Minions 2 é a maior abertura da pandemia para uma animação

Nova animação da Illumination, Minions 2: A Origem de Gru estreou no último fim de semana nos EUA, no Brasil e em boa parte do mundo fazendo excelentes números....

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 4/7/2022 - 00h01


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Nova animação da Illumination, Minions 2: A Origem de Gru estreou no último fim de semana nos EUA, no Brasil e em boa parte do mundo fazendo excelentes números.

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Na bilheteria americana, o longa arrecadou absurdos US$ 108,5 milhões entre sexta e domingo. Isso faz dele o 9º maior fim de semana de abertura para uma animação, atrás de O Rei Leão (US$ 191 milhões), Os Incríveis 2 (US$ 182,6 milhões), Procurando Dory (US$ 135 milhões), Frozen II (US$ 130,2 milhões), Shrek Terceiro (US$ 121,6 milhões), Toy Story 4 (US$ 121 milhões), o primeiro Minions (US$ 116 milhões) e Toy Story 3 (US$ 110,3 milhões).

Fora dos EUA, o filme arrecadou US$ 87,2 milhões no fim de semana. Por já ter estreado antecipadamente na Austrália na semana passada, seu total internacional até domingo é de US$ 93,7 milhões. Somado com a bilheteria americana, isso lhe dá US$ 202,2 milhões no mundo todo.

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Mais importante: a sequência de Minions/prequel de Meu Malvado Favorito é a maior abertura para um filme infantil e/ou animado desde o início da pandemia. Aliás, é a maior desde Frozen II, que estreou em novembro de 2019. De lá para cá, os únicos longas para crianças que podem ser considerados um sucesso, mesmo que remotamente, foram os dois longas do Sonic, que abriram em fevereiro de 2020 e abril de 2022.

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Minions 2 é a maior estreia global da década para um filme infantil até o momento.

Nesse meio tempo, o coronavírus trouxe prejuízos incalculáveis à toda a indústria do cinema, porém afetou de maneira especial os longas voltados para crianças. Como a vacinação para os menores demorou a chegar, muitos pais simplesmente não se sentiam seguros em levar seus filhos pequenos aos cinemas. O próprio Minions 2 estava originalmente agendado para julho de 2020, até ser eventualmente adiado para este ano. Por conta disso, as poucas animações que ousaram estrear nos cinemas entre meados de 2020 até o final de 2021 tiveram desempenhos medíocres.

Parte dos longas infantis da pandemia (como Raya e o Último Dragão, Tom & Jerry e Space Jam: Um Novo Legado) receberam lançamentos simultâneos nos cinemas e no streaming; já os últimos filmes da Pixar (Soul, Luca e Red: Crescer é uma Fera) nem sequer chegaram a ser exibidos na telona em quase todo o planeta, indo parar direto no Disney+. No final do ano passado, Encanto até foi lançado nos cinemas, porém fez números ruins (US$ 96 milhões nos EUA e US$ 256 milhões global) e, menos de um mês depois, já estava disponível no streaming – que foi então quando o longa finalmente foi descoberto e se tornou um sucesso.

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Enquanto a Disney e a Warner apostavam todas as fichas no streaming, a Universal (atual dona da DreamWorks e da Illumination) ainda arriscou lançar nos cinemas algumas de suas animações. Porém, se as sequências Trolls 2 (US$ 47 milhões global nos poucos países em que foi exibido nos cinemas), Os Croods 2: Uma Nova Era (US$ 58,5 milhões nos EUA/US$ 216 milhões global) e O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família (US$ 57,3 milhões nos EUA/US$ 146,7 milhões global) fizeram bem menos do que seus antecessores pré-pandêmicos, apenas Sing 2 (US$ 163 milhões nos EUA/US$ 407 milhões global) pôde ser qualificado como um hit incontestável nas bilheterias.

As coisas começaram a mudar no início de 2022. Conforme os pais se sentiam mais seguros em voltar aos cinemas com seus filhos já vacinados, Sonic 2 chegou aos US$ 400 milhões global e Os Caras Malvados (US$ 94 milhões EUA/US$ 236 milhões global) tornou-se a maior bilheteria da DreamWorks desde Como Treinar o seu Dragão 3, em 2019. Claro, Lightyear tropeçou feio e não conseguiu atrair as famílias em um volume que agradasse a Disney, porém Minions 2 serviu para mostrar que, com o filme certo, as crianças certamente compareceriam aos cinemas.

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Para muitas crianças, Minions 2 é o primeiro filme nos cinemas desde o início da pandemia.

E aí está a grande diferença nas estratégias da Disney e da Universal para enfrentar a pandemia. Enquanto a Casa do Mickey fez de tudo para beneficiar o Disney+, inclusive lançando alguns de seus mais aguardados filmes por lá, a Universal esperou pacientemente por dois anos a situação melhorar para lançar sua animação com maior potencial de bilheteria. Nesse meio tempo, o estúdio ajudou a manter os cinemas vivos com seus filmes da DreamWorks, os quais, se não foram grandes hits, ao menos impediram que o hábito de assistir um longa na sala escura desaparecesse por completo nos piores meses da crise sanitária.

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(Só para deixar registrado, O Poderoso Chefinho 2 até foi lançado simultaneamente no streaming, porém, para a Universal, o Peacock é bem menos central em sua estratégia do que o Disney+ é para a Disney.)

Ainda assim, não é justo pintar a Casa do Mickey como a única vilã dessa história. Praticamente todas as animações da Disney da pandemia eram originais, enquanto as da Universal eram quase todas sequências. E, como eu discuto aqui, desde 2018 é bem difícil para que um longa animado totalmente original faça sucesso nas bilheterias, ao passo em que as continuações, remakes ou spin-offs quebravam recordes. Mesmo se não houvesse a pandemia, seria bem provável que as bilheterias de Soul, Raya, Luca e Encanto ficassem bem abaixo da de Minions 2.

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As criaturas amarelas da Illumination podem ter se tornado o maior hit animado da década nos cinemas, porém, o fato de ser parte de uma saga famosa (Meu Malvado Favorito) deu a Minions 2 uma vantagem que os últimos longas da Pixar ou da WDA não tinham.

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