriado do Memorial Day. Trata-se da sexta maior abertura para o Memorial Day, um feriado em que o campeão ainda é da Disney (Piratas do Caribe: No Fim do Mundo, que abriu com US$ 140 milhões nos quatro dias de folga), mas que vinha sendo a data de lançamento de alguns dos mais notórios fiascos da Casa do Mickey nos últimos anos: Han Solo, Tomorrowland, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo, entre outros.

 

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Não só Aladdin quebrou a “maldição” como também teve excelente desempenho nas semanas seguintes, alcançando uma bilheteria final superior à de outros sucessos anteriores do Memorial Day, como Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal, X-Men: O Confronto Final e o próprio colega de Disney No Fim do Mundo

 

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É a prova de que, apesar de memes e ridicularização nas redes sociais, se o público gostar do seu filme, ele vai comparecer aos cinemas. O que deve ser uma boa notícia para Sonic: O Filme… certo? Ao menos a Paramount, estúdio responsável pelo ouriço azul, espera que sim.

 

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9º Lugar: Coringa

 

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Direção: Todd Phillips

Distribuição: Warner Bros.

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Data de estreia (EUA): 4 de outubro de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 96,2 milhões

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Bilheteria final: US$ 334,5 milhões

 

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De longe o blockbuster mais controverso de 2019, Coringa incitou uma série de preocupações antes de seu lançamento, com muitos temendo que o filme pudesse incentivar o chamado “terrorismo branco” e levar a atentados como o ocorrido numa sessão na estreia de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, na cidade de Aurora, nos EUA.

 

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Mas mesmo tanta polêmica não impediu salas lotadas no fim de semana de abertura do filme. Com uma estreia de US$ 96,2 milhões, Coringa tornou-se a maior abertura para o mês de outubro e a quarta maior para um filme de censura R (que restringe a entrada de menores de 17 anos desacompanhados dos pais), atrás apenas dos dois filmes do Deadpool e do primeiro It.

 

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O suspense estrelado por Joaquin Phoenix levou a um incrível boca a boca: gostando ou não do filme, todos estavam curiosos para ver a performance do ator como um homem comum que é levado à loucura e se torna um dos vilões mais cruéis da história do entretenimento. Sem praticamente nenhuma concorrência por semanas à fio (todos os longas para adultos que estrearam após Coringa fracassaram, até a chegada de Ford vs Ferrari em 15 de novembro), o filme da DC teve o caminho livre para alcançar uma excelente bilheteria final, superior à de Batman vs Superman e Esquadrão Suicida.

 

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Atualmente, Coringa é um dos cinco únicos filmes de censura R a faturar mais do que US$ 300 milhões na América do Norte (sem ajustar pela inflação, claro), e o terceiro maior filme para adultos da história, atrás de A Paixão de Cristo e Deadpool, porém superando Deadpool 2 e It: A Coisa. Além disso, tornou-se uma sensação no Oscar, com 11 indicações ao prêmio – Phoenix é favoritíssimo para levar a estatueta de Melhor Ator.

 

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10º Lugar: Jumanji: Próxima Fase

 

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Direção: Jake Kasdan

Distribuição: Sony Pictures

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Data de estreia (EUA): 13 de dezembro de 2019

Bilheteria de estreia no primeiro fim de semana: US$ 59,2 milhões

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Bilheteria final: US$ 273,5 milhões

 

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No final de 2017, Jumanji: Bem-Vindo à Selva tornou-se um sucesso surpresa nos EUA e em todo o globo – na bilheteria americana, tal filme chegou a incríveis US$ 404 milhões após surpreendente carreira. Com isso, o filme, continuação de um esquecido longa familiar dos anos 90 estrelado por Robin Williams, gerou para a Sony uma nova e lucrativa franquia, para a qual Próxima Fase deu continuidade com brilhantismo.

