[CRÍTICA] Velozes e Furiosos 9: Quanto mais mentiroso, mais perfeito fica

Velozes e Furiosos 9 enfim está entre nós! Sempre que um novo filme da Saga dos Velozes e Furiosos é lançado, surgem sempre os mesmos comentários e reações. Dividindo...

Velozes e Furiosos 9 ganha nova data no Brasil
REPRODUÇÃO/DIVULGAÇÃO
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Compartilhe: Elvis de Sá
Publicado em 25/6/2021 - 17h40


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Velozes e Furiosos 9 enfim está entre nós! Sempre que um novo filme da Saga dos Velozes e Furiosos é lançado, surgem sempre os mesmos comentários e reações. Dividindo entre os que não pensam duas vezes antes de ir conferir a nova aventura de Toretto e família. E aqueles que abominam a extensa franquia. Já que as críticas que mais vemos é que a franquia se perdeu e os exageros dos filmes são intoleráveis.

Tipo de discussão que mantém viva as discussões entre o ‘cinema refinado’ e os blockbusters. Mas a essa altura, com os dois últimos filmes ultrapassando a marca de 1 bilhão de dólares, é impossível negar o porque da franquia ainda agradar tanta gente e ainda ser rentável.

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E depois de bons adiamentos provocados pelo coronavírus desde 2020, Velozes e Furiosos 9 (estilizado em inglês no estiloso e simples título de F9) chega aos cinemas brasileiros. Seja a consequência dos tempos em que vivemos, ou o fato de estarmos acompanhando esses personagens há tanto tempo, mas uma coisa é inegável.

O filme dirigido por Justin Lin (retornando à franquia após 8 anos) é EXATAMENTE aquilo que os fãs de entretenimento precisam nesse momento. Se a Saga Velozes já brincava de comunicar-se diretamente com seus fãs e explorar cada vez mais o absurdo e total ignorância das leis da física, Velozes 9 é o que parece ser o auge e culminação de décadas de histórias, perseguições, corridas e coisas impossíveis.

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O melhor casal dos cinemas em 2021? Com certeza.

A trama segue a premissa básica de espionagem dos filmes anteriores, com vilões em busca de algo com poder de destruir ou mudar o mundo, que estão ali só para justificar o giro da trama ao redor do planeta (e fora dele). É simples, direto ao ponto, e até mesmo os diálogos mais expositivos não incomodam.

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O roteiro brinca de ser sério quando acha que tem que ser, mas de um jeito tão debochado (consciente ou não) que te deixa ainda mais no clima para a sequência de absurdos que você verá. E a química e empolgação é tão notável em todos ali, que o único defeito é a longa duração.

Mas que tenta se justificar (e até compensa) devido ao fato de que TODA sequência de ação é feita no capricho. Não há um set-piece feito de qualquer jeito e que pareça existir apenas para preencher lacunas.

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É exagerado, mas há uma graciosidade em ver o quanto essas sequências são uma aula de efeitos práticos e não uma superficialidade de CGI, algo que não é muito praticado nesses blockbusters. Portanto, o retorno de Justin Lin é um alívio para a franquia e motivo de muita expectativa para seus filmes finais.

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Ninguém nunca imaginaria nesses dois como irmãos… Mas deu certo!

O elenco é o de sempre, com Vin Diesel disparando mais frases de efeito que o comum, mas a sua má-atuação como Toretto é até graciosa. E é uma prova ainda maior de que esse filme foi feito PARA os fãs, já que temos o retorno de Han, que vimos morrer em Velozes e Furiosos 6.

Assim como o retorno de Sean, o protagonista do amado ‘Desafio em Tóquio‘. A surpresa mesmo se dá pelo fato que John Cena, mesmo interpretando inicialmente um vilão genérico, se desenvolve bem e é um nome que gostaríamos de ver mais nos próximos fimes.

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Outro mérito é que as sequências de flashback, mostrando a juventude de Toretto, seu pai e seu irmão, são realmente boas e não um melodrama barato para tentar extrair alguma história a mais do personagem que está na estrada há tanto tempo.

E todos os parabéns do mundo para quem pensou em colocar Finn Cole (o Michael de Peaky Blinders) como uma versão jovem do John Cena, trazendo uma semelhança assustadora de fancast que ninguém havia pensado antes. E parabéns a Vinnie Bennett por uma ótima imitação de Vin Diesel.

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Resumindo? Ressalte qualquer defeito, erro de roteiro ou ideia que não faz sentido, é a habilidade de tirar sarro da própria cara que torna Velozes e Furiosos 9 uma experiência definitiva para um 2021 de reconstrução. Poder ver um filme que é simplesmente sobre diversão, na volta aos cinemas para muitos brasileiros, é o que mantém a família de Toretto firme e forte.

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Tem coisa melhor do que ver um carro atropelando algo no espaço e poder rir desse absurdo com seus amigos? Por enquanto… não!

NOTA (Porque sabemos que vocês gostam): 8,5/10

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