Vencedor do Oscar de Melhor Filme, Parasita também é sucesso no Brasil

Parasita, o surpreendente filme coreano que conquistou a Palma de Ouro em Cannes e o 4 Oscars, inclusive o de Melhor Filme, foi um dos mais comentados de 2019...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
Publicidade

Compartilhe: Tiago
Publicado em 11/2/2020 - 20h00


Publicidade
LEIA TAMBÉM




Parasita, o surpreendente filme coreano que conquistou a Palma de Ouro em Cannes e o 4 Oscars, inclusive o de Melhor Filme, foi um dos mais comentados de 2019 e também de 2020 até o momento. Tamanha falação e o excelente boca a boca não passou despercebido pelo sempre atento cinéfilo brasileiro, que compareceu em bons números para o longa nos cinemas (e não apenas o esperou chegar em algum serviço de streaming).

 

Publicidade

Distribuído no Brasil pela especializada em filmes independentes Pandora, Parasita levou mais 33 mil pessoas aos cinemas e faturou R$ 607 mil no último fim de semana. No total, o longa possui um público de bons 356 mil espectadores e mais de R$ 6 milhões arrecadados. Tudo isso conquistado na base do boca a boca, mesmo com o filme enfrentando blockbusters americanos e brasileiros.

 

Publicidade

O suspense de humor negro já é a maior bilheteria nacional em muitos anos para um filme adulto produzido fora dos Estados Unidos ou do Brasil, e cuja língua original não é nem inglês nem português. Veja, o público brasileiro, diferentemente do norte-americano, é relativamente aberto aos filmes de outros países, especialmente se forem infantis: diversas animações russas, espanholas, francesas, alemãs e, claro, japonesas, entre outros lugares, alcançaram públicos decentes, graças ao trabalho de distribuidoras como Paris, Playarte e Califórnia, que as compram para exibirem nas telonas tupiniquins. 

 

Publicidade

 

Publicidade

Muitos pais de crianças pequenas já devem ter assistido com os filhos algo da franquia russa Masha e o Urso. Ou talvez da saga também da Rússia O Reino Gelado, feito nas esteiras do hit da Disney Frozen. Há também o caso de A Bela e a Fera, a versão francesa lançada em 2014 que levou pouco mais de meio milhão de pessoas as salas escuras.

 

Publicidade

Já entre filmes adultos, bem, estes dependem de excelentes críticas, indicações a prêmios e terem artistas relativamente famosos à frente e atrás das câmeras (vide o astro argentino Ricardo Darín). É o caso da comédia dramática francesa Intocáveis que, com ótimo boca a boca, conseguiu o feito de levar mais de 1 milhão de brasileiros às salas escuras em 2012. Já a famosíssima comédia de humor negro argentina Relatos Selvagens levou cerca de 460 mil pessoas aos cinemas em 2014, pouca coisa acima do público do suspense de Pedro Almodóvar A Pele que Habito em 2011. Almodóvar, aliás, sempre teve bilheterias decentes no Brasil: seu recente Dor e Glória foi visto por pouco mais de 200 mil pessoas no ano passado.

 

Publicidade

E olha que nem estou me referindo aos filmes de ação franceses de Luc Besson, como Lucy e Valerian e a Cidade dos Mil Planetas, pois estes até trazem atores hollywoodianos e são falados em inglês. Por isso, apesar de terem se saído relativamente bem, eles não entram muito na conta.

 

Publicidade

 

Publicidade

Parasita por enquanto ainda não é o maior público para um filme coreano recente no Brasil; tal troféu ainda pertence ao recente hit Invasão Zumbi, que levou 425 mil pessoas aos cinemas em 2017 (o thriller de Bong Joon-Ho já o superou na arrecadação, porém). No entanto, ter ganhado o prêmio de Melhor Filme e Direção na última cerimônia certamente vai fazer a curiosidade por Parasita aumentar entre os cinéfilos brasileiros, especialmente aqueles que se interessam por opções como Aves de Rapina, Bad Boys para Sempre, Sonic: O Filme e Minha Mãe é uma Peça 3. Por isso, Parasita deve ultrapassar Invasão Zumbi até o fim do mês, juntamente com os citados Relatos Selvagens e A Pele que Habito.

 

Publicidade

Talvez o longa não alcance seu principal adversário no último Oscar, o drama de guerra 1917 (R$ 17,2 milhões de faturamento e 880 mil ingressos). Ainda assim, quem sabe seu sucesso não estimula outros cinéfilos a buscarem os filmes anteriores da rica filmografia de Bong Joon-Ho? Ou ao menos a assistirem outros tipos de longas nos cinemas, afora os blockbusters americanos e nacionais? 




Sair da versão mobile