Bilheteria EUA: Free Guy tem boa queda e continua domínio da Disney

Bilheteria EUA: Free Guy tem boa queda e continua domínio da Disney

Bilheteria EUA: Free Guy tem boa queda e continua domínio da Disney

Em notícias da bilheteria americana não relacionadas a Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (clique aqui para ler a análise completa sobre os números do filme da Marvel),...

Bilheteria EUA: Free Guy tem boa queda e continua domínio da Disney
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Em notícias da bilheteria americana não relacionadas a Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (clique aqui para ler a análise completa sobre os números do filme da Marvel), outro filme pertencente à Disney se manteve na segunda posição: Free Guy: Assumindo o Controle arrecadou US$ 5,8 milhões em seu quinto fim de semana em cartaz. No total, ele possui quase US$ 102 milhões nos EUA. 

A resiliência da comédia estrelada por Ryan Reynolds e Jodie Comer impressiona: ele caiu apenas 35% em comparação com a semana anterior. É surpreendente que um filme em cartaz a cinco semanas se mantenha na segunda posição do ranking dos mais assistidos no cinema. 


Fora da América do Norte, Free Guy faturou nada menos que US$ 175 milhões, sendo que US$ 76 milhões vieram da China – o que faz dele o terceiro maior filme hollywoodiano no país desde a pandemia, perdendo apenas para Godzilla vs Kong e Velozes & Furiosos 9.

Com Free Guy e Shang-Chi (e também Jungle Cruise, outro longa com ótima sustentação e que já passou da casa dos US$ 100 milhões doméstico) liderando as bilheterias tanto nos EUA quanto fora, a Disney está mantendo os cinemas vivos e funcionando praticamente sozinha. E isso é preocupante para Hollywood. 


Contando com marcas fortes ao seu dispor (Star Wars, Universo Cinematográfico da Marvel, Pixar, seus próprios clássicos animados), a Casa do Mickey faturou bilhões ao longo da década passada. E isso teve um clímax em 2019, quando o estúdio lançou sua safra mais poderosa de blockbusters. Naquele ano, a Disney lançou apenas 13 filmes e com eles ficou responsável por 33% de todos os ingressos para o cinema vendidos nos EUA e Canadá entre janeiro e dezembro. Já a segunda colocada no market share, a Warner lançou 43 filmes, que responderam por apenas 14% dos ingressos.


Com as Sagas do Infinito e Skywalker chegando ao fim, a indústria acreditava que 2020 seria o ano em que outros estúdios iriam contra-atacar a Disney e mostrar que eram capazes de atrair público às salas. Para essa batalha, foram convocados blockbusters altamente antecipados, como Velozes & Furiosos 9, 007: Sem Tempo para Morrer, Um Lugar Silencioso: Parte II, Mulher-Maravilha 1984, entre outros. Mas aí veio um inimigo imprevisto: a pandemia de Covid-19, que prejudicou severamente a indústria.

Dos grandes estúdios, a Warner foi a primeira a enfrentar o vírus de peito aberto: lançou o caríssimo Tenet sem que as salas da Califórnia e Nova York (os maiores mercados cinematográficos dos EUA) estivessem abertas, depois estreou Mulher-Maravilha 1984, que antes da pandemia era tido como o potencial campeão de bilheteria do ano, simultaneamente nas salas e no streaming durante o Natal. 


Isso mostrou o caminho que a Warner seguiria ao longo dos próximos meses: lançamentos nos cinemas e na HBO Max. E enquanto essa estratégia ajudou a manter os cinemas vivos em um primeiro momento, logo ela acabou prejudicando a bilheteria dos filmes do estúdio graças à pirataria desenfreada. 

De toda forma, o sacrifício da Warner permitiu que outros estúdios aos poucos fossem se sentindo confortáveis em lançar seus longas. A Disney foi uma das últimas empresas a se juntar à festa de reabertura das salas, mas quando a Casa do Mickey chegou, não demorou a assegurar sua dominância sobre os concorrentes.

Enquanto os outros distribuidores lidavam com resultados bons (Velozes 9, Um Lugar Silencioso: Parte II, Godzilla vs Kong), médios (Invocação do Mal 3, O Poderoso Chefinho 2, Tempo, A Lenda de Candyman) e ruins (O Esquadrão Suicida, Snake Eyes, Space Jam: Um Novo Legado), a Disney aos poucos reerguia seu império. Viúva Negra é a maior abertura da pandemia e a maior bilheteria do ano nos EUA, Free Guy tem se mantido de maneira excelente e faturado alto na China, e Shang-Chi segue sendo o grande blockbuster do mês.

Será que o domínio da Disney vai continuar para o resto do ano? A empresa irá lançar ainda este ano o aguardado Eternos, a animação Encanto e um punhado de longas da 20th Century Studios (RIP Fox), porém seus concorrentes não ficarão muito atrás. A Sony tem Venom: Tempo de Carnificina, Ghostbusters: Mais Além e Homem-Aranha 3, a United Artists irá distribuir 007: Sem Tempo para Morrer, a Warner vai tentar a sorte com Duna, entre outros.

Enfim, Hollywood ainda tem chance de provar que outras franquias não pertencentes ao mundo mágico da Disney conseguem fazer o público sair de casa e comprar um ingresso para o cinema. Toda essa concentração de forças em cima da Casa do Mickey não é saudável para a indústria. Afinal, quando a Disney finalmente acabar de explorar todas as marcas que adquiriu ao longo dos anos, o que as pessoas irão ver no cinema?

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