Frozen 2 marca a maior estreia da história para uma animação no Brasil!

Depois de Frozen: Uma Aventura Congelante ter virado mania entre crianças nascidas entre o final da década de 2000 e o início da de 2010, e de sua continuação...

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 9/1/2020 - 11h07


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Depois de Frozen: Uma Aventura Congelante ter virado mania entre crianças nascidas entre o final da década de 2000 e o início da de 2010, e de sua continuação ter conquistado números simplesmente inacreditáveis nos Estados Unidos e no mundo, era de se imaginar que, no Brasil (que não vê um filme infantil minimamente grande desde Malévola: Dona do Mal e A Família Addams em novembro), o longa seria gigantesco.

 

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Ainda assim, Frozen II conseguiu surpreender até mesmo os analistas mais otimistas.

 

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O longa estreou na quinta-feira passada nas salas nacionais arrecadando R$ 35,6 milhões e levando mais de 2 milhões de pessoas aos cinemas. Com isso, o filme é agora um dos 17 únicos a arrecadar mais de R$ 30 milhões em um único fim de semana, e um dos 14 a vender mais de 2 milhões de ingressos, também apenas na estreia. E, se você optar por não considerar o remake de O Rei Leão (que abriu com R$ 68,3 milhões e 3,75 milhões de ingressos em julho passado) uma animação, então sim, isso faz de Frozen II a maior abertura da história para um desenho animado. Desconsiderando a versão em live action (?) do épico de Simba e Mufasa, o recordista anterior também era recente: Toy Story 4, que estreou em junho de 2019 no país vendendo 1,95 milhão de ingressos e arrecadando R$ 35 milhões (R$ 540 mil a menos do que Frozen II).

 

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Mas mesmo quando comparado com outros longas em live action a estreia da segunda aventura de Anna e Elsa é impressionante: trata-se do 11º maior faturamento de estreia desde que o real tornou-se a moeda oficial do país em 1994, bem como o segundo maior para um longa voltado especificamente para famílias com crianças pequenas, atrás de O Rei Leão – os outros são filmes de heróis da Marvel e da DC, que foram considerados inadequados para menores de 12 anos, e os dois últimos Velozes & Furiosos, que receberam classificação 14 anos.

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Quanto aos ingressos vendidos, o filme obteve o 14º maior público de abertura da história, superando por muito pouco (menos de 14 mil ingressos) o obtido pelo remake de A Bela e a Fera em 2017. Ou seja, trata-se do segundo maior público de estreia para um filme infantil/familiar, novamente atrás de O Rei Leão, porém superando a versão de 2017 do clássico musical sobre a jovem Bela e o príncipe transformado em Fera (Toy Story 4 superou o faturamento de estreia de A Bela e a Fera, mas não o público).

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Finalmente, Frozen II é também o 7º longa a não pertencer ao gênero dos filmes de quadrinhos a vender mais ingressos em seu primeiro fim de semana, logo atrás de O Rei Leão, os Velozes 7 e 8, os blockbusters religiosos da Record Os Dez Mandamentos e Nada a Perder, e o encerramento da Saga Crepúsculo, Amanhecer – Parte 2.

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Falando nos onipresentes longas de heróis, de longe o gênero mais popular entre o público brasileiro, vale ressaltar que Frozen II obteve uma bilheteria de abertura maior, tanto no número de ingressos vendidos quanto em faturamento, do que monstros de bilheteria do calibre de Liga da Justiça (R$ 32,6 milhões/1,88 milhão de ingressos), Pantera Negra (R$ 31 milhões/1,73 milhão), Coringa (R$ 29,5 milhões/1,72 milhão), Aquaman (R$ 28,5 milhões/1,6 milhão), Thor: Ragnarok (R$ 26,6 milhões/1,53 milhão), todos os filmes do Deadpool (o primeiro abriu com R$ 25,1 milhões e 1,7 milhão de ingressos) e do Homem-Aranha (o maior dos quais é De Volta ao Lar, que estreou com um público de 1,72 milhão e R$ 30 milhões de bilheteria) e o primeiro Os Vingadores (R$ 21,7 milhões e 1,64 milhão de ingressos).

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Na realidade, os únicos longas de heróis que levaram mais pessoas aos cinemas na estreia do que Frozen II foram cinco da Marvel e dois da DC: os três últimos longas dos Vingadores, Capitã Marvel e Guerra Civil para a Casa das Ideias; Batman vs Superman e Esquadrão Suicida para a empresa que adora um lançar filmes de quadrinhos sombrios e realistas.

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Quando o primeiro Frozen chegou ao Brasil, em janeiro de 2014, ele já era tido como não apenas uma animação qualquer da Disney, mas sim um fenômeno que havia conquistado crianças em incontáveis países desde novembro do ano anterior. Assim, o longa levou 680 mil pessoas aos cinemas e arrecadou R$ 9,65 milhões em seu primeiro fim de semana, no que foi na época a maior estreia de uma animação da Disney no Brasil, superando Enrolados (632 mil ingressos vendidos e R$ 7,62 milhões de faturamento em janeiro de 2011). Tal como no restante do globo, a premiada primeira aventura de Anna, Elsa e o boneco de neve Olaf teve excelente boca a boca, saindo de cartaz com R$ 48,5 milhões de arrecadação e pouco mais de 4 milhões de ingressos vendidos – o maior público para um desenho da Disney (excluindo os da Pixar) desde nada menos que O Rei Leão, lançado 19 anos antes. 

