Novo filme com Angelina Jolie fracassa nos cinemas americanos
A outra estreia da semana nos cinemas norte-americanos foi um thriller estrelado por Angelina Jolie e escrito pelo roteirista de Sicario e A Qualquer Custo, intitulado Aqueles Que Me...
A outra estreia da semana nos cinemas norte-americanos foi um thriller estrelado por Angelina Jolie e escrito pelo roteirista de Sicario e A Qualquer Custo, intitulado Aqueles Que Me Desejam a Morte. Por ser distribuído pela Warner, o longa abriu simultaneamente nos cinemas e na HBO Max, o serviço de streaming do estúdio que chega ao Brasil no mês que vem.
Ainda não se sabe como o longa se saiu no streaming, porém seu desempenho nos cinemas foi fraquíssimo: apenas US$ 2,8 milhões em bilheteria nos EUA. É uma fração do que os longas estrelados pela atriz costumavam arrecadar em seus primeiros fins de semana há duas décadas (Lara Croft: Tomb Raider abriu com US$ 47 milhões em 2001; Sr. e Sra. Smith e O Procurado estrearam pouco acima dos US$ 50 milhões em 2005 e 2008).
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Filmes como Aqueles Que Me Desejam a Morte no futuro devem estrear cada vez menos e menos nos cinemas. Afinal, ninguém está saindo de casa para assisti-los nas telonas, e isso já vem desde antes da pandemia. Veja o caso da Warner, por exemplo: a partir do segundo semestre de 2019 o estúdio lançou uma série de filmes que não pertenciam a franquias ou universos compartilhados, que se apoiavam apenas na história e no elenco famoso, enfim, os típicos filmes que costumavam sair de Hollywood antes de ser dominado por blockbusters. Longas “comuns” como A Música da Minha Vida, Brooklyn: Sem Pai nem Mãe, A Grande Mentira, Rainhas do Crime e O Caso Richard Jewell. Invariavelmente, todos eles fracassaram nos cinemas enquanto a Warner arrecadava horrores com duas franquias: It: Capítulo Dois (US$ 473 milhões) e Coringa (US$ 1.073 bilhão).
A verdade é que, para estrear qualquer coisa que não seja um blockbuster voltado para todos os públicos no cinema, um filme precisa de no mínimo críticas positivas e buzz nas principais premiações. Esta é a única chance de conseguir vender ingressos o suficiente para se pagar. Longas como Aqueles que me Desejam a Morte, que não teve tantas críticas positivas assim (61% no Rotten Tomatoes) e se apoiava apenas no star power de sua atriz principal, dificilmente tem alguma chance de conseguir se pagar nas bilheterias. Com ou sem Covid-19.
Por isso, é provável que no futuro próximo tais longas “comuns” sejam lançados diretamente no streaming, reservando os cinemas apenas para os grandes blockbusters. Se isso será viável ou não para a indústria ainda não sabemos. Mas por enquanto o público votou e decidiu que prefere assistir a filmes de menor escala em casa.