Coringa já vendeu mais ingressos que Logan, Ragnarok e Deadpool no Brasil!

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Tal como nos EUA, aqui no Brasil Coringa precisou ceder a liderança da bilheteria do fim de semana para Malévola: Dona do Mal. Mas foi uma disputa apertada: por muito pouco, o palhaço homicida da DC não alcançou o número de ingressos vendidos pela sequência estrelada por Angelina Jolie neste fim de semana, apesar de Coringa estar na terceira semana e Dona do Mal na primeira.

O vilão mais sinistro de Gotham City vendeu mais 991 mil ingressos nesta semana e faturou mais R$ 17,7 milhões. No total, o longa já vendeu 6,55 milhões de ingressos na bilheteria nacional, obtendo um faturamento de incríveis R$ 105 milhões neste curto período em cartaz.

Em apenas três semanas, Coringa já entrou para o ranking dos 30 maiores faturamentos em reais da história do Brasil. Até o último domingo, ele estava colado em Homem-Aranha: Longe de Casa, que saiu de cartaz com R$ 106,5 milhões, porém já deve tê-lo ultrapassado enquanto você lê estas palavras. De toda forma, a violenta história de origem do vilão encerrou seu terceiro fim de semana como a 15ª maior bilheteria para um longa de super-heróis.

Sim, eu sei que não há um único “super-herói” no filme, então talvez o termo mais correto seria “longa que se passa num universo ficcional relacionado a super-heróis”? Não, muito complicado. Talvez a expressão mais correta para designar Coringa seja “adaptação de quadrinhos”, que exclui Os Incríveis 2. Neste ranking, portanto, o filme dirigido por Todd Phillips ocupa a 14ª posição.

Entre os filmes da DC e, aliás, da Warner em geral (que nunca conseguiu lançar um filme no Brasil que não fosse relacionado à editora do Batman e arrecadasse mais do que R$ 100 milhões), Coringa por enquanto ocupa a 6ª posição. Mas até a próxima semana, caso ele não perca muito o ritmo (e nada indica que isso vá ocorrer), Arthur Fleck já deverá ter ultrapassado as bilheterias nacionais não apenas de Mulher-Maravilha (R$ 109,7 milhões) mas de Esquadrão Suicida também (R$ 118 milhões). 

Aliás, a não ser que surja nas próximas semanas algum longa que roube a atenção de Coringa (e não me parece que Zumbilândia: Atire Duas Vezes, Downton Abbey: O Filme, O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio e A Família Addams vão ter essa capacidade), ele tem uma chance gigantesca de ultrapassar os R$ 140 milhões de Aquaman e se tornar a maior bilheteria da DC e da Warner no Brasil.

Já quanto aos ingressos vendidos, Coringa já é o 18º “longa que se passa num universo ficcional relacionado a super-heróis” (viu como esse termo é exageradamente longo e pouco prático?) e a 17ª adaptação de quadrinhos – novamente excluindo Os Incríveis 2, que aliás é o filme de super-heróis que não tem a palavra “Vingadores” no título mais assistido da história no Brasil. Como diz o título dessa análise, o palhaço já deixou para trás outros sucessos passados de super-heróis, incluindo Thor: Ragnarok (6,37 milhões) e os também proibidos para menores de idade Logan (6,43 milhões) e Deadpool (6 milhões). 

Entre os filmes da DC, o palhaço homicida ocupa por enquanto também a sexta posição, atrás de Liga da Justiça (8,65 milhões de ingressos), Batman vs Superman (8,63 milhões), Aquaman (8,6 milhões), Esquadrão Suicida (7,89 milhões) e Mulher-Maravilha (7 milhões). Da Warner, o longa é por enquanto o 8º mais assistido, atrás dos longas mencionados do DCEU e também dos clássicos dos anos 1970 O Exorcista (8,1 milhões) e Inferno na Torre (10,3 milhões).

No entanto, já está bem óbvio que o elogiado drama de suspense estrelado por Joaquin Phoenix vai subir mais um monte de degraus (e não descê-los dançando, como o personagem faz no filme) nesses rankings. Afinal, mesmo com a estreia de um novo blockbuster da Disney, Coringa continua extremamente forte nas bilheterias brasileiras. Ele obteve o 9º maior terceiro fim de semana da história no país, superando por pouco Mulher-Maravilha (que vendera 989 mil ingressos na ocasião) e portanto sendo o maior da história da DC. Na realidade, seu terceiro fim de semana foi pouco menor do que o de monstros de bilheteria como Vingadores: Era de Ultron (pouco mais de 1 milhão de ingressos) e Capitão América: Guerra Civil (1,06 milhão).

Sua queda entre a semana passada e esta foi de 35%, o que é decente para um longa de quadrinhos com uma bilheteria dessas proporções. Claro, Mulher-Maravilha na realidade atingiu o feito raro de fazer números maiores na terceira semana do que na segunda, e Aquaman caiu apenas 14% em seu terceiro fim de semana, mas nenhum deles enfrentava um longa que veio a estrear tão bem quanto Dona do Mal. 

Dito isso, a não ser que o filme sofra uma queda nunca antes vista entre longas de quadrinhos a partir da terceira semana, Coringa vai se tornar o quarto filme da DC a vender mais de 8 milhões de ingressos no Brasil, um feito impressionante. Na pior das hipóteses, ele encerra sua carreira com um público entre 8,2 milhões e 8,5 milhões, pouca coisa abaixo de Aquaman. Um desempenho parecido com o de Era de Ultron pós-terceira semana o leva a sair de cartaz com incríveis 8,8 milhões, com o vilão derrotando a Liga da Justiça inteira (!) para se tornar o filme da DC de maior público da história (!!). Finalmente, uma performance similar à de Mulher-Maravilha, que não é totalmente impossível, leva Coringa a sair de cartaz com um público de 9,66 milhões de ingressos, pouco acima dos 9,63 milhões de Guerra Civil.

Sim, o Coringa derrotaria não apenas a Liga da Justiça como também os Vingadores. É ou não o vilão mais terrível da história dos super-heróis?

Bilheteria Brasil de 10/10/2019 a 13/10/2019: