Star Wars: A Ascensão Skywalker é um ridículo e covarde desperdício!

Para tentar analisar e compreender o que levou Star Wars: A Ascensão Skywalker a ser o que é, é altamente obrigatório que a gente olhe, com ainda mais atenção,...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
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Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 19/12/2019 - 19h48


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Para tentar analisar e compreender o que levou Star Wars: A Ascensão Skywalker a ser o que é, é altamente obrigatório que a gente olhe, com ainda mais atenção, a tudo que aconteceu nos bastidores da trilogia inteira. Em O Despertar da Força, tivemos uma aventura banhada em nostalgia que reacendeu a paixão dos fãs pelas histórias de uma galáxia tão, tão distante.

 

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Mesmo que tenha sido recebido com algumas críticas por ser parecido demais com a estrutura de Uma Nova Esperança, o início da nova trilogia conquistou seu espaço e respeito. O que não foi bem o caso de Os Últimos Jedi. Com a saída de J.J. Abrams, caiu nas mãos de Rian Johnson a responsabilidade de escrever e dirigir o meio da trilogia e oitavo episódio da saga principal.

 

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Acontece que Os Últimos Jedi trouxe um Rian com toda a liberdade do mundo para fazer o Star Wars mais ousado e surpreendente que os fãs pudessem ver nesse século, fugindo dos erros das prequels, spin-offs e nova trilogia. Entretanto, a ambiciosa abordagem de Rian em nos surpreender, revoltou muitos fãs alienados que acham que roteiros são feitos com qualquer pensamento ou vontade que venha em suas cabeças.

 

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Parecia não ter como dar errado!

 

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A recepção fora tão negativa para com aquele filme, que a LucasFilm se assustou com a pressão e fez de tudo a seu alcance para tentar, na próxima vez, reconquistar aqueles fãs revoltados e lhe dar tudo aquilo que eles sempre sonharam. Então, volta J.J. Abrams para nos dar um porto seguro. Se O Despertar deu certo, ele era o diretor ideal para repetir a fórmula do sucesso.

 

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O que nenhum fã pudesse sequer prever, é o quanto a LucasFilm abandonou a própria vergonha e exigiu que fosse feito o mais forçado pedido de desculpas e tentativa de agradar da história do cinema. Do primeiro ao último segundo, A Ascensão Skywalker funciona 100% e exclusivamente para jogar Os Últimos Jedi no lixo e fazer um carinho na cabeça de uma criança chorona que não havia ganhado seu doce.

 

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Porém o problema não é apenas em mudar a direção da história só porque ela “não deu certo” antes, mas sim a forma de fazer essas retcons. Ao querer apagar o Episódio VIII, esse último filme acaba andando em círculos e regredindo até voltar ao mesmo ponto inicial de O Despertar da Força. Ou seja, eles fazem a trilogia inteira para apenas os últimos minutos serem o que importa de verdade.

 

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DAQUI EM DIANTE, FALAREMOS DE SPOILERS PESADOS DO FILME. SIGA POR SUA CONTA E RISCO!

 

Essas retcons e necessidade de cuspir fanservices apaga toda a evolução e arco desenvolvido de três filmes, deixando Rey, Kylo Ren e Finn EXATAMENTE os mesmos do filme de 2015. Se Kylo Ren havia se tornado um vilão independente, líder e completamente consigo mesmo, eis que no primeiro minuto do filme  ele volta a ser o jovem indeciso e que obedece a qualquer vilão mais velho que só lhe sabe cuspir ordens. Essa reviravolta simplesmente mata todo o brilho e genialidade do personagem, que fica completamente perdido e sem propósito aqui, tudo para justificar sua “redenção”.

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Não bastando essa mudança bruta na direção dos personagens, fica evidente o GRANDE ERRO dessa nova trilogia, que é a total ausência de um plano ou a mínima meta a ser seguida. O Despertar da Força chegou trazendo infinitas dúvidas e pontas soltas para um arco interessante. Porém, em vez de resolvê-las, esse último filme tenta enfiar pela sua goela abaixo que esse se trata de um final épico para os 9 episódios da saga, sendo que NÃO!

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Fica evidente que essa abordagem de “conclusão épica” fora algo completamente chupado de Vingadores: Ultimato, mas sem qualquer intenção real de fazer isso. A LucasFilm fez questão de não executar seu grande plano no Episódio VIII, e agora no IX vem fingir como se tivesse tudo planejado desde 1977. Alô J.K. Rowling, foi você que escreveu esse roteiro?!

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Descanse em paz o bom desenvolvimento de Kylo Ren.

