Bilheteria EUA: Sorria lidera novamente e pode ser o maior terror do ano
No que parece ser o último fim de semana de bilheterias em baixa, a única boa notícia é a excelente performance de Sorria, que está a caminho de superar O Telefone Preto.
O terror Sorria foi o líder das bilheterias americanas pelo segundo segundo fim de semana consecutivo. E sua performance é simplesmente assombrosa!
O longa arrecadou fenomenais US$ 17,6 milhões em seu segundo fim de semana, sofrendo uma queda de apenas 22% em comparação com a estreia. Trata-se de uma sustentação espetacular para um filme de terror, que mostra que o boca a boca tem sido extremamente positivo.
Ao todo, Sorria possui quase US$ 50 milhões de arrecadação nos EUA após dez dias em cartaz. É um total superior aos US$ 47,4 milhões alcançados por O Telefone Preto no mesmo período de tempo. Até então, o longa comandado por Scott Derrickson era o maior terror do ano na bilheteria americana com quase US$ 90 milhões, mas agora Sorria tem uma grande chance de ultrapassá-lo – isto é, caso não despenque muito frente à estreia de Halloween Ends na semana que vem.
Na bilheteria global, Sorria tem US$ 89,9 milhões, um total excelente considerando que seu orçamento foi de apenas US$ 17 milhões. Vale lembrar que o longa seria lançado exclusivamente no streaming, porém seu estúdio, a Paramount, mudou de ideia após as exibições teste. É uma história de sucesso similar à de outro blockbuster da Paramount lançado este ano, Top Gun: Maverick, que por muito pouco não foi comprado por algum streamer durante a pandemia.
Os cinemas, claro, agradecem o voto de confiança da Paramount. Graças à inacreditável performance de Top Gun: Maverick (US$ 715 milhões na América do Norte e US$ 765 milhões fora, resultando num total global de US$ 1.479 bilhão), a temporada de blockbusters do meio do ano não foi tão ruim apesar dos efeitos da pandemia. Agora, graças à Sorria, os cinemas tem algo para atrair o público enquanto Adão Negro e as heroínas de Wakanda não chegam.
Infelizmente, os bons números de Sorria foram uma rara boa notícia vinda das bilheterias americanas neste fim de semana, que até trouxe duas novas estreias de peso, nenhuma das quais fez bons números. A maior delas foi Lilo, Lilo, Crocodilo, uma comédia musical para famílias, que traz os compositores das canções de O Rei do Show e o astro pop Shawn Mendes.
É o primeiro filme infantil nos cinemas desde julho, quando Minions 2 e DC Liga dos Superpets chegaram às telas. Infelizmente, nem isso foi o suficiente para salvá-lo da mediocridade: apenas US$ 11,5 milhões na estreia, menos do que os US$ 16,6 milhões de Clifford: O Gigante Cão Vermelho e os US$ 14,1 milhões de Tom & Jerry no ano passado – este último tendo estreado num momento bem mais grave da pandemia, antes até de Godzilla vs Kong.
Pelo lado bom, Lilo, Lilo, Crocodilo será o único filme para crianças nos EUA até meados de novembro. Vamos ver se isso será o suficiente para atrair o público nas próximas semanas.
A outra estreia foi Amsterdam, novo longa de David O. Russell e com um elenco de peso que inclui Christian Bale, Margot Robbie, John David Washington, Chris Rock, Robert De Niro e até Taylor Swift, entre outros. Apesar disso, sua performance foi um desastre colossal: ao custo de US$ 80 milhões, o longa arrecadou míseros US$ 6,5 milhões no primeiro fim de semana nos EUA e US$ 3,5 milhões fora, resultando num total global de apenas US$ 10 milhões.
Longas adultos desse tipo tem uma grande dificuldade de atrair público na era do streaming. Se quisesse ser um sucesso, Amsterdam precisaria no mínimo de boas críticas, mas nem isso o longa teve: apenas 34% no Rotten Tomatoes. Com tantas opções disponíveis para assistir em casa, dificilmente a audiência deixaria o lar para pagar para ver um filme tão criticado quanto esse.
Espera-se que na próxima semana os números voltem a crescer a níveis decentes conforme Halloween Ends chega às telas.
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[fonte: Box Office Mojo]