 

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Tendo estreado em dezembro, o filme até o momento arrecadou mais de US$ 270 milhões, e deve encerrar sua carreira com pouco menos de US$ 300 milhões. Isso já o coloca entre as 10 maiores bilheterias da Sony, com o longa podendo subir para a oitava posição caso ultrapasse os US$ 304 milhões de 007: Operação Skyfall. Trata-se também da 15ª maior bilheteria americana para um filme que estreou em dezembro, e o longa ainda pode galgar mais posições neste ranking se ultrapassar Entrando numa Fria Maior Ainda (US$ 279 milhões) e As Crônicas de Nárnia: O Leão, a Feiticeira e o Guarda-Roupa (US$ 292 milhões).

 

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E o melhor de tudo para o estúdio: diferentemente de filmes de super-heróis, a franquia Jumanji não precisa de orçamentos monstruosos para produzir seus longas. Pelo contrário, Bem-Vindo à Selva custou em torno de US$ 90 milhões, enquanto Próxima Fase custou US$ 120 milhões. Ou seja, combinando o talento de seu elenco, piadas, personagens carismáticos e uma trama original, trata-se de uma boa e velha, mas ainda lucrativa, franquia à moda antiga, do tipo que Hollywood (em especial, a própria Sony/Columbia) costumava lançar regularmente durante os anos 80 e 90, até os engravatados decidirem que adaptações de livros de fantasia e HQs de heróis era o caminho mais curto ao lucro.

 

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Outros longas que estrearam em 2019

e ficaram entre a 11ª e a 20ª colocação:

 

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11º Lugar: It: Capítulo Dois – US$ 211,5 milhões

 

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O épico de terror (literalmente – com 2 horas e 50 minutos de duração, é o mais longo filme hollywoodiano de horror da história) teve uma bilheteria final 35% menor que os US$ 327,4 milhões de seu antecessor. Porém, o fato é que o primeiro It: A Coisa teve um desempenho tão acima das expectativas que seria difícil para que sua continuação mantivesse o mesmo padrão. E de toda forma, considerando os desempenhos abaixo do esperado de Pokémon: Detetive Pikachu e Shazam!, bem como incontáveis fiascos, It 2 e Coringa foram os únicos sucessos de bilheteria incontestáveis da Warner em 2019. Ou seja, no ano passado casa do Pernalonga, do Batman e do Harry Potter foi salva por dois violentos filmes para maiores estrelados por palhaços homicidas.

 

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12º Lugar: Nós – US$ 175 milhões

 

O novo terror do aclamado cineasta e comediante Jordan Peele recebeu excelentes críticas, gerou debates na internet e é o maior filme totalmente original (ou seja, não é nem uma continuação nem a adaptação de um material já existente) do ano.

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13º Lugar: Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw – US$ 173,8 milhões

 

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O spin-off da franquia de ação em alta velocidade teve ótima bilheteria e deve lançar uma série própria, estrelada por Dwayne Johnson e Jason Statham, separada das aventuras do Dom Toretto de Vin Diesel e companhia.

 

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14º Lugar: John Wick 3: Parabellum – US$ 171 milhões

 

O filme de ação para maiores de idade teve excelente carreira em meio a diversos filmes para toda a família (Detetive Pikachu, Aladdin, etc) e garantiu Keanu Reeves como o ator mais querido de 2019. Graças a este imenso sucesso, a franquia de ação do estúdio independente Lionsgate vai ganhar uma quarta parte em 2021.

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15º Lugar: Como Treinar o Seu Dragão 3 – US$ 160,7 milhões

 

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A conclusão da aclamada saga da DreamWorks teve um faturamento inferior ao de seus predecessores (US$ 217,5 milhões para o primeiro e US$ 177 milhões para o segundo), mas não foi um fiasco total, tornando-se a maior bilheteria do ano para uma animação não distribuída pela Disney em 2019 – o que também diz muito sobre o fiasco de seus concorrentes.

 

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16º Lugar: Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 – US$ 158,2 milhões

 

Falando em decepções, o segundo Pets foi certamente a maior do ano para a Universal e para a Illumination. O primeiro longa da franquia, lançado em 2016, foi um sucesso surpreendente, arrecadando US$ 368,3 milhões e tornando-se a maior bilheteria americana para o estúdio criador dos Minions. Já esta segunda parte inacreditavelmente teve um faturamento quase 60% inferior ao de seu predecessor (!). É bem provável que a Illumination não produza novas aventuras dos bichos, mas não se preocupe com o estúdio, que lançará no ano que vem a segunda aventura solo dos Minions.

