Jungle Cruise estreia com US$ 62 milhões na bilheteria mundial
A nova aventura da Disney baseada em um dos brinquedos em seus parques e estrelada por Dwayne “The Rock” Johnson e Emily Blunt, Jungle Cruise, chegou aos cinemas e...
A nova aventura da Disney baseada em um dos brinquedos em seus parques e estrelada por Dwayne “The Rock” Johnson e Emily Blunt, Jungle Cruise, chegou aos cinemas e streaming no último fim de semana. O longa arrecadou US$ 34,2 milhões nos EUA e US$ 62 milhões globalmente, junto com mais US$ 30 milhões de vendas no Disney+.
Na bilheteria americana, foi um resultado acima do que a indústria esperava e similar ao de outros longas protagonizados por Johnson, como Rampage: Destruição Total (US$ 35,7 milhões) e Jumanji: Bem-Vindo à Selva (US$ 36,2 milhões entre sexta e domingo e US$ 72 milhões entre quarta e segunda durante o Natal de 2017). Foi também uma estreia superior à de outros longas vendidos apenas com o star power de The Rock, como Arranha-Céu: Coragem sem Limites (US$ 25 milhões), Viagem 2: A Ilha Misteriosa (US$ 27 milhões) e Hércules (US$ 30 milhões). Para Emily Blunt, foi uma abertura abaixo dos dois Um Lugar Silencioso, porém acima de No Limite do Amanhã (US$ 28 milhões), o qual ela protagonizou com Tom Cruise.
São dois artistas de sucesso e Jungle Cruise foi vendido apenas com base no carisma e química da dupla. Considerando isso, e os diversos desafios que o longa enfrentou (como a ameaça da pandemia crescendo mais uma vez nos EUA, as críticas medianas), trata-se de uma abertura decente, acima de outros candidatos a blockbuster de 2021 (como Godzilla vs Kong, Space Jam: Um Novo Legado, Invocação do Mal 3 e Mortal Kombat).
Enfim, os números do longa foram os melhores possíveis dadas as atuais condições. Porém, isso pode não ser o suficiente para que ele seja lucrativo para a Disney. Afinal, o estúdio desembolsou nada menos que US$ 200 milhões para a produção de Jungle Cruise, isso fora os gastos com marketing.
Jungle Cuise é um sucesso para a Disney?
Ou seja, se quiser ser lucrativo, Jungle Cruise terá que arrecadar no mínimo US$ 600 milhões (!) ao redor do planeta. Claro, a renda adicional do Disney+ pode ajudar, mas ainda assim seria um desafio chegar nesse montante.
É um erro comum que a Casa do Mickey insiste em cometer: investir orçamentos gigantescos em projetos arriscados cujas perspectivas de bilheteria não são o suficiente para cobrir os custos e dar lucro. John Carter, por exemplo, arrecadou US$ 283 milhões globalmente, pouco acima dos US$ 260 milhões que precisou para ser feito. No ano seguinte, O Cavaleiro Solitário faturou US$ 260 milhões, o que, a um custo de US$ 220 milhões, gerou um prejuízo enorme para a Disney. Finalmente, em 2015 os US$ 200 milhões faturados por Tomorrowland não foram o suficiente para ser lucrativo, a um custo de US$ 170 milhões.
Em comparação, a Disney agiu de maneira bem mais responsável em 2003, quando lançou Piratas do Caribe: A Maldição do Pérola Negra. Sabendo que filmes de piratas eram projetos arriscados, o estúdio gastou “apenas” US$ 130 milhões com a primeira aventura de Jack Sparrow. Depois que o longa se provou um sucesso (US$ 654 milhões globalmente), aí sim a Disney pôde gastar mais com a continuação (que custou US$ 220 milhões e faturou mais de US$ 1 bilhão).
Os novos longas que chegarão nas semanas seguintes são em sua maioria voltados para adultos (como O Esquadrão Suicida e uma série de filmes de terror). Assim, Jungle Cruise poderia ter uma carreira pós-estreia tão decente quanto a de Rampage ou Viagem 2 por ser o único filme de quatro quadrantes em cartaz e possivelmente bater a marca dos US$ 100 milhões nos EUA e US$ 300 milhões mundialmente. Porém, o fato de também ter sido lançado no streaming fará muitas pessoas que poderiam ter comprado um ingresso a simplesmente baixar o torrent na internet, o que vai limitar suas perspectivas na bilheteria tal como aconteceu com Viúva Negra.
Jungle Cruise 2 vem aí?
A gastança desenfreada da Disney com projetos arriscados faz com que seja quase impossível para eles serem lucrativos, e a insistência do estúdio em lançar projetos simultaneamente no Disney+ está prejudicando não só a própria Casa do Mickey mas também os artistas que trabalharam nesses longas (vide o caso Scarlett Johansson) e a indústria do entretenimento em si.
Bilheterias EUA de 23/07/2021 a 25/07/2021
# | Filme | Distribuidora | Semana | Bilheteria no fim de semana | % da queda em relação à semana anterior | Bilheteria total |
1 | Jungle Cruise | Walt Disney | 1 | $34.181.000 | – | $34.181.000 |
2 | O Cavaleiro Verde | A24 | 1 | $6.784.000 | – | $6.784.000 |
3 | Tempo | Universal | 2 | $6.760.000 | -60% | $30.613.255 |
4 | Viúva Negra | Walt Disney | 4 | $6.426.000 | -45% | $167.066.862 |
5 | Stillwater | Focus | 1 | $5.120.000 | – | $5.120.000 |
6 | Space Jam: Um Novo Legado | Warner Bros. | 3 | $4.265.000 | -55% | $60.739.000 |
7 | Snake Eyes: G.I. Joe Origens | Paramount… | 2 | $4.000.000 | -70% | $22.282.544 |
8 | Velozes & Furiosos 9 | Universal | 6 | $2.650.000 | -45% | $168.544.615 |
9 | Escape Room 2: Tensão Máxima | Sony Pictures | 3 | $2.200.000 | -37% | $20.551.732 |
10 | O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família | Universal | 5 | $1.300.000 | -55% | $53.467.240 |