Malévola: Dona do Mal tem estreia fraca nos EUA, mas faz sucesso mundialmente!

Sabe aquelas situações em que é possível enxergar o copo como meio cheio ou meio vazio?

Malévola: Dona do Mal tem estreia fraca nos EUA, mas faz sucesso mundialmente!

Sabe aquelas situações em que é possível enxergar o copo como meio cheio ou meio vazio?

Malévola: Dona do Mal tem estreia fraca nos EUA, mas faz sucesso mundialmente!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Sabe aquelas situações em que é possível enxergar o copo como meio cheio ou meio vazio? Bem, a Disney se encontrou em uma delas neste fim de semana. Malévola: Dona do Mal estreou abaixo das expectativas nos EUA, porém fez um sucesso considerável em uma série de países, dando ao longa o título de uma das maiores aberturas mundiais para o mês de outubro.

Na bilheteria americana, Dona do Mal faturou apenas US$ 36,9 milhões em seu primeiro fim de semana nos EUA, facilmente a pior estreia para um blockbuster da Disney em 2019, e bem abaixo dos US$ 50 milhões que a Casa do Mickey estava esperando. A personagem interpretada por Angelina Jolie ficou abaixo das aberturas de Dumbo (US$ 45,9 milhões), Cinderela (US$ 67,8 milhões) e, claro, foi bem inferior à estreia do primeiro Malévola (US$ 69,4 milhões). Por outro lado, ao menos sua estreia não foi tão ruim quanto a do desastre Alice Através do Espelho (US$ 26,8 milhões), outra continuação de um muito criticado remake em live action de um clássico animado da Disney que chegou aos cinemas anos depois do original.


De certa forma, Dona do Mal foi vítima da mesma maldição que acometeu filmes como Círculo de Fogo: A Revolta, Uma Aventura Lego 2 e Godzilla II: Rei dos Monstros: continuações que chegaram 5 anos após seu predecessor e tiveram bilheterias bem menores. Esse é o problema em se demorar tanto a fazer uma sequência em Hollywood: a curta memória do público.


Em 2014, a audiência correu em peso aos cinemas para conferir a surpreendentemente aclamada animação estrelada por bonecos Lego, a volta do Godzilla aos cinemas americanos e a estreia de Jolie como a vilã de A Bela Adormecida num filme para toda a família que faturou US$ 241 milhões a despeito das críticas ruins, numa performance que superou outros blockbusters daquela temporada, como X-Men: Dias de um Futuro Esquecido. No entanto, no caso de todos esses sucessos de cinco anos atrás, parecia que o público só estava curioso da primeira vez, mas não necessariamente desejava investir numa franquia com tais personagens.

Por isso, quando suas sequências estrearam, elas foram quase ignoradas pelos cinéfilos, estreando com valores bastante inferiores. É uma prova de como os gostos do público mudam rapidamente: o que era popular em 2014 já não é mais em 2019.


Ao menos, o público que compareceu à Dona do Mal parece ter gostado do que viu, dando ao longa uma nota A no CinemaScore. E considerando que não haverá nenhum grande blockbuster familiar nas próximas semanas até a estreia de Frozen 2 nos EUA, então o filme pode ter uma carreira bastante longa e frutífera nas bilheterias. Sendo bastante otimista, uma performance similar à do primeiro leva o filme a sair de cartaz com pouco menos de US$ 130 milhões, o que ainda é ruim, porém, considerando seu bom desempenho internacional, pode facilitar para que o filme não deixe a Disney com prejuízo.


Falando nisso, se a Dona do Mal não pegou fogo nos EUA, ela certamente foi bem sucedida fora de lá: na bilheteria internacional, o filme estreou com ótimos US$ 117 milhões, mais ou menos acima das expectativas da Disney. Em diversos mercados cruciais, como China, Rússia, Itália, Brasil, México, África do Sul, Oriente Médio e uma série de países europeus, Malévola 2 superou seu colega vilão Coringa para se tornar a maior bilheteria do fim de semana.

Graças à esse sucesso internacional, Dona do Mal obteve uma estreia global de US$ 155 milhões. Trata-se da terceira maior abertura mundial para um filme que estreou no mês de outubro, perdendo apenas para dois longas também estrelados por clássicos vilões da cultura pop: Venom e Coringa

Ainda assim, já há sinais de problema: no Japão, o primeiro Malévola foi um gigantesco sucesso, arrecadando incríveis US$ 63,2 milhões. Cinco anos depois, porém, os japoneses estão hipnotizados por Coringa, de modo que Dona do Mal teve uma estreia bem inferior ao de seu antecessor por lá. A mesma coisa aconteceu em uma boa parte da Europa, enquanto na China o longa não parece ter sido bem recebido pelo público, o que indica uma carreira curta.

Tendo custado absurdos US$ 185 milhões, pouca coisa a mais do que o primeiro, Malévola 2 vai precisar faturar mais do que US$ 650 milhões se não quiser ser um prejuízo para a Disney. No entanto, é sempre bom lembrar que a Casa do Mickey havia adiantado a estreia do longa de maio de 2020 para outubro de 2019. A ideia era não dar ao longa uma chance maior nos cinemas (em sua antiga data, ele enfrentaria concorrentes como o terceiro longa do Bob Esponja e Mulher-Maravilha 1984), mas sim auxiliar para que a maior ambição da Casa do Mickey na atualidade, o Disney+, seja lançado nos EUA com o máximo de conteúdo possível nos primeiros meses.

Dessa forma, Dona do Mal faria companhia a sucessos do calibre de Capitã Marvel, Vingadores: Ultimato, Toy Story 4 e O Rei Leão como os longas que chegariam exclusivamente ao novo serviço de streaming da Disney. Portanto, não assistiu Malévola: Dona do Mal no cinema pois estava muito ocupado com Coringa? Não se preocupe: faça uma assinatura mensal do Disney+ e você poderá ver e rever esses e outros sucessos exclusivamente na principal novidade da Casa do Mickey para 2019.

Portanto, talvez a Disney até estivesse disposta a sacrificar Malévola: Dona do Mal apenas para que seu novo streaming pudesse ter mais conteúdo. Será que vai funcionar? Ou será que o novo longa de Angelina Jolie vai reverter as chances e se tornar um sucesso?

Bilheteria EUA 18/10/19 a 20/10/19:

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