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17º Lugar: Entre Facas e Segredos – US$ 147 milhões até o dia 20 de janeiro

 

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Recebido de maneira excelente pelos críticos, o primeiro longa de Rian Johnson após Os Últimos Jedi tornar-se um dos filmes mais polêmicos da década, este suspense de mistério com pitadas de comédia traz um elenco repleto de estrelas e alusões à situação político-social dos EUA na atualidade. Caso o longa ultrapasse os US$ 155 milhões arrecadados por Terremoto: A Falha de San Andreas em 2015, Entre Facas e Segredos será a maior bilheteria para um filme em live action totalmente original que não seja do gênero de terror desde o épico de ficção científica Interestelar, que faturou US$ 188 milhões em 2014 – o que só mostra o quanto o cinema americano tornou-se dependente de franquias conhecidas e adaptações de quadrinhos nos últimos anos. Ainda assim, o estúdio independente responsável por financiar o longa, a Lionsgate, merece crédito por distribuir franquias de sucesso totalmente originais na última década, incluindo as séries Os Mercenários, John Wick e este Entre Facas e Segredos, que gerará novas continuações focadas em seu protagonista, o detetive interpretado por Daniel Craig.

 

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18º Lugar: Pokémon: Detetive Pikachu – US$ 144,1 milhões

 

Provando que em 2019, com raras exceções, as famílias com crianças pequenas foram aos cinemas quase que exclusivamente para os filmes da Disney, Pokémon: Detetive Pikachu obteve números decentes, mas não exatamente encorajadores. Ainda assim, o longa tomou do Lara Croft: Tomb Raider de Angelina Jolie, lançado em 2001, o posto de maior bilheteria americana para um filme baseado em um game, em valores não ajustados pela inflação. Já em valores ajustados, Detetive Pikachu só não levou mais gente aos cinemas do que Tomb Raider, a primeira animação de Pokémon lançada em 1999 e o primeiro Mortal Kombat.

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19º Lugar: Era Uma Vez… Em Hollywood – US$ 141 milhões

 

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A aclamada comédia dramática de Quentin Tarantino tornou-se a segunda maior bilheteria americana do icônico cineasta americano, atrás apenas de Django Livre. É um sucesso surpreendente, pois, diferentemente de Bastardos Inglórios, Kill Bill ou o próprio Django, Era Uma Vez… em Hollywood não é um thriller de ação e vingança, mas sim uma exploração da cultura de Los Angeles no final dos anos 1960, apoiando-se mais em diálogos do que em tiroteios ou lutas de espadas. Trata-se de uma prova do poder do diretor e dos astros Leonardo DiCaprio e Brad Pitt em ainda atrair multidões para seus filmes.

 

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20º Lugar: Shazam! – US$ 140,3 milhões

 

Extremamente bem recebido pelos críticos e pelo público, com muitos declarando que se trata de um dos melhores filmes da DC, Shazam! até alcançou números decentes… Mas que poderiam ter sido ainda melhores se o longa não tivesse estreado entre dois monstros de bilheteria da Marvel (Capitã Marvel e Ultimato). No fim de semana em que o quarto Vingadores explodiu nos cinemas, Shazam! teve uma queda de incríveis 66% no faturamento em comparação com a semana anterior. O longa ficou atrás até mesmo de Capitã Marvel, embora a aventura de Brie Larson estivesse em sua oitava semana (Shazam! estava na quarta), e o longa da DC estivesse em cartaz em mais salas do que a estreia de Carol Danvers no MCU. 

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Aliás, Shazam! foi esmagado de maneira tão impiedosa pela dupla de blockbusters da Marvel que, após a estreia de Ultimato, a aventura com Zachary Levi faturou menos de US$ 10 milhões, enquanto Capitã Marvel acrescentou mais US$ 21 milhões ao seu montante. Com as boas críticas que recebeu, quem sabe o longa não teria tido um resultado melhor se tivesse estreado numa época mais tranquila?

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