Coringa ultrapassa Batman vs Superman nos EUA!

Sim, finalmente aconteceu: a primeira reunião dos três super-heróis mais icônicos da DC Comics, em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, foi ultrapassada nas bilheterias pela sombria, perturbadora e violenta história do vilão Coringa.

Coringa ultrapassa Batman vs Superman nos EUA!

Sim, finalmente aconteceu: a primeira reunião dos três super-heróis mais icônicos da DC Comics, em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, foi ultrapassada nas bilheterias pela sombria, perturbadora e violenta história do vilão Coringa.

Coringa ultrapassa Batman vs Superman nos EUA!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Sim, finalmente aconteceu: a primeira reunião dos três super-heróis mais icônicos da DC Comics, em Batman vs Superman: A Origem da Justiça, foi ultrapassada nas bilheterias pela sombria, perturbadora e violenta história do vilão Coringa. É a maior vitória conquistada pela Legião do Mal contra os Super Amigos!

O suspense estrelado por Joaquin Phoenix faturou mais US$ 2,8 milhões durante o feriado de Ação de Graças nos EUA, que, na terminologia das bilheterias, ocorre de quarta a domingo. Em nono lugar, o filme já se prepara para deixar o ranking das 10 maiores bilheterias semanais no país. Ainda assim, o longa alcançou US$ 330,5 milhões nos EUA, um total superior aos US$ 330,3 milhões arrecadados por Batman vs Superman no país há quase quatro anos.


Claro, em valores ajustados pela inflação, BvS possui cerca de US$ 348 milhões nos EUA. Em outras palavras, por enquanto o embate dos dois titãs da DC ainda vendeu mais ingressos do que Coringa. De toda forma, não deixa de ser uma surpreendente vitória da história de origem do vilão com maquiagem de palhaço – e uma que confirma a incrível longevidade e o fortíssimo boca a boca do controverso filme comandado por Todd Phillips.


Os filmes da DC, afinal, costumam seguir uma tendência: quando elogiados e bem recebidos pelo público, eles costumam ter uma carreira bastante longa e frutífera nas bilheterias americanas. Por outro lado, quando rejeitados pelo público, eles costumam decair rapidamente após o fim de semana de abertura. Foi o que houve com os filmes comandados por Zack Snyder para a editora, por exemplo: O Homem de Aço encerrou sua carreira com US$ 291 milhões a partir de uma estreia de US$ 116,6 milhões (a maior de junho na época); BvS saiu de cartaz com US$ 330,6 milhões vindo de uma abertura de US$ 166 milhões (segunda maior da Warner); e Liga da Justiça terminou com fracos US$ 229 milhões a partir de uma abertura de US$ 93,8 milhões. 

Por outro lado, Mulher-Maravilha e Aquaman partiram de aberturas de US$ 103,2 milhões e US$ 67,8 milhões respectivamente para chegar a bilheterias finais de US$ 412,5 milhões para a Amazona e US$ 335 milhões para o Atlante. Ou seja, ambos os longas tiveram aberturas menores que O Homem de Aço e BvS, porém saíram de cartaz com bilheterias superiores a ambos – um feito que agora Coringa também alcançou. Claro, você pode argumentar que Aquaman estreou durante o Natal, porém sua bilheteria durante os cinco dias do feriado foi de US$ 105,4 milhões, ainda abaixo do que o reboot do Superman de 2013 arrecadou em três dias.


Portanto, quando bem recebidos pelo público, os longas da DC costumam ficar um bom tempo em cartaz, alcançando excelentes resultados em comparação com seus fins de semana de estreia, como vimos com Mulher-Maravilha, Aquaman, Coringa e também, há onze anos, Batman: O Cavaleiro das Trevas, que partiu de uma abertura de US$ 158,4 milhões para chegar a US$ 533,3 milhões. E por que isso ocorre? Creio que talvez seja devido ao fato de que os longas da editora (particularmente o citado trio composto pelos personagens de Gal Gadot, Jason Momoa e Joaquin Phoenix) ainda não chegaram no patamar se serem tão ansiosamente aguardados quanto um blockbuster de grandes proporções do MCU, seja um dos filmes dos Vingadores, ou mesmo uma sequência muito antecipada como Capitão América: Guerra Civil, Homem de Ferro 3 e Guardiões da Galáxia Vol. 2.


Ou seja, sem esse volume de antecipação e hype dos fãs, os sucessos da DC acabam trocando fins de semana de aberturas menores por carreiras mais longas nos EUA. É o oposto de, por exemplo, Guerra Infinita e Ultimato, que arrecadaram tanto dinheiro em seus primeiros dias que uma queda mais dura a partir da terceira semana se tornou inevitável. A grande pergunta é se essa tendência irá permanecer com os próximos lançamentos do estúdio, ou se, em virtude dos últimos bem recebidos longas da DC, filmes como Mulher-Maravilha 1984, The Batman e Aquaman 2 terão estreias maiores?

Na bilheteria internacional Coringa arrecadou mais US$ 4,6 milhões e agora tem um total de espetaculares US$ 718 milhões fora dos EUA, e isso sem sequer passar na China. No total, o filme possui US$ 1.049 bilhão globalmente, e está a meros US$ 1,7 milhão de ultrapassar a bilheteria global do remake de Aladdin para se tornar o 6º maior filme de 2019 globalmente – embora o palhaço homicida deva cair para sétimo e depois para oitavo lugar, uma vez que Frozen II e Star Wars: A Ascensão Skywalker o ultrapassarem eventualmente.

Ainda assim, um título que ninguém vai tirar de Coringa é que nenhum outro blockbuster em 2019 arrecadou tanto a partir de um orçamento tão baixo, e sem sequer passar na China.

O sucesso de Coringa representa um desafio interessante para a DC. Depois de O Homem de Aço e BvS arrecadarem abaixo do esperado muitos passaram a pedir que o estúdio fizesse filmes menos pesados, mais otimistas e divertidos, num estilo similar ao do MCU, resultando nos bem sucedidos Mulher-Maravilha e Aquaman, bem como em Shazam! (que não foi nenhum grande hit, porém teve críticas positivas) e nas refilmagens de Liga da Justiça comandadas por Joss Whedon (que resultaram num desastre). Agora, porém, Coringa, que tem o mesmo tom sombrio, adulto e violento que a mídia pediu que a DC evitasse após BvS, tornou-se o longa de quadrinhos mais lucrativo da história.

O que isso indica? Que não há um jeito certo de fazer um filme da DC, que pode ser tão exagerado e fantasioso quanto Aquaman, ou tão sombrio e realista quanto Coringa. O importante é combinar os atores com os personagens certos (como ocorreu com Gadot, Momoa, Phoenix e, antes deles, Bale) e criar uma história que, independente do tom, cative e conquiste o público. 

Esta é a lição mais importante que o MCU e longas como Logan tinha para dar à DC, que perdeu anos correndo atrás da própria cauda enquanto alternava entre filmes sombrios e divertidos.

Bilheteria EUA FERIADO DE AÇÃO DE GRAÇAS – 27/11/19 a 01/12/19:

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