Gato de Botas 2 alcança US$ 400 milhões na bilheteria global
Gato de Botas 2 é um dos raros filmes infantis lançados após o início da pandemia a cruzar a marca dos US$ 400 milhões na bilheteria.
Compartilhe: Tiago
Publicado em 16/2/2023 - 04h44
Novo filme da DreamWorks Animation distribuído pela Universal, Gato de Botas 2: O Último Pedido chegou a US$ 401,5 milhões nas bilheterias globais, segundo o Deadline. Deste total, US$ 160,1 milhões vem do mercado doméstico, composto pelos EUA e Canadá, e US$ 241,4 milhões dos outros países que receberam o longa.
A animação indicada ao Oscar deverá superar nos próximos dias os totais de Uncharted (US$ 401,8 milhões), Sonic 2 (US$ 402,7 milhões) e Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore (US$ 407 milhões), tornando-se um dos top 10 filmes hollywoodianos lançados em 2022 nas bilheterias.
Além disso, Gato de Botas 2 é apenas o quarto filme voltado para o público infantil e lançado após o início da pandemia a cruzar a marca dos US$ 400 milhões na bilheteria global. Os outros três são os também distribuídos pela Universal Minions 2: A Origem de Gru (US$ 940 milhões) e Sing 2 (US$ 413 milhões), bem como o citado Sonic 2.
E qual é o traço em comum desses quatro filmes? Simples: o numeral 2 em seus títulos, que indica que todos são sequências. E, excluindo a segunda aventura do ouriço da SEGA, suas respectivas “partes 1” saíram há mais de cinco anos e faturaram mais do que suas sequências (o primeiro Gato de Botas foi lançado em 2011 e arrecadou US$ 555 milhões globalmente; Minions saiu em 2015 e faturou US$ 1.160 bilhão; e o primeiro Sing estreou em 2016 arrecadando US$ 634 milhões). Isso comprova o quão mais saudável era o mercado para animações infantis antes da Covid, e o quanto esse nicho ainda precisa se recuperar.
Ainda assim, por mais que O Último Pedido, A Origem de Gru e o segundo Sing não tenham alcançado seus predecessores, seus números são o bastante para distanciá-los de qualquer outro filme pós-pandêmico para crianças que não sejam sequências. Longas originais como Encanto (US$ 257 milhões) e Os Caras Malvados (US$ 250 milhões) até tentaram, mas não conseguiram alcançar nem os US$ 300 milhões. O primeiro só se tornou um sucesso quando foi lançado no streaming e o segundo pode não ter quebrado recordes, mas seu bom desempenho com a crítica faz desta uma nova franquia que a DreamWorks pode explorar.
Dito isso, o verdadeiro teste se as famílias da década de 2020 ainda levam seus filhos para ver animações que não sejam sequências no cinema ocorrerá este ano. O aguardado Super Mario Bros: O Filme está numa posição interessante: pode não ser nenhuma continuação, mas é parte de uma marca famosíssima em todo o mundo e faz da nostalgia pelos jogos da Nintendo grande parte de seu marketing. Portanto, é mais fácil de ser vendido pela Universal do que um Os Caras Malvados da vida.
Já Elementos e Wish são as grandes apostas animadas da Disney para este ano, representando o retorno da Casa do Mickey ao lançamento exclusivo nos cinemas de desenhos originais após as estreias no streaming de Luca e Red: Crescer é uma Fera.
Se desempenharem bem, as crianças da atual geração continuarão a ter opções que sejam caras novas e não apenas sequências de sucessos passados para ver no cinema. Se não… bom, aí talvez a Disney irá preferir lançar na telona apenas sequências de Toy Story, Frozen e Zootopia.
Continue ligado no Legado Plus!