Cinemas russos fazem sessões informais de filmes americanos para se manter abertos

Guerra com a Ucrânia obrigou cinemas pequenos e médios da Rússia a empregar estratégias informais para sobreviver.

Cinemas russos fazem sessões informais de filmes americanos para se manter abertos

Guerra com a Ucrânia obrigou cinemas pequenos e médios da Rússia a empregar estratégias informais para sobreviver.

Cinemas russos fazem sessões informais de filmes americanos para se manter abertos
UMA SITUAÇÃO DELICADA
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Desde a invasão à Ucrânia promovida pela Rússia, os países ocidentais têm feito uso de uma série de táticas para pressionar (sem sucesso) o governo russo pelo fim do conflito. Uma delas envolve o boicote do mercado russo pelos filmes americanos e europeus.




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Com isso, os complexos do país viram seus números caírem drasticamente desde o início da guerra. Sem poder realizar o lançamento oficial dos blockbusters mais aguardados do ano, eles tiveram que recorrer à exibição informal dos filmes em suas salas, conforme informa o Filme B.

São longas como Adão Negro, Ingresso para o Paraíso, entre outros, que não foram lançados oficialmente na Rússia, porém são exibidos em sessões informais em cinemas do país.


Este não é um caso puro e simples de pirataria pois os exibidores, afinal, estão promovendo abertamente as sessões. Porém, é um exemplo de economia de guerra: uma situação desesperadora, que não pode ser devidamente comparada com momentos de paz.

Para tentar trazer alguma legalidade a situação, o Comitê de Política Econômica Russo tenta passar uma medida que regula a distribuição extraoficial de filmes estrangeiros no país. Os donos dos direitos autorais seriam repassados parte da receita (hoje se fala em 10% da renda).


Cinemas na Rússia fazem exibições informais de filmes de Hollywood

A ideia é criar um fundo monetário para pagar aos detentores dos direitos (ou seja, os estúdios hollywoodianos e europeus) uma participação importante sobre a renda de tais longas no período de guerra. Porém, falta acertar alguns detalhes importantes: esse valor contemplaria apenas as exibições nos cinemas ou também em televisão? Qual valor seria uma compensação justa sem quebrar as já combalidas finanças dos exibidores russos? E o governo Putin, o responsável pela situação, deverá contribuir para o fundo com alguma indenização?


São questões complexas, e que precisam ser debatidas. O mercado russo, o maior da Europa no número de ingressos vendidos, tem feito falta aos estúdios americanos, mas eles não podem fazer nada enquanto as tensões geopolíticas permanecerem.

É mais uma das várias questões que precisarão ser debatidas para que as economias russa e ucraniana retornem ao normal quando a paz entre os dois países for declarada.


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