Matrix Resurrections tem estreia desastrosa nos EUA

Será que as pessoas ainda vão ao cinema ver outras coisas que não sejam filmes de super-heróis? Os estúdios hollywoodianos seguem tentando atrair a audiência com opções que não...

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 26/12/2021 - 20h58


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Será que as pessoas ainda vão ao cinema ver outras coisas que não sejam filmes de super-heróis? Os estúdios hollywoodianos seguem tentando atrair a audiência com opções que não sejam a Marvel, mas a situação não está boa.

É o caso de Matrix Resurrections. Quarto longa da franquia que marcou a cultura pop no final dos anos 1990 e início dos 2000, o filme arrecadou US$ 22,5 milhões desde sua estreia na quarta-feira, sendo que deste total US$ 12 milhões vieram no fim de semana. 

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Trata-se de mais uma estreia desastrosa da Warner em 2021. O estúdio que praticamente iniciou a recuperação dos cinemas com o lançamento de Godzilla vs Kong em março agora tem sofrido fracasso atrás de fracasso, desde blockbusters caros como O Esquadrão Suicida e Mortal Kombat até filmes menores como Em Um Bairro de Nova York, King Richard: Criando Campeãs, Maligno, Cry Macho: O Caminho para a Redenção… Aliás, apenas dois filmes da Warner arrecadaram mais do que US$ 75 milhões na bilheteria doméstica em 2021, o próprio GvK e Duna

Claro, a estratégia do estúdio esse ano foi a de lançar seus filmes ao mesmo tempo no cinema e na HBOMax. Combine esta disponibilidade simultânea no streaming e no cinema com o fato de que o calendário do estúdio do ano não trazia nenhum blockbuster muito poderoso de suas principais marcas (DC, Harry Potter, etc) e você tem um ano lamentável. Ainda assim, se a estreia simultânea ao menos tiver trago novos assinantes para o streaming da Warner, então ao menos terá compensando a performance mais fraca nas salas.

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Filmes da Warner de 2021 foram em sua maioria fracassos, incluindo Matrix Resurrections

Voltando a Matrix Resurrections, tal filme era uma perspectiva arriscada desde o início. Para começar, os últimos capítulos da franquia foram lançados há 18 anos atrás, de modo que ela não é famosa entre os cinéfilos mais jovens. Para piorar, a recepção de Resurrections dividiu os críticos e o público. Afinal, para que pagar para ver um longa do tipo “ame ou odeie” nos cinemas enquanto na sala ao lado a Marvel lança mais um aclamado blockbuster?

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Por conta disso, a indústria prevê que Resurrections saia de cartaz com menos de US$ 50 milhões nos EUA, pouco acima do que o primeiro filme arrecadou (US$ 37 milhões) em seus primeiros cinco dias – e isso em 1999, quando o preço dos ingressos era bem abaixo do que hoje em dia. É bom que Hollywood ainda esteja disposta a lançar filmes mais arriscados do que a típica aventura do MCU, mas com resultados ruins de público e crítica, até quando?

A semana ainda teve uma série de outros estreantes, levando ao final de semana mais movimentado nas bilheterias americanas desde o início da pandemia. O maior deles foi a animação Sing 2, que arrecadou bons US$ 39,4 milhões entre quarta e domingo, sendo que US$ 24 milhões foram no próprio final de semana. Trata-se de uma abertura decente considerando a situação. Como comparativo, o primeiro Sing faturou US$ 56 milhões entre quarta e domingo durante sua abertura em dezembro de 2016 (portanto, anos antes da pandemia), vindo a sair de cartaz com US$ 270 milhões logo enquanto enfrentava o blockbuster da Disney Rogue One

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Ninguém espera que este segundo Sing atinja uma bilheteria final similar à do primeiro, porém a sequência tem grandes chances de se tornar a primeira animação infantil desde o início da pandemia a ultrapassar a marca de US$ 100 milhões na bilheteria doméstica – o que só ressalta o quanto os longas para crianças foram prejudicados pelo coronavírus.

Finalmente, King’s Man: A Origem também estreou nas salas… e ninguém ligou. O longa arrecadou apenas US$ 10 milhões entre quarta e domingo nos EUA após dois anos sendo adiado por conta da pandemia. Trata-se de mais um fracasso seguido da 20th Century Studios (o estúdio antes conhecido como Fox e que hoje é apenas mais uma aquisição da Disney) após o fiasco de Amor, Sublime Amor. Estou certo que Bob Chapek, CEO da Disney, preferiria que todos esses flops fossem direto para o streaming, porém acordos antigos da Fox com a HBO impedem isso por enquanto.

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Será que a Casa do Mickey vai ter que esperar até Avatar 2 para que a 20th Century finalmente lance um megahit nas bilheterias?




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