[CRÍTICA] A Menina que Matou os Pais
A Menina que Matou os Pais está sendo o principal assunto do momento, isso porque o Caso Richthofen foi um dos casos mais complexos e macabros ocorridos no Brasil....
A Menina que Matou os Pais está sendo o principal assunto do momento, isso porque o Caso Richthofen foi um dos casos mais complexos e macabros ocorridos no Brasil. O famoso caso se tornou dois filmes, ambos da Amazon Prime Video, que apresentam as versões dos envolvidos no homicídio de Manfred e Marísie Von Richthofen.
No longa, baseado nos depoimentos de Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos, conhecemos as versões dos principais personagens envolvidos no macabro assassinato. Trazendo o benefício da dúvida para o espectador que acompanha a trama.
Confira a crítica do Legado Plus sobre A Menina que Matou os Pais.
O Caso que originou A Menina que Matou os Pais
É impossível não se lembrar do caso do casal de classe média alta, que foi encontrado morto dentro da própria casa. Depois de instaurada a investigação, a filha mais velha do casal, Suzane Von Richthofen e seu namorado, Daniel Cravinhos, assumiram a culpa pela morte dos dois.
A motivação para a morte dos pais de Suzane foi o fato de que as famílias não apoiavam o namoro da menina com Daniel, principalmente os Richthofen. Sendo assim, Suzane, Daniel e seu irmão, Cristian, decidiram simular um latrocínio e dividir a herança que a filha teria direito.
Apesar do roteiro fraco, filme traz holofotes para o caso
Quando pensamos sobre um filme que conta a história de um crime, pensamos em diversas coisas, uma exploração melhor da ambientação, por exemplo. Entretanto, o longa foi escrito com base nos depoimentos oficiais dados pelos condenados na história. E, apesar disso, a trama consegue patinar em diversos pontos em A Menina que Matou os Pais.
Claro que não dá para esperar algo grandioso, ainda mais trazendo como base apenas o histórico e versões dos envolvidos. Porém, o roteiro consegue ser um tanto quanto arrastado em alguns pontos, o que pode desprender a sua atenção durante o longa.
Entretanto, você ainda sente vontade de acompanhar para saber onde é que a trama irá te levar (mesmo sabendo o final disso tudo). A Menina que Matou os Pais conta a versão de Daniel Cravinhos sobre o caso e, mesmo que carregando em muitos pontos, te dá uma versão mais “realista” dos fatos.
Claro que não dá para levar muito em consideração alguns detalhes, já que a ideia era que Daniel se mostrasse inocente de tudo isso. Porém, quem acompanha esses casos, já viu documentários ligados à história do Caso Richthofen, entende que esse primeiro longa dá a ideia de que Suzane não é aquilo que ela prega na versão do seu filme.
Ilana Casoy e Raphael Montes são nomes bem conhecidos para quem gosta desse tipo de gênero, já que foram eles que escreveram um livro sobre o caso. E mesmo tendo envolvimento direto no filme, com a roteirização, em alguns momentos ela peca, mas não é de todo ruim. Deixamos um destaque para a atuação de Carla Diaz, que brilhou muito bem como Suzane Richthofen, trazendo muito bem as duas versões de uma mesma pessoa. E, também, Leonardo Bittencourt, que soube incorporar uma versão tão casta e uma tão alterada de Daniel Cravinhos.
A Menina que Matou os Pais é uma versão em que Daniel Cravinhos mostra que ele foi manipulado e usado para cometer a atrocidade com Manfred e Marísie. E mesmo sabendo que ele tem, sim, sua enorme parcela de culpa, o filme ainda te entrega o benefício da dúvida e a chance de tirar suas próprias conclusões.
Vale a pena assistir A Menina que Matou os Pais?
Mesmo conhecendo o caso de ponta-a-ponta, é uma boa pedida para o final de semana. O filme não é tão longo, não passa de 1h30. A versão dos próprios condenados traz um ‘quê’ a mais para a história, te inserindo ali para decidir quem é mais culpado, ainda mais sabendo que no fim, os dois embarcaram na mesma loucura macabra.
A Menina que Matou os Pais faz o país se chocar novamente com um caso que vai completar 20 anos no próximo ano. Trazendo a atenção de quem acompanhou na época, dando um pontapé para muitos conhecerem a história e fazendo a trama se entrelaçar perfeitamente em tantos pontos, que chega a ser interessante a construção.
Veja a nossa crítica de O Menino que Matou Meus Pais
Além disso, não há ordem certa para assistir ao filme. Entretanto, o diretor do longa, Maurício Eça, dá a indicação de você começar a assistir por O Menino que Matou meus Pais para depois assistir esse longa.
A Menina que Matou os Pais estreou no dia 24 de setembro, na Amazon Prime Vídeo.
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