RECORDE? Previsões de bilheteria para Coringa são divulgadas!

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O mundo inteiro está curioso para a chegada do Príncipe Palhaço do Crime aos cinemas. Após a bem sucedida estreia de Coringa nos Festivais de Veneza e Toronto, o longa estrelado por Joaquin Phoenix já tem causado controvérsias por conta de seu conteúdo violento e perturbador, com muitos críticos alegando que o longa poderia inspirar crimes na vida real. Ainda assim, esta história de origem do vilão mais famoso do Batman (e talvez dos quadrinhos em geral) deve se sair bem o bastante nas bilheterias.

 

As estimativas oficiais da indústria de cinema hollywoodiana foram divulgadas a algumas semanas, e são bastante otimistas. O filme deve abrir entre US$ 65 milhões a US$ 80 milhões na bilheteria americana, com algumas estimativas mais otimistas chegando até os US$ 90 milhões. 

 

Caso o suspense inspirado no sinistro personagem da DC Comics fature mais do que US$ 80,2 milhões, então ele tomará para si o posto de maior abertura para o mês de outubro nos EUA – e, curiosamente, de outro vilão dos quadrinhos, Venom, que quebrou tal recorde no ano passado. Aliás, mesmo na hipótese mais pessimista Coringa ainda vai ser a terceira maior abertura para outubro nos Estados Unidos, atrás também do terror lançado no ano passado Halloween (US$ 76,2 milhões). Portanto, sim, os três maiores filmes a abrirem no mês das bruxas são protagonizados por alguns dos vilões mais sinistros já criados, o simbionte da Marvel, o insano palhaço da DC e o serial killer Michael Myers.

 

 

Além disso, Coringa certamente também entrará para outro clube privilegiado: o de maiores aberturar para um filme de censura R (que restringe a entrada de menores de 17 anos nos cinemas americanos) baseado em quadrinhos, e aliás para um filme de classificado como R em geral. 

 

Na pior das hipóteses, uma abertura de US$ 65 milhões seria a 14ª maior da história para um filme de censura mais restrita, a 3ª maior de 2019 (atrás apenas dos filmes de terror Nós e It: Capítulo 2) e a 5ª maior para um longa de censura R baseado em quadrinhos (perdendo para as duas aventuras solo do Deadpool, Logan e 300). Por outro lado, caso o longa fature mais do que US$ 83,8 milhões, vai também deixar para trás A Paixão de Cristo e se tornar uma das 10 maiores estreias para maiores da história. 

 

Finalmente, sendo bastante otimista, uma abertura acima dos US$ 92 milhões não apenas colocaria o longa à frente de Logan como a terceira maior abertura para um filme de censura R baseado em HQs (perdendo apenas para os dois Deadpool) como também seria a quarta maior para um longa em geral de censura mais restrita, atrás justamente das duas comédias do Mercenário Tagarela e do primeiro It: A Coisa – porém, superando outros dois colegas de Warner, Matrix Reloaded e o segundo longa de Pennywise.

 

 

No fim das contas, aparentemente as maiores aberturas da Warner em 2019 pertencerão a It: Capítulo 2 e Coringa, dois longas bastante violentos e restritos para maiores estrelados por palhaços assassinos. E isso justamente em um ano onde o estúdio lutou para atingir crianças e o público familiar através de longas como Shazam!, Pokémon: Detetive Pikachu e Godzilla II: Rei dos Monstros, sem alcançar o sucesso desejado. Todos esses longas foram esmagados pelos colossais blockbusters da Disney de 2019, como Vingadores: Ultimato e Aladdin, provando que, ao menos dentre os longas para todas as idades, simplesmente não houve adversário para a Casa do Mickey (com a exceção Homem-Aranha: Longe de Casa, que, embora tenha sido distribuído pela Sony e ultrapassado a bilheteria global de Capitã Marvel, ainda tenha sido produzido pela pertencente à Disney Marvel Studios).

 

Claro, todas essas estimativas são fruto da atenção que o filme vem gerando. Porém, é sempre bom ter em mente que este não é um longa de super-heróis comum. Não é uma comédia de ação histriônica como Deadpool 1 e 2, e nem um épico estilizado repleto de lutas como 300. Na verdade, Coringa aparentemente é mais parecido com Logan: ambos são dramas complexos e pesados que fazem um estudo de personagem acerca de figuras icônicas dos quadrinhos. No entanto, a diferença fundamental entre esses dois filmes é que o western estrelado por Hugh Jackman ao menos era protagonizado por uma figura “heroica”, que, apesar de suas falhas, ao menos tentava fazer o bem. Já o suspense estrelado por Joaquin Phoenix é centrado justamente numa figura cruel e violenta, que tira a sua alegria em causar dor, morte e destruição.

 

Por isso, apesar das previsões, é sempre bom ter duas coisas em mente. A primeira é que, apesar do falatório online, pode ser que a maior parte do público (você sabe, aqueles que não frequentam sites nerds diariamente para conferir as últimas notícias sobre o MCU) não esteja interessada em assistir a um longa perturbador que conta a história de origem de um dos vilões mais sinistros da história da cultura pop, portanto, segundo a hipótese de analistas como Paul Dergarabedian, o longa pode ter uma abertura mais na casa dos US$ 50 milhões. E a segunda é que, mesmo que o falatório online se traduza em uma abertura gigantesca, o conteúdo violento do filme pode levá-lo a despencar feito pedra nas semanas seguintes.

 

 

Veja o caso de Watchmen: O Filme, por exemplo. Antes de sua estreia, o longa de Zack Snyder que adapta a clássica graphic novel de Alan Moore gerou bastante controvérsia e interesse online, o que levou a uma abertura de US$ 55,2 milhões – na época, a 6ª maior da história para um longa de censura R, atrás apenas de Matrix Reloaded, A Paixão de Cristo, 300, Hannibal e Sex and the City: O Filme. No entanto, o longa, que é distópico, moralmente complexo e extremamente violento, falhou em atrair muita gente afora da bolha nerd, e ele acabou saindo de cartaz com apenas US$ 107,5 milhões nos EUA.

 

De toda forma, ao que parece Coringa será um dos longas mais discutidos da temporada do fim do ano. Será que isso vai se traduzir numa grande bilheteria? Acompanhe conosco para saber!