Sonic: O Filme estreia em primeiro lugar nas bilheterias brasileiras
O ouriço mais icônico da história dos games também foi líder nas bilheterias brasileiras, destronando Aves de Rapina. Por aqui, Sonic: O Filme estreou arrecadando R$ 11,6 milhões, com...
Compartilhe: Tiago
Publicado em 19/2/2020 - 16h46
O ouriço mais icônico da história dos games também foi líder nas bilheterias brasileiras, destronando Aves de Rapina. Por aqui, Sonic: O Filme estreou arrecadando R$ 11,6 milhões, com um público de 709 mil pessoas aos cinemas.
Comparado com outros longas infantis que adaptam jogos de sucesso, Sonic obteve uma abertura superior, tanto em público como em renda, à de concorrentes como Pokémon: Detetive Pikachu (R$ 6,1 milhões e 350 mil ingressos no primeiro fim de semana) e Angry Birds: O Filme (R$ 9,2 milhões e 592 mil ingressos). Na verdade, em termos de público, a estreia do longa foi mais comparável à de longas como Kung Fu Panda 3 (703 mil ingressos) e Carros 2 (715 mil), e pouca coisa atrás das de Como Treinar o seu Dragão 3 e O Bom Dinossauro (em torno de 790 mil para ambos).
Finalmente, trata-se do sétimo maior público de abertura no Brasil para um filme a estrear no mês de fevereiro. Neste ranking, Sonic perde apenas para os heróis da Marvel Pantera Negra e Deadpool (ambos tendo levado cerca de 1,7 milhão de pessoas aos cinemas em suas respectivas aberturas), a trilogia Cinquenta Tons (1,64 milhão para o primeiro, 1,46 milhão para o segundo e 1,19 milhão para o terceiro) e Bob Esponja: Um Herói Fora D’Água (880 mil).
Com as crianças retornando às aulas, o mês de fevereiro não é exatamente conhecido por abrigar as estreias de longas infantis de grande orçamento. No entanto, o longa anterior da esponja amarela resolveu comprar a aposta: Um Herói Fora D’Água estreou no início de fevereiro de 2015, beneficiou-se do Carnaval poucos dias depois e saiu de cartaz tendo levado 3,8 milhões de pessoas aos cinemas, a terceira animação mais assistida nas salas brasileiras daquele ano.
Até o momento, parece que a ideia de estrear bem no meio da volta às aulas, porém pouco antes do Carnaval, pode dar certo para Sonic. Uma performance similar à de Um Herói Fora D’Água o leva a sair de cartaz com um bom público de cerca de 3 milhões de pessoas, bem superior aos de Detetive Pikachu e Angry Birds (que não venderam nem 2 milhões de ingressos quando estavam nos cinemas).
Já uma performance mais parecida com a de Como Treinar o seu Dragão 3 seria ainda melhor para Sonic, levando-o a ótimos 3,52 milhões, praticamente ultrapassando Jumanji: Próxima Fase para tornar-se a segunda maior bilheteria brasileira para um filme que estreou em 2020 (logo atrás de Frozen II). Sim, a animação da DreamWorks estreou em janeiro, mas foi quando as férias já estavam acabando (de maneira a evitar uma confrontação direta com WiFi Ralph no início daquele mês), e de toda forma o longa enfrentou uma série de fortes concorrentes.
A hipótese mais pessimista seria um desempenho similar ao de Kung Fu Panda 3, que estreou em março, bem depois do Carnaval, e não conseguiu vender sequer 2 milhões de ingressos. Uma performance parecida daria a Sonic um público final de decepcionantes 1,78 milhão.
De toda forma, caso isso não ocorra e Sonic ultrapasse a marca dos 2,5 milhões de ingressos, ele e Jumanji: Próxima Fase (atualmente com um público de 3,23 milhões) serão os longas infantis de maior público no Brasil que não foram distribuídos pela Disney a estrearem desde o próprio Como Treinar o seu Dragão 3 (3,94 milhões), lá em janeiro de 2019. Nenhum dos outros filmes familiares afora os da Casa do Mickey (Aladdin, Toy Story 4, O Rei Leão, Malévola: Dona do Mal, Frozen II) que chegaram aos cinemas desde então conseguiram levar mais do que 2,5 milhões de pessoas aos cinemas. Turma da Mônica: Laços e Homem-Aranha no Aranhaverso tiveram públicos de pouco mais de 2 milhões de pessoas, enquanto Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2, A Família Addams e o próprio Detetive Pikachu alcançaram um público inferior a 2 milhões.
Isso só mostra a dominância absurda atingida pela Disney no ano passado, mas que não deverá repetir-se este ano, como mostram os sucessos de Próxima Fase e Sonic, bem como o gigantesco potencial de Trolls 2, mais um longa do Bob Esponja e, claro, Minions: A Origem de Gru. Já a Casa do Mickey terá que enfrentar tais concorrentes com o remake de Mulan e diversas animações originais: Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, Soul, Raya and the Last Dragon…
Falando nisso, Sonic, por um lado, terá a vantagem do feriado de Carnaval iniciando-se logo na próxima semana. Por outro, poucos dias depois ele precisará ceder salas e batalhar com a nova animação da Pixar Dois Irmãos. Será uma disputa interessante, afinal no Brasil os longas originais da Pixar, que não são continuações de suas franquias passadas, não costumam atingir públicos muito grandes. Afora os sucessos de quase duas décadas atrás (!) Procurando Nemo e Os Incríveis, a maior não sequência do estúdio é Divertida Mente, que não levou nem 3,8 milhões de pessoas aos cinemas.
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