 

Embora essa chuva de fanservices rende momentos divertidos, até mesmo nos mais absurdos e ridículos, o nervosismo do roteiro é impossível de ser ignorado. O roteiro parece que foi escrito por alguém com uma arma apontada para sua cabeça, e caso faltassem fanservices a cada 2 minutos, ele morreria. Essa é a única explicação para um filme que inventa novas tramas até quase os últimos 30 minutos.

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A pior forçação de barra para criar algo grandioso, é o surgimento estúpido, ignorante e ofensivo do Imperador Palpatine. Já no letreiro inicial, fica estabelecido que Palpatine está de volta… E É ISSO! Simplesmente nem um ‘A’ ou qualquer indício do Sith havia sido dado antes, e agora que estamos prestes a acabar, é dessa maneira que somos obrigados a ter nossas 2 últimas horas com a nova geração de heróis.

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Completamente prejudicados, o trio protagonista ainda consegue lutar contra o roteiro para terem algum tempo digno em tela. E com isso temos alguns bons momentos com Rey, Poe e Finn. Embora Finn esteja completamente sem propósito, com a única função de correr atrás da Rey e gritar seu nome de 5 em 5 minutos. Já a Rey é prejudicada pelo falso senso de dualidade entre seu lado Jedi x Sith, que simplesmente NÃO existe, embora ela viva repetindo que está dividida.

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Dark Rey? Não exatamente…

 

Resta ao Poe e um empolgado e dedicado Oscar Isaac para entregar o único desenvolvimento de personagem com o mínimo de coerência, sinceridade e certo arco dramático. Por isso, por pior que seja o filme, resta à Daisy Ridley, John Boyega e Isaac, todo o parabéns do mundo por ser esforçarem tanto para extrair boas atuações de um texto tão raso e desesperado.

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Infelizmente, a força dos atores perde também para a combinação tóxica do roteiro inchado com uma edição afobada e igualmente desesperada para entregar um clima de épico. Incomoda o excesso de cortes, que freiam as cenas de maneira violenta e te deixam perdido pelo quanto de lugares e núcleos a gente fica indo e voltando, indo e voltando.

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Não há tempo para respirar, e isso torna a movimentação de todos os personagens ainda mais estranha, como acompanhar algum usuário de cocaína trancada em um quarto minúsculo. Isso evidencia uma outra tremenda decepção para com o filme, e é a preguiçosa direção de J.J. Abrams, que não trouxe nem um pouco de seu capricho e vontade de fazer um trabalho como visto em Despertar da Força.

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Todas as cenas de ação no filme, seja luta de sabre, perseguição a pé ou de nave, são apenas fragmentos com menos brilho do que já vimos NESSA PRÓPRIA TRILOGIA. Falem o que quiser, pois até mesmo o maior hater de Os Últimos Jedi ainda conseguiria reconhecer a aprimorada direção de Rian, o que não vemos nem um pouco aqui.

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O abraço que todos os fãs mereciam agora.

 

O que mais dói pelo filme ser ruim, é a forma que o roteiro achou de honrar a querida Carrie Fisher, tentando encaixar a General Leia com uma montagem que muitas vezes soa profundamente artificial, às vezes até constrangedora. OK que essa era uma situação extremamente delicada, mas poupá-la um pouco desse excesso poderia ser mais respeitoso do que transformar os cortes secos e frases aleatórias de Leia em potenciais memes.

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Por fim, o legado dessa nova trilogia acaba sendo um enorme sentimento de desperdício. A Ascensão Skywalker parece ter 3 filmes dentro de 1, então, qual foi a necessidade dos 2 filmes que tivemos antes? Fica difícil de equilibrar as opiniões e chegarmos a conclusão se isso tudo valeu a pena pelos 2 primeiros filmes, ou se esse último capítulo vai destruir toda a lembrança e carinho que tivemos ao longo dos últimos 4 anos.

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São tantos absurdos que o filme pode até ser divertido de se assistir como um “filme tão ruim que fica bom”. Mas essa é a primeira vez onde vejo um filme com defeitos tão explícitos, que eu realmente tenho medo de sequer imaginar ver esse filme novamente. E para um Star Wars, isso é algo imperdoável.

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Leia a sinopse oficial de Star Wars: A Ascensão Skywalker! : “Lucasfilm e o diretor J.J. Abrams juntam forças mais uma vez para levar os espectadores a uma jornada épica em uma galáxia muito, muito distante em Star Wars: A Ascensão Skywalker, a fascinante conclusão da saga Skywalker, na qual novas lendas nascerão e a batalha final pela liberdade ainda está por vir”.

 

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Star Wars: A Ascensão Skywalker promete encerrar a saga de 6 filmes envolvendo a Família Skywalker, e já está em exibição nos cinemas brasileiros. Leia mais: Star Wars: A Ascensão Skywalker está com nota vergonhosa no Rotten Tomatoes!




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