Só nos cinemas, Free Guy: Assumindo o Controle tem boa estreia mundial

Estreando na liderança das bilheterias americanas, a comédia de ação Free Guy: Assumindo o Controle arrecadou bons US$ 28,4 milhões entre sexta e domingo. Trata-se da sétima maior abertura...

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Estreando na liderança das bilheterias americanas, a comédia de ação Free Guy: Assumindo o Controle arrecadou bons US$ 28,4 milhões entre sexta e domingo. Trata-se da sétima maior abertura do ano nos EUA, pouca coisa atrás dos US$ 31 milhões de Space Jam: Um Novo Legado – e, claro, acima dos US$ 26 milhões que O Esquadrão Suicida faturou em sua estreia na semana passada.

Free Guy foi distribuído pela Disney através de sua mais recente aquisição, a 20th Century Studios (antes conhecida como 20th Century Fox). Por conta de um antigo acordo de exclusividade com a HBO, a Casa do Mickey não pode mandar os filmes da antiga Fox direto para o seu serviço de streaming, o Disney+, conforme seus acionistas e atual CEO certamente prefeririam. Por isso, a estreia do filme é exclusiva dos cinemas ao menos pelos primeiros 45 dias.

Os números de abertura de Free Guy foram comemorados na imprensa americana por uma série de motivos. Em primeiro lugar, trata-se de um longa totalmente original, que não pertence a nenhuma megafranquia nem é remake, sequência ou prequel de alguma outra obra. Ele não é nem sequer uma adaptação de livro, quadrinho ou adaptação de algum brinquedo de parque (como é o caso de Jungle Cruise), mas sim um longa totalmente original, vendido apenas com sua curiosa premissa (o protagonista descobre que seu mundo é na verdade um jogo de videogame e ele é apenas um NPC) e com o star power de Ryan Reynolds.

Nos últimos tempos, tornou-se lugar comum dizer que o público atualmente só vai ao cinema para assistir aos novos capítulos de suas franquias preferidas: o MCU, o DCEU, Velozes e Furiosos, e por aí vai. Por isso, o único lugar para assistir longas originais tornou-se os serviços de streaming. No entanto, o sucesso de Free Guy mostra que o público está disposto a assistir na telona a filmes “não baseados em nada”, desde que tenham uma premissa atraente, boas críticas que enfatizem que o longa é divertido e merece ser visto, e, claro, o astro certo no papel certo.

Além disso, ao contrário dos recentes Space Jam: Um Novo Legado, Jungle Cruise e O Esquadrão Suicida, Free Guy não teve um orçamento gigantesco. Assim, ele não precisa ter bilheterias astronômicas (o que é impensável no momento) apenas para se pagar, diferentemente de seus concorrentes. 

Fora dos EUA, Free Guy arrecadou mais US$ 22,5 milhões em 41 mercados, um total dentro das expectativas do estúdio. Assim, seu total global foi de US$ 51 milhões no fim de semana. Ele ficou em primeiro lugar em uma série de países: Reino Unido, Rússia, Bélgica, Israel, Nova Zelândia, Cingapura, entre outros. 

A recepção positiva dos críticos deve fazer com que o longa tenha uma boa carreira pós estreia. Além disso, ele será a melhor opção de blockbuster para todas as idades ao menos até a estreia de Shang-Chi em setembro – e mesmo depois disso caso o filme da Marvel falhe em conquistar o público, tal como Viúva Negra. Por isso, a esperança da 20th Century Studios é que o boca a boca se traduza em bons números nas bilheterias. Ele chega aos cinemas nacionais na próxima quinta-feira, dia 19 de agosto.

Afora Free Guy, as bilheterias americanas tiveram as estreias de dois outros longas: o terror O Homem nas Trevas 2 e a biografia da cantora Aretha Franklin Respect. O primeiro abriu com US$ 10,6 milhões, bem abaixo dos US$ 26 milhões que o primeiro Homem nas Trevas faturou em seu primeiro fim de semana, em agosto de 2016. De toda forma, é um total decente para um longa de horror de baixo orçamento, acima do primeiro fim de semana de Escape Room 2: Tensão Máxima. 

Já a abertura de Respect não foi muito boa, apenas US$ 8,8 milhões, decepcionante considerando que seu orçamento foi de US$ 55 milhões. O longa, que traz uma elogiada performance de Jennifer Hudson como Franklin, vai precisar de muito boca a boca para compensar pela abertura mais fraca. 

Bilheteria EUA de 13/08 a 15/08