Minha Mãe é Uma Peça 3 já é uma das maiores bilheterias entre filmes nacionais!
Apenas 10 dias. Este foi o tempo que Minha Mãe é uma Peça 3 precisou para superar o faturamento de todos exceto 5 filmes nacionais. E o longa está...
Compartilhe: Tiago
Publicado em 10/1/2020 - 17h31
Apenas 10 dias. Este foi o tempo que Minha Mãe é uma Peça 3 precisou para superar o faturamento de todos exceto 5 filmes nacionais. E o longa está só no início de sua carreira, que promete ser monstruosa…
A comédia estrelada por Paulo Gustavo arrecadou mais R$ 28,6 milhões e levou nada menos que 1,66 milhão de pessoas aos cinemas em seu segundo fim de semana. É um número colossal, e olha que o longa nem sequer foi o líder do fim de semana, ficando atrás em público e renda da recordista estreia de Frozen II. Graças a esses dois longas, foi um fim de semana de bonança nas bilheterias nacionais, iniciando 2020 com o pé direito. Isso mostra que, quando se tem filmes que efetivamente atraem o público às salas, ele irá comparecer, mesmo com o crescimento dos serviços por streaming competindo com a atenção do público.
Claro, também ajuda que Minha Mãe é uma Peça 3 e Frozen II não tem exatamente o mesmo público alvo, ao menos não da mesma forma que, por exemplo, Capitão América: Guerra Civil e Batman vs Superman – embora alguns casais mais velhos possam assistir à comédia nacional sozinhos e alguns dias depois levar os filhos pequenos na animação da Disney, claro.
Para se ter uma ideia, em termos de público, Minha Mãe é uma Peça 3 obteve o sexto maior segundo fim de semana da história, superior ao de blockbusters americanos de proporções titânicas como Velozes & Furiosos 8 (1,61 milhão de ingressos vendidos em seu segundo fim de semana), Capitã Marvel (1,58 milhão), Coringa (1,55 milhão), Thor: Ragnarok (1,44 milhão), A Bela e a Fera (1,4 milhão), entre outros.
No total, o longa já arrecadou R$ 70,3 milhões. Trata-se do nono maior faturamento na bilheteria brasileira para um filme lançado em 2019, com a comédia já tendo superado em um curtíssimo espaço de tempo longas como WiFi Ralph (R$ 65 milhões), Como Treinar o seu Dragão 3 (R$ 58,5 milhões), Shazam! (R$ 47,9 milhões) e, claro, todo filme nacional anterior lançado no ano passado.
Aliás, como dito acima, em apenas duas semanas Minha Mãe é uma Peça 3 já é a sexta maior bilheteria da história do cinema nacional. À sua frente, apenas o também dirigido por Susana Garcia e com Paulo Gustavo no elenco Minha Vida em Marte (R$ 80,8 milhões), o thriller policial de José Padilha Tropa de Elite 2 (R$ 103,8 milhões), os blockbusters religiosos da Record Os Dez Mandamentos (R$ 116 milhões) e Nada a Perder (R$ 119 milhões), e por enquanto na primeira posição… o próprio Minha Mãe é uma Peça 2 (R$ 124 milhões).
Claro, é preciso levar em consideração que hoje em dia o valor do ingresso é muito mais caro do que há anos atrás, portanto, se quisermos estabelecer um paralelo entre a performance de Minha Mãe 3 e outros sucessos do cinema brasileiro, teremos que usar o número de ingressos vendidos (um luxo na análise na bilheteria nacional que a americana não nos fornece, infelizmente, levando a complicados cálculos de ajuste pela inflação para comparar filmes de épocas diferentes).
Ainda assim, é um desempenho fenomenal: tendo vendido 4,26 milhões de ingressos até o momento, em apenas duas semanas Minha Mãe 3 já é o 24º filme nacional de maior público da história, ao menos desde quando se possuem dados disponíveis (de meados dos anos 1970 até hoje). Em poucos dias em cartaz, o longa já quase vendeu o mesmo número total de ingressos do primeiro filme de sua franquia (4,6 milhões), lançado em 2013.
Por outro lado, o longa não é exatamente o que mais rápido vendeu ingressos no país. Entre os filmes nacionais que tiveram grandes aberturas, ele está à frente do público alcançado por Tropa de Elite 2 (4,06 milhões) e de seu próprio predecessor, Minha Mãe é uma Peça 2 (2,86 milhões), porém atrás dos religiosos Os Dez Mandamentos e Nada a Perder (ambos com 4,7 milhões). No caso destes dois últimos, fiéis da Igreja Universal compraram muitos ingressos com antecedência para distribuí-los a pessoas que talvez não estivessem interessadas em tais longas, inflando suas bilheterias fraudulentamente e levando à insólita situação de sessões esgotadas com salas vazias.
E o mais impressionante: mesmo tendo tido uma abertura tão gigante na semana passada, sua queda no público em comparação com a estreia foi de apenas 11%. É uma queda similar à de Tropa de Elite 2 entre seu primeiro e segundo fim de semana, e bem melhor que as dos diversos blockbusters americanos que tiveram uma estreia parecida com a deste terceiro longa da Dona Hermínia. Portanto, caso tenha um desempenho similar ao do segundo filme estrelado por Wagner Moura, Minha Mãe 3 sai de cartaz com 11,7 milhões de ingressos vendidos. Nesse caso, o longa ficaria pouco atrás de Nada a Perder e seus 11,9 milhões de ingressos, que ainda o tornam o atual campeão do cinema nacional, embora, como dito acima, tal recorde seja no mínimo controverso.
Se quiser derrotar a biografia de Edir Macedo, então o encerramento da saga de Dona Hermínia vai precisar no mínimo ter um desempenho pós-segunda semana tão bom quanto o de Minha Vida em Marte e o do clássico da comédia brasileira Se eu Fosse Você 2. Neste caso, Minha Mãe é uma Peça 3 sairia de cartaz com um público monstruoso de 12,6 milhões de pessoas, oficialmente tornando-se o maior longa do cinema nacional quanto ao número de ingressos vendidos.
Isto faria do longa também o sexto maior público da história em geral, e o terceiro maior de 2019, superando Coringa, Capitã Marvel e Toy Story 4, e ficando apenas atrás de Vingadores: Ultimato (19,6 milhões de ingressos) e O Rei Leão (16,2 milhões).
Sim, quer você seja um dos numerosos fãs de Gustavo e sua famosa personagem inspirada em sua própria mãe, ou quer você seja um hater da franquia, é inegável que a performance de Minha Mãe é uma Peça 3 vai entrar para a história do cinema brasileiro!