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Três anos depois, Frozen foi eventualmente superado por Moana, tanto na bilheteria de estreia (950 mil ingressos e R$ 15 milhões) quanto na final (5,15 milhões de pagantes e R$ 71,6 milhões de faturamento). Mas aí é que está: embora o primeiro Frozen tenha sido obviamente bem sucedido, sua carreira não acabou quando o longa deixou os cinemas, encontrando grande longevidade conforme crianças assistiam ao filme várias e várias vezes seguidas em casa. Isso consolidou seu status como clássico de uma geração da mesma forma que O Rei Leão nos anos 1990, o que beneficiou várias animações posteriores da Disney, incluindo o próprio Moana (a primeira princesa Disney a estrear depois de Elsa) e, obviamente, Frozen II

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Aliás, Frozen se tornou uma marca tão valiosa que pode-se argumentar que uma parte da bilheteria conquistada por Cinderela em 2015 se deveu em parte ao curta estrelado por Olaf exibido antes do longa, ao passo em que vários “Frozen do Paraguai” (como a animação russa O Reino Gelado) conquistaram certo público, provavelmente de tios ou avós que não souberam diferenciar o original da Disney de outros longas estrangeiros.

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Então sim, para muitas crianças Frozen II será o filme a ser batido das férias de janeiro. Dito isso, como o longa desempenhará? A pior das hipóteses seria um desempenho similar ao de Toy Story 4, mas não creio que esta seja muito provável devido à circunstâncias que afetaram o quarto longa dos brinquedos. Sim, sua estreia foi gigantesca, porém o longa nas semanas seguintes precisou competir com Turma da Mônica: Laços, Homem-Aranha: Longe de Casa e O Rei Leão, o que afetou sua performance posterior à abertura (o longa estreou com um público maior que o de Procurando Dory e saiu de cartaz tendo vendido menos ingressos que o segundo filme da peixinha esquecida). Já Frozen II vai competir nestas férias com Jumanji: Próxima Fase e Um Espião Animal pela atenção da criançada (e pela carteira de seus pais), porém imagino que estes serão adversários menos fortes do que os de Toy Story 4.

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No ano passado, WiFi Ralph: Quebrando a Internet quebrou o recorde de abertura de Moana e tornou-se a primeira animação da Disney (sem contar as da Pixar) a vender mais de 1 milhão de ingressos em um fim de semana. No entanto, a competição por filmes familiares em janeiro passado foi ainda mais forte que o comum, com Ralph e Vanellope precisando disputar sua audiência com Homem-Aranha no Aranhaverso, Dragon Ball Super: Broly e Como Treinar o seu Dragão 3, levando WiFi Ralph a encerrar sua carreira com um público de 4,37 milhões de pessoas, menor que o de Moana. Mas, novamente, este ano Frozen II será mais forte do que a segunda aventura do Detona Ralph, e seus competidores não tão numerosos e fortes.

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Dessa forma, a comparação mais exata (ainda que não tão precisa) que podemos estabelecer é com A Bela e a Fera que, levando em consideração o gigantismo de seus números, ainda precisou enfrentar um concorrente relativamente forte entre filmes infantis na terceira semana tal como Frozen II precisará fazer com o novo Jumanji (no caso do blockbuster de 2017, a animação da DreamWorks O Poderoso Chefinho). Assim, caso Frozen II desempenhe como A Bela e a Fera, sai de cartaz com 8,36 milhões de ingressos vendidos, pouco acima do próprio romance estrelado por Emma Watson (8,3 milhões) e de Procurando Dory (8,1 milhões).

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Mas e se a força de Frozen II na realidade acabar sendo ruim para Jumanji 3? E se o musical da Disney esmagar o concorrente da mesma maneira impiedosa com que Procurando Dory massacrou A Era do Gelo: O Big Bang em julho de 2016? Nesse caso, performances similares às de Moana e Dory levam o longa a sair de cartaz com 10,9 milhões de ingressos, ficando pouco atrás de Os Vingadores (10,92 milhões) para ser o 10º maior público da história.

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Na melhor das hipóteses, nem Frozen II prejudica Jumanji 3, e nem o contrário, tal como o bom desempenho de Hotel Transilvânia 3 em julho de 2018 não atrapalhou a inacreditável performance de Os Incríveis 2. Assim, um desempenho pós-estreia parecido com o do primeiro Frozen leva sua continuação aos 12 milhões de ingressos, enquanto um mais similar ao do segundo filme da família heroica o leva até um público final de 13 milhões.

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Inacreditável? Sim. Improvável? Creio que não. Novamente, a força da marca Frozen entre as crianças deve fazer a diferença quando chegar a hora do embate com seus concorrentes.

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Em todo caso, creio que, desconsiderando o controverso remake de O Rei Leão, o posto de Os Incríveis 2 como maior bilheteria brasileira para uma animação (R$ 145 milhões de faturamento e 9,89 milhões de ingressos vendidos) corre sério risco. Mas vamos ver como o longa irá se sair nas próximas semanas.

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