Coringa é a 6ª maior bilheteria mundial da história da Warner!
Já em sua sexta semana de lançamento, Coringa foi empurrado para a sexta posição, logo atrás de quatro novas (e fracas) estreias, e também do (igualmente decepcionante) O Exterminador...
Já em sua sexta semana de lançamento, Coringa foi empurrado para a sexta posição, logo atrás de quatro novas (e fracas) estreias, e também do (igualmente decepcionante) O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio. Mas isso não significa que o palhaço psicótico da DC simplesmente parou de faturar, pelo contrário: firme e forte nas bilheterias, o vilão ainda tem chances de ultrapassar uma série de filmes de heróis.
Enfim, o suspense dirigido por Todd Phillips faturou mais US$ 9,2 milhões na bilheteria americana, com uma queda de 32% em relação ao fim de semana anterior, e agora tem um total de incríveis US$ 313,5 milhões arrecadados nos EUA. Nos últimos dias, Coringa ultrapassou a bilheteria (não ajustada pela inflação) de Homem de Ferro 2 (US$ 312,4 milhões), e vai deixar para trás nesta semana também Thor: Ragnarok (US$ 315 milhões) e o primeiro longa do herói interpretado por Robert Downey Jr. (US$ 318,6 milhões).
O filme também está a caminho de deixar para trás também a bilheteria da controversa última participação do vilão com maquiagem de palhaço nos cinemas, em Esquadrão Suicida (US$ 325 milhões), bem como de Batman vs Superman (US$ 330 milhões). Ao ultrapassar também Aquaman (US$ 335 milhões), Coringa será a quarta maior adaptação da DC da história na bilheteria americana, atrás apenas dos dois últimos filmes do Cavaleiro das Trevas de Nolan (US$ 533 milhões para o segundo e US$ 448 milhões para o terceiro) e de Mulher-Maravilha (US$ 412 milhões).
Aliás, uma vez que Coringa deixar para trás também It: A Coisa (US$ 327,4 milhões), então ele será a maior bilheteria americana para um filme lançado entre os meses de setembro e outubro – a chamada fall season no país. Ambos os filmes possuem uma censura mais alta, o que indica que esta é a temporada ideal para lançar um blockbuster visando adultos ou adolescentes mais velhos, ao passo em que os últimos meses do ano (holiday season) ou de maio a julho (summer season) visam principalmente longas para todas as idades. Curiosamente, ambos foram distribuídos pela Warner e envolvem palhaços assassinos – será que a Casa do Pernalonga encontrou a fórmula para o sucesso?
E vale dizer que Coringa obteve uma estreia americana inferior (ainda que recordista para o mês de outubro) à de todos esses filmes que deixou para trás ou que ainda irá ultrapassar, seja O Homem de Aço, It, Esquadrão Suicida, BvS e até mesmo aclamados filmes da Marvel como os citados dois primeiros filmes do Homem de Ferro, Ragnarok, Guardiões da Galáxia e Homem-Aranha: De Volta ao Lar. Isso comprova toda a dominância do blockbuster estrelado por Joaquin Phoenix e Robert De Niro: unindo excelente boca a boca com concorrentes medíocres, Coringa teve uma longa e frutífera carreira nas bilheterias americanas, ultrapassando uma série de longas de heróis bem menos, digamos, “perturbadores” de se assistir.
E talvez aí esteja a chave do sucesso do longa: filmes de heróis são o gênero mais bem sucedido em Hollywood atualmente e talvez da história do cinema americano. No entanto, Coringa foi capaz de pegar um popular personagem de quadrinhos e inseri-lo num tipo de filme no qual boa parte dos espectadores que não perdem uma aventura repleta de efeitos especiais do MCU e do DCEU não estava exatamente acostumado. Ao invés de ser “só” mais um filme de ação (e, aqui, paro para ressaltar que longas como Ragnarok, De Volta ao Lar e Aquaman são bem distintos entre si), Coringa ofereceu um sombrio estudo de personagem num estilo mais similar aos clássicos de Martin Scorsese dos anos 1970, e, com isso, foi capaz de gerar boca a boca e a atrair espectadores que nunca haviam assistido um longa de quadrinhos do tipo.
Curiosamente, o longa teve um sexto fim de semana bem entre os de Vingadores: Ultimato (US$ 8 milhões) e Vingadores: Guerra Infinita (US$ 10 milhões) – que, claro, tiveram aberturas bem superiores às de Coringa. Claro, os dois últimos filmes dos Heróis Mais Poderosos da Terra tiveram estreias destruidoras de recordes, que esvaziaram as demandas pelos filmes rapidamente – em outras palavras, os fãs queriam assistir o quanto antes os embates dos heróis da Marvel com o vilão Thanos. Já no caso de Coringa, como dito acima, o palhaço teve excelente boca a boca e fracos concorrentes, tornando-se “o filme do momento” desde sua estreia no início de outubro. Aliás, quando bem recebidos, os filmes da DC costumam aproveitar carreiras bastante longas, sem quedas muito grandes, nas bilheterias americanas, como foi o caso não só de Arthur Fleck como também de Mulher-Maravilha, Aquaman e O Cavaleiro das Trevas.
