[CRÍTICA] Midsommar: um plágio DECEPCIONANTE e clichê!

[CRÍTICA] Midsommar: um plágio DECEPCIONANTE e clichê!

[CRÍTICA] Midsommar: um plágio DECEPCIONANTE e clichê!

Após todo o impacto, surpresa e amor ao redor de Hereditário, todas as atenções se voltaram ao que o diretor Ari Aster faria em seguida. Portanto, Midsommar: O Mal...

[CRÍTICA] Midsommar: um plágio DECEPCIONANTE e clichê!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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Após todo o impacto, surpresa e amor ao redor de Hereditário, todas as atenções se voltaram ao que o diretor Ari Aster faria em seguida. Portanto, Midsommar: O Mal Não Espera a Noite já nasceu com altas expectativas voltadas para si. Ainda no embalo do sucesso anterior, o que poderia dar errado?!

 

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Logo de cara, Midsommar já nos conecta com o tipo de angústia e atmosfera sufocante que fez todo mundo se apavorar em Hereditário. A temática do pós-trauma, também está presente com força. Dessa vez, expresso na personagem de Florence Pugh. O filme se aproveita de suas 2h30 para desenvolver esse primeiro ato com toda a atenção necessária, junto do outro principal elemento do filme: um relacionamento em crise.

 

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Esse desenvolvimento no primeiro ato, nos traz simplesmente os melhores momentos do filme. Instaurando um clima tenso entre Dani e o fato dela ser presença indesejada por seus amigos, e namorado. Isso nos leva ao grupo de ‘amigos’ indo para a Suécia, em uma semana de festival específico de uma comunidade isolada.

 

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Ambientado quase que totalmente sob a luz do sol, o fascínio perante a beleza da comunidade, que é visualmente belíssima, passa a dar espaço para um agravante conflito de costumes, tradições e religiosidades. Porém, ao mesmo tempo em que as coisas na semana de festival começam a ficar mais sinistras e ameaçadoras, surgem consigo os problemas do filme.

 

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Sabemos que há algo de errado com esse povo. Sabemos que os turistas correm perigo e manipulação. Entretanto, o filme perde o seu foco, e falha em construir uma tensão real envolvendo os turistas e os nativos. Nós estamos vendo em tela que os nativos estão fazendo coisas escondidas, mas isso não nos afeta, e não nos convence de que eles precisam ser temidos, ou odiados.

 

ESSA CRÍTICA CONTÉM SPOILERS DO FILME! CASO NÃO TENHA O VISTO, SIGA POR SUA CONTA E RISCO!

 

Se fosse tão bom quanto bonito….

 

Se a intenção da cordialidade, portanto, é iludir e manter os visitantes presos sob sua trama, ao mesmo tempo, isso é tão bem executado que é mais fácil de se conectar e simpatizar com eles, do que com o grupo de turistas. A construção de tensão do filme se esvai ao mesmo tempo em que ele tenta se segurar, no que deveria ser seu foco: o relacionamento de Dani e Christian.

 

Ari Aster parece ignorar a tensão, vislumbrado demais em filmar cenas belas. E de fato, visualmente, o filme é maravilhoso. Não há nada de errado no filme não querer ter um suspense ou mistério. Porém, o desenvolvimento no distanciamento entre Dani e Christian perde qualquer sutileza.

 

O casal, se encontra completa, e literalmente, distantes um dos outros. Enquanto os diálogos dos dois trabalhavam a situação atual do relacionamento, e Florence se encontrava sempre verbalizando seus medos, desconfianças e o esforço para fazer aquilo funcionar. De repente, parece que nenhum dos dois se importa. Aparenta não haver problema, não há evolução ou agravação da situação. As coisas, simplesmente passam a ocorrer de acordo necessidade do roteiro.

 

Passado tudo isso, com todos os amigos do casal já mortos, e a seