Por que Hellblade é uma boa representação de doenças mentais

Hellblade é um dos jogos de maior sucesso dos últimos anos. Sua equipe de desenvolvimento, Ninja Theory, fez um excelente trabalho ao lidar com temas delicados e complexos, como doenças mentais,...

REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
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Compartilhe: Diego Henrique
Publicado em 30/3/2022 - 03h17


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Hellblade é um dos jogos de maior sucesso dos últimos anos. Sua equipe de desenvolvimento, Ninja Theory, fez um excelente trabalho ao lidar com temas delicados e complexos, como doenças mentais, e o comprometimento por parte dos desenvolvedores não passou despercebido.

 

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Para tornar a condição da protagonista Senua mais precisa, os desenvolvedores consultaram especialistas reais que os ajudaram durante toda a produção de Hellblade. O jogo faz das doenças mentais um ponto focal, e foi crucial representá-las da melhor forma possível.

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O enredo de Hellblade explicado

Senua é uma guerreira que embarca em uma longa jornada para chegar a Helheim, o reino dos mortos na mitologia nórdica. Ela espera pedir à deusa Hela que ressuscite Dillion, seu falecido marido, e desde o início ela começa a ouvir vozes que ela chama de “Fúrias” que vão zombar dela, tentando desmoralizá-la. 

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Todas as vozes na cabeça de Senua criam mais ansiedade e medo dentro dela. Guiada pelo espírito de Druth, ela terá que enfrentar vários obstáculos que a colocam à prova, principalmente devido às vozes que estão constantemente presentes. Para acessar a ponte que leva ao palácio de Hela, Senua deve passar por dois testes. A primeira é a de Valravn, deus dos corvos e das ilusões. 

Durante esta reunião, o protagonista terá que observar e não se deixar enganar pelas ilusões de Valravn. A batalha segue um padrão bem específico, que não deixa margem para nenhum tipo de erro, principalmente na dificuldade máxima. Uma vez que Valravn é derrotado e seus selos abertos, Senua deve enfrentar Sutr, deus dos gigantes do fogo de Muspelheim. 

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Durante esta visão, Senua reviverá o ataque dos nórdicos que arrasaram sua aldeia e mataram seu marido. Ela deve então superar os quatro sifões de Odin, que colocam seus maiores medos à sua frente, assim como o fiel cão infernal de Hela, Garm – que guarda a cabeça de seu marido depois que Senua a perdeu. 

Assim que conseguir chegar a Hela, ela perceberá que toda a sua jornada estava em sua imaginação. Apesar disso, essa jornada a ajuda a superar a morte do marido e aceitar as visões não como uma maldição, mas como parte de si mesma.

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Hellblade e a psicose de Senua

Senua sofre de uma forma grave de psicose. A psicose é um transtorno psiquiátrico que leva à distorção da realidade, tendo alucinações e delírios e uma frequente falta de intuição. No período histórico em que Hellblade é situado, não havia conhecimento de tais doenças e, portanto, ela e todos os aldeões pensaram que era algum tipo de maldição dos deuses. 

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A única que não pensava assim era a mãe de Senua, que via as vozes como uma benção. Para melhor representar a psicose, a Ninja Theory consultou vários especialistas que participaram de todo o processo de desenvolvimento, incluindo a organização sem fins lucrativos Wellcome Trust, especializada no financiamento de pesquisas biomédicas. 

Todo o processo que levou à criação de Hellblade está descrito em um documentário. Embora disponível desde o início, é aconselhável que os jogadores o vejam somente após completarem a jornada de Senua, pois há vários spoilers incluídos. Neste documentário, os desenvolvedores falam sobre como Hellblade nasceu. 

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A aposta da Ninja Theory, que definiu como um título AAA independente, foi um sucesso suficiente para que uma sequência, Hellblade 2, esteja em andamento. Mesmo na sequência, o transtorno mental de Senua estará presente e continuará a assombrar a jovem heroína. No entanto, ao contrário de antes, ela estará bem ciente de sua situação.

Mas e você, quais seus pensamentos sobre tudo isso? Não esqueça de comentar em nossas redes sociais!

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Créditos: Gamerant



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