Super Mario Bros é a maior abertura da história na bilheteria global para uma animação

Super Mario Bros tomou recorde antes pertencente à Frozen II e conquistou uma das maiores aberturas da história nas bilheterias.

Super Mario Bros é a maior abertura da história na bilheteria global para uma animação
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Compartilhe: Tiago
Publicado em 11/4/2023 - 17h31

Super Mario Bros.: O Filme teve uma abertura totalmente espetacular nas bilheterias: foram US$ 204,6 milhões nos EUA e US$ 171 milhões fora de lá, resultando num total global de absurdos US$ 375,6 milhões.


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É a maior abertura global da história para um filme animado, superando o recorde de Frozen II, que arrecadou US$ 358 milhões em seu primeiro fim de semana.

Aqui, porém, cabe uma explicação mais detalhada: até o início dos anos 2000, Hollywood costumava demorar um tempo, que em geral era de alguns meses, para lançar seus blockbusters em outros países afora os EUA. No século passado, muitos filmes demoravam bastante para chegar aos territórios estrangeiros, como o Brasil. Claro, não havia internet naquela época e portanto dificilmente os spoilers viajariam o mundo na mesma velocidade de hoje em dia.

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Mas, como dito acima, a partir dos anos 2000 isso começou a mudar. Em maio de 2003, Matrix Revolutions foi o primeiro filme a arrecadar mais de US$ 200 milhões ao redor do globo em seu primeiro fim de semana. Poucos meses depois, O Senhor dos Anéis: O Retorno do Rei abriu com US$ 250 milhões global. Em 2005, Star Wars Episódio III: A Vingança dos Sith faturou US$ 303 milhões ao redor do planeta em um fim de semana e, dois anos depois, tivemos nada menos que três aberturas acima dos US$ 300 milhões: Homem-Aranha 3 (US$ 382 milhões), Piratas do Caribe: No Fim do Mundo (US$ 344 milhões) e Harry Potter e a Ordem da Fênix (US$ 332 milhões).

Isso só aconteceu pois, com o avanço da tecnologia e da globalização, Hollywood tornou-se capaz de lançar seus filmes mais aguardados em um número cada vez maior de países simultaneamente. E essa tendência só se intensificou na década seguinte, culminando na bilionária abertura de Vingadores: Ultimato em 2019 (US$ 1.223 bilhão em apenas um fim de semana).

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Porém, se esta tendência só cresceu entre os grandes blockbusters, um segmento dos megahits hollywoodianos foi deixado de lado: as animações. Para esse tipo de filme, os estúdios ainda preferiam demorar um tempo que poderia variar de semanas a meses para que eles saíssem em outros países.

Afinal, tais longas em geral são voltados para crianças, por isso Hollywood precisava traçar uma estratégia global de lançamento que maximizasse o potencial de cada desenho – ou seja, lançá-los quando fosse o melhor período de folga das escolas, facilitando para que os pais das crianças pudessem levá-las ao cinema. Como cada país tem um calendário escolar diferente, isso significava que muitas audiências internacionais precisavam esperar até meses para assistir aos últimos sucessos da Disney, Pixar, Illumination, DreamWorks, etc.

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Veja o caso do Brasil, por exemplo: as animações da Disney que chegam ao mercado americano em novembro costumavam aportar no país só no início de janeiro, que é quando as férias escolares começam. Foi assim com os dois Frozen, Moana, Detona Ralph e sua sequência, Enrolados, e muitos outros. Claro, essa tendência mudou nos últimos dois anos por causa do novo foco da Casa do Mickey em seu serviço de streaming, mas isto é conversa para outra hora.

Como o número de territórios que recebem animações simultaneamente aos EUA costuma ser bastante menor que o de blockbusters live-action, até então eram poucos os desenhos que tinham estreia acima dos US$ 200 milhões global – um valor hoje facilmente superado por qualquer filme bem sucedido de franquias famosas como Marvel, DC, Star Wars, Velozes & Furiosos, Jurassic, Avatar, etc.

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Isso começou a mudar em 2019, quando Toy Story 4 abriu com US$ 244 milhões (US$ 121 milhões nos EUA e US$ 123 milhões em outros países) e tornou-se a maior estreia global para uma animação. Porém, foi levado a outro nível no final daquele ano com Frozen II, que, com US$ 358,5 milhões (sendo US$ 130,3 milhões nos EUA e absurdos US$ 228,2 milhões fora), quebrou com facilidade o recorde de abertura animada.

Tudo isso, porém, agora é fichinha perto da monstruosa abertura de Super Mario Bros.: O Filme. Ao contrário de outras animações, que precisaram se adequar ao período de férias em cada país, a Universal optou por lançar Mario no maior número de mercados possíveis de maneira a aproveitar o feriado da Páscoa.

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E o resultado foi excelente, com sessões lotadas não apenas nos EUA como também em territórios como México (US$ 27,4 milhões, o terceiro maior fim de semana de abertura da história), Reino Unido (US$ 19,6 milhões, o maior para um filme da Illumination), Alemanha (US$ 14 milhões) e França (US$ 10,4 milhões).

Uma decepção, porém, foi a China, no qual o longa só faturou US$ 12 milhões. Filmes hollywoodianos pós-pandêmicos seguem tendo dificuldade em conquistar os mesmos números de antes no país. Super Mario Bros era o filme que poderia mudar isso (os chineses são grandes fãs de games e da Nintendo), mas não foi o que houve. Por enquanto, Avatar: O Caminho da Água segue como o maior sucesso hollywoodiano na China após a pandemia.

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Não que isso vá atrapalhar muito Mario, que certamente vai ultrapassar Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania (US$ 473,4 milhões) para se tornar a maior bilheteria de 2023 até o momento. A pergunta não é se Super Mario Bros vai ultrapassar o bilhão, mas quando.

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[fontes: Box Office Mojo, The-Numbers, Wikipedia]



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