[CRÍTICA] Escola de Quebrada vem mostrar um lado alegre da periferia
O Legado Plus teve a oportunidade de assistir ao longa distribuído pela Paramount+. Filme estreou no último dia 03, confira nossas impressões:
Compartilhe: Mariana
Publicado em 5/3/2023 - 15h15
Conforme o mundo avança para suas evoluções, entendemos a importância de se ter uma representatividade, independente do local em que isso é inserido. Escola de Quebrada chega para mostrar isso de uma forma divertida, leve e completamente colorida, fazendo entender o que é necessário para quebrar alguns estereótipos.
O Legado Plus teve a oportunidade de assistir ao longa, produzido por Kondzilla e distribuído pela Paramount+. Confira todas as nossas impressões, o que achamos do filme e outros detalhes. Tudo isso sem spoilers!
Escola de Quebrada é uma visão otimista da periferia
Retratando uma história simples, mas que pode ser a vida de qualquer jovem da quebrada, o longa dirigido por Kaique Alves e Thiago Eva traz um olhar totalmente diferente do que muitas produções mostram sobre a favela. Em Escola de Quebrada, conhecemos Luan, um garoto que sofre bullying e tem o desejo de ser um ‘moleque chave’, portando seu kit e conquistando a garota mais bonita da escola.
Por isso, ele passa por diversas situações para conseguir mudar a sua realidade completamente. Desde vender o seu vídeo game, a implorar pros pais que precisa de roupas novas. E é claro, vivendo todas essas situações de modo divertido, pra fazer a galera dar risada e embarcar na vivência de um jovem periférico.
E o mais legal de Escola de Quebrada é que ele tem uma clara inspiração em Todo Mundo Odeia o Chris, fazendo com que um dos maiores sucessos das séries se faça presente na história de um garoto do ensino médio que vive numa favela da Zona Leste de São Paulo. Além disso, a importância de se ter uma produção que representa tantos outros jovens é muito grande, porque serve para mostrar que a visão estereotipada das comunidades é só mais uma visão que não existe 100%.
A favela que é invadida, com tiros toda hora não existe em Escola de Quebrada. O filme apresenta uma história leve, com um dilema que muita gente que já esteve na idade do menino Luan passou. Até porque quem nunca sonhou em ser famosinho na escola, ser conhecido e deixar o bullying de lado, não é mesmo?
Entretanto, um dos pequenos problemas que rola no longa é as gírias super datadas que são faladas. É muito entendível que em lugares como esses, as gírias entre os jovens são bem presentes (afinal, a redatora que escreve essa crítica, é criada no Capão Redondo). Porém, há um detalhe que faz parecer forçado, quando alguns dos personagens falam memes e colocam gírias onde não precisavam.
Mas, isso é um mero detalhe quando se entende que, apesar de parecer algo que não deveria estar ali, Escola de Quebrada é uma história que vai além. Que está ali pra mostrar a visão otimista e alegre de quem vive nas comunidades. Que não há apenas dor e sofrimento, que também tem caminho pra felicidade e a conquista dos seus sonhos.
Com toda certeza, Escola de Quebrada vem como uma produção para mudar essa visão pesada e triste que temos da periferia. Que ela sirva de inspiração para tantos outros filmes que irão retratar isso futuramente. E que possamos ter mais do otimismo e das trajetórias simples, sem tanta dor, nas telas.
Escola de Quebrada é produzido pelo Konzdilla (isso mesmo, o produtor de funk) e está disponível na Paramount + desde o dia 3 de março. Continue aqui no Legado Plus para mais novidades.