A bilheteria no sexto fim de semana do filme também foi semelhante à de outro blockbuster da Warner lançado em outubro, no caso, Gravidade (faturamento de US$ 8,5 milhões, queda de 33%). Na ocasião, em novembro de 2013, a ficção científica estrelada por Sandra Bullock e George Clooney enfrentava a abertura do sucesso da Marvel Thor: O Mundo Sombrio e mais um punhado de longas com péssimas críticas. Dessa forma, caso continue desempenhando como Gravidade, Coringa vai terminar o ano tendo arrecadado cerca de US$ 345,5 milhões – o bastante para ser a quarta maior bilheteria americana para um filme de censura R (menores de 17 anos só podem entrar acompanhados dos pais), logo atrás de Sniper Americano, Deadpool e A Paixão de Cristo. Para obter o recorde de maior filme R nos EUA, logo Arthur Fleck vai depender de um possível relançamento da Warner em janeiro, visando também trabalhar a campanha do longa no Oscar.
Globalmente, claro, esse recorde já foi quebrado a muito tempo. Parafraseando a clássica frase de Star Trek: Coringa está indo a onde nenhum filme para maiores já foi antes. O filme arrecadou mais US$ 20,3 milhões em 79 mercados fora dos EUA no último fim de semana, e alcançou uma monstruosa bilheteria internacional de US$ 673 milhões – a segunda maior da história da DC, atrás de Aquaman (US$ 813 milhões). E olha que o Rei de Atlântida foi um megasucesso na China, enquanto o palhaço psicótico nem sequer foi exibido no país oriental, o segundo maior mercado cinematográfico do planeta atrás dos EUA.
Portanto, Coringa tem incríveis US$ 986,5 milhões na bilheteria mundial. Trata-se da 44ª maior bilheteria mundial da história, a maior (de bem longe) para um filme para maiores e a 6ª para um longa da Warner, logo atrás de Batman: O Cavaleiro das Trevas (US$ 1.004 bilhão), O Hobbit: Uma Jornada Inesperada (US$ 1.017 bilhão), O Cavaleiro das Trevas Ressurge (US$ 1.081 bilhão), Aquaman (US$ 1.15 bilhão) e Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 (US$ 1.34 bilhão).
Evidentemente, nos próximos dias Coringa irá ultrapassar a marca do bilhão, como também O Cavaleiro das Trevas, tornando-se não só o primeiro filme para maiores a conquistar tal feito, como também o maior longa da história do personagem na bilheteria global. Aliás, o filme será também o primeiro longa em 11 anos a arrecadar mais de US$ 1 bilhão sem um único centavo disso vindo da China. O longa anterior a atingir esse feito? O próprio O Cavaleiro das Trevas.
Aliás, como notado pelo analista de bilheterias e crítico de cinema Scott Mendelson, da Forbes, na semana passada, Coringa tornou-se o filme de quadrinhos mais lucrativo da história – ou seja, cuja bilheteria foi mais vezes superior ao seu orçamento. Tendo custado US$ 62,5 milhões e arrecadado US$ 986,5 milhões até o momento, Coringa portanto obteve uma bilheteria quase 16 vezes superior ao seu orçamento. Dessa forma, o filme foi mais lucrativo do que outros blockbusters de quadrinhos, como O Máskara (US$ 351 milhões em bilheteria / orçamento de US$ 23 milhões = 15,26x o que custou), o primeiro filme das Tartarugas Ninja dos anos 90 (US$ 200 milhões num orçamento de US$ 13,5 milhões = 14,8x o que custou), o Batman de 1989 (US$ 411 milhões num orçamento de US$ 35 milhões = 11,8x o que custou), Deadpool (US$ 783 milhões num orçamento de US$ 58 milhões = 13x o que custou) e Venom (US$ 854 milhões num orçamento de US$ 90 milhões = 9,5x o que custou). E, se você está curioso quanto aos dois últimos filmes dos Vingadores, até hoje os únicos longas de heróis a faturarem mais do que US$ 2 bilhões, bem, Guerra Infinita arrecadou 6,5x o seu orçamento de US$ 316 milhões e Ultimato obteve uma bilheteria quase 8x superior ao que custou.
Enfim, um sucesso histórico para a Warner Bros. e para a DC Comics!
Bilheteria EUA 08/11/19 a 10/11/19:
Filme | Semanas em cartaz | Renda no fim de semana (em US$) | Renda acumulada (em US$) |
1- Midway: Batalha em Alto Mar | 1 | 17.897.419 | 17.897.419 |
2- Doutor Sono | 1 | 14.114.124 | 14.114.124 |
3- Brincando com Fogo | 1 | 12.723.781 | 12.723.781 |
4- Uma Segunda Chance para Amar | 1 | 11.441.055 | 11.441.055 |
5- O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio | 2 | 10.808.236 | 48.465.366 |
6- Coringa | 6 | 9.221.303 | 313.512.810 |
7- Malévola: Dona do Mal | 4 | 8.414.186 | 97.714.087 |
8- Harriet | 2 | 7.406.790 | 23.639.930 |
9- Zumbilândia: Atire Duas Vezes | 4 | 4.303.498 | 66.643.981 |
10- A Família Addams | 5 | 4.160.262 | 91.427.967 |