Dois dos três maiores filmes na bilheteria dos EUA neste fim de semana vieram do Japão

Falta de lançamentos de Hollywood faz com que cinemas norte-americanos sobrevivam graças a dois bem elogiados sucessos do Japão.

Dois dos três maiores filmes na bilheteria dos EUA neste fim de semana vieram do Japão

Falta de lançamentos de Hollywood faz com que cinemas norte-americanos sobrevivam graças a dois bem elogiados sucessos do Japão.

Dois dos três maiores filmes na bilheteria dos EUA neste fim de semana vieram do Japão
CINEMA JAPONÊS TÁ COM TUDO
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Entre as maiores bilheterias deste fim de semana nos EUA e Canadá, dois são sucessos que não vieram de Hollywood mas sim do Japão, o que é um feito raríssimo para um mercado tão resistente a assistir produções de outros países.




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Trata-se do novo (e possivelmente último) filme animado mestre Hayao Miyazaki, intitulado The Boy and the Heron, e do retorno do monstro japonês mais famoso das telonas em Godzilla Minus One. O primeiro liderou as bilheterias do fim de semana (a primeira vez que um anime faz isso desde agosto de 2022, quando Dragon Ball Super: Super Hero estreou) e o segundo ficou em terceiro, logo atrás do bem sucedido Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (que tem US$ 136 milhões nos EUA/US$ 263 milhões no mundo ao todo).

The Boy and the Heron, que tem ao todo US$ 86,2 milhões nas bilheterias globais, obteve a maior abertura nos EUA da história para uma animação do Studio Ghibli. Porém, comparações não são muito exatas pois, além da inflação, há o fato de que os clássicos longas anteriores do estúdio foram lançados e ficaram em cartaz em pouquíssimas salas nos Estados Unidos. Já este The Boy and the Heron saiu em um circuito relativamente amplo: 2205 cinemas, o que é bem abaixo dos blockbusters hollywoodianos porém consideravelmente acima do circuito norte-americano dos outros filmes de Hayao Miyazaki.


Vale ressaltar, esta é a primeira vez que um anime totalmente original lidera as bilheterias norte-americanas. Das outras vezes que isso ocorreu (Dragon Ball Super: Super Hero em agosto de 2022, Demon Slayer: The Movie em abril de 2021, Pokémon: The First Movie em novembro de 1999), os longas eram baseados em animes que já eram sucesso na televisão antes de migrarem para os cinemas. Já The Boy and the Heron é uma obra totalmente original, calcada apenas no prestígio de Hayao Miyazaki.

Já o elogiado Godzilla Minus One arrecadou bons US$ 8,34 milhões em sua segunda semana nos EUA, uma queda de 27% em relação à estreia, o que mostra que o boca a boca está sendo bom. Ao todo, são US$ 25,3 milhões para o drama kaiju, o que faz dele a maior bilheteria para um filme japonês em live-action nos Estados Unidos. Caso ultrapasse os US$ 44 milhões, o que é bem possível considerando que o período em que o longa ficará em cartaz acaba de ser estendido, Godzilla Minus One será uma das cinco maiores bilheterias americanas da história (sem ajustar pela inflação) para um longa em língua estrangeira.


Ao todo, Godzilla Minus One possui quase US$ 50 milhões na bilheteria global, mais de três vezes acima do seu custo de US$ 15 milhões.

Em geral, uma combinação de fatores como a falta de novas estreias graças às greves em Hollywood fizeram desse um fim de semana quase sem novos lançamentos. Mas de toda forma os fins de semana entre a Black Friday e os grandes blockbusters do Natal costumam ser relativamente vazios de estreias de peso.


Ainda assim, com uma Hollywood em um momento complicado, obrigada por conta da greve a adiar vários grandes lançamentos para 2024 e 2025 e com as franquias que costumavam fazer sucesso (como a Marvel e DC) agora enfrentando uma crise que parece não ter fim, as redes de cinema precisam buscar outras fontes “menos convencionais” para se manterem vivas.

É o caso dos filmes-concerto de Taylor Swift e Beyoncé (este último com US$ 28 milhões ao todo) e esses dois elogiados sucessos japoneses. Afinal, quando o produto hollywoodiano não consegue agradar, o público precisa buscar seu entretenimento em outro lugar. E se a série aparentemente sem fim de fiascos decepcionantes vindos de franquias antes confiáveis fizer o público norte-americano dar uma chance para outras produções de fora dos EUA, tanto melhor.


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