Aves de Rapina se segura firme na bilheteria americana

Finalmente! Após três semanas de fraca performance nas bilheterias, posso dizer que Aves de Rapina teve um fim de semana decente (ainda que não totalmente incrível) nas bilheterias. Na...

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Compartilhe: Tiago
Publicado em 2/3/2020 - 18h51


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Finalmente! Após três semanas de fraca performance nas bilheterias, posso dizer que Aves de Rapina teve um fim de semana decente (ainda que não totalmente incrível) nas bilheterias.

Na América do Norte, a comédia de ação da DC arrecadou mais US$ 4,1 milhões. No total, o longa possui quase US$ 79 milhões em faturamento na bilheteria americana após quatro semanas em cartaz.

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De um lado, sim, é constrangedor para o longa que Bad Boys para Sempre, exibido em menos salas do que Aves de Rapina (2708 para o filme estrelado por Will Smith e Martin Lawrence contra 3124 para a Arlequina e suas amigas) e em cartaz há bem mais tempo que o concorrente, tenha arrecadado mais (US$ 4,3 milhões) neste fim de semana do que as anti-heroínas de Gotham City. É um sinal que Bad Boys para Sempre obteve surpreendente vitalidade nas bilheterias, permanecendo relevante mesmo passado mais de um mês de sua estreia, e uma situação similar à Jumanji: Próxima Fase ultrapassando (de maneira humilhante) o bem maior Star Wars: A Ascensão Skywalker nas bilheterias do fim de semana, a despeito do primeiro ter estreado uma semana antes do segundo. 

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Dito isso, Aves caiu apenas 40% em comparação com a semana anterior. Pode parecer muito, mas é uma queda na quarta semana bem similar às de outros blockbusters que também estrearam em fevereiro em anos anteriores, como Protegendo o Inimigo (32,3%), Hannibal (36,2%) e Caçadores de Obras-Primas (37,5%). Além disso, Aves despencou menos que o longa com o qual vinha mais se assemelhando até então, John Wick: Um Novo Dia para Matar, que caiu 48,6% na quarta semana e desde então teve uma performance inferior à dos longas citados que caíram menos pós-quarta semana.

Isso porque, na quarta semana do segundo John Wick, já estávamos entrando no mês de março, que naquele ano de 2017 foi repleto de blockbusters: Logan, Kong: A Ilha da Caveira, A Bela e a Fera… todos filmes grandes que tomaram muitas salas de Um Novo Dia para Matar. Por outro lado, Protegendo o Inimigo foi capaz de se segurar em meio a um quase tão forte mês de março de 2012, que incluiu O Lorax, John Carter: Entre Dois Mundos, Anjos da Noite, Projeto X: Uma Festa Fora de Controle e a poderosa estreia de Jogos Vorazes (na época a terceira maior da história). Provavelmente por ser o único filme adulto em meio a um oceano de longas para crianças, adolescentes e jovens.

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Por isso, tudo vai depender de como Aves de Rapina conseguir se segurar agora em março, um mês que incluirá filmes familiares (Dois Irmãos, Mulan) e adultos (O Caminho de Volta, Um Lugar Silencioso – Parte II), mas que eu particularmente creio que será menos tumultuado que os de anos anteriores. 

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Uma performance pós-quarta semana similar à de Protegendo o Inimigo ou Hannibal levam Aves a sair de cartaz com US$ 91 milhões, pouco abaixo dos US$ 92 milhões do segundo John Wick. Já uma mais parecida com a de Caçadores de Obras Primas faz Aves chegar aos US$ 93 milhões, que é o melhor que o filme pode esperar de agora em diante. Afinal, tal longa estreou em fevereiro de 2014 e logo pegou um março particularmente fraco, repleto de candidatos a blockbusters lamentáveis (300: A Ascensão de um Império, As Aventuras de Peabody e Sherman, Need for Speed, Divergente), que permitiu que o filme se segurasse no top 10 até a semana 6, apesar das críticas ruins.

Finalmente, se o filme cair mais rápido feito John Wick 2 (que, repetindo, enfrentava concorrentes poderosos), sai de cartaz com US$ 87,4 milhões. Ou pouco mais do que Doutor Estranho arrecadou em seu primeiro fim de semana.

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Fora da América do Norte, Aves possui ainda fracos US$ 109,6 milhões. Globalmente, são US$ 188,3 milhões, o que faz do longa por enquanto a 4ª maior bilheteria mundial em 2020, atrás de Bad Boys para Sempre (US$ 405,3 milhões) e dos infantis Sonic: O Filme (US$ 265 milhões) e Dolittle (US$ 217,4 milhões). Se você me dissesse a um ano atrás que um blockbuster da DC ficaria bem atrás na bilheteria global de um tardio terceiro Bad Boys, do muito ridicularizado por meses na internet longa do Sonic e do igualmente complicado remake estrelado por um Robert Downey Jr. conversando com animais digitais, eu não acreditaria. Mas aqui estamos.

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Para ser justo, Aves ainda precisa estrear em vários países da Ásia, com exceção da China, a qual, mesmo sem o coronavírus, não deveria receber o filme. Ainda assim, a não ser que o longa exploda no Japão e na Coréia do Sul quando finalmente for seguro ir aos cinemas por lá, a emancipação fantabulosa da Arlequina deve sair de cartaz com US$ 218 milhões. Menos do que o necessário (pouco mais de US$ 250 milhões) para ser lucrativo, porém. 

Março será um mês decisivo para Aves de Rapina, no qual saberemos se o longa de fato conseguiu encontrar algum público, ainda que tardiamente, ou se a queda comparativamente menos dura no último fim de semana foi apenas um breve respiro antes do longa voltar a despencar. 

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Bilheteria EUA 28/02/20 a 01/03/20:

 

Filme Semanas em cartaz Renda no fim de semana (em US$) Renda acumulada (em US$)
1- O Homem Invisível 1 29.000.000 29.000.000
2- Sonic: O Filme 3 16.000.000 128.293.652
3- O Chamado da Floresta 2 13.205.000 45.860.651
4- My Hero Academia: Heroes Rising 1 5.109.247 8.482.448
5- Bad Boys para Sempre 7 4.300.000 197.368.385
6- Aves de Rapina: Arlequina e sua Emancipação Fantabulosa 4 4.100.000 78.782.133
7- Impractical Jokers: The Movie 1 3.545.000 6.622.091
8- 1917 10 2.670.000 155.867.069
9- Boneco do Mal 2 2 2.622.381 9.770.000
10- A Ilha da Fantasia 3 2.330.000 24.059.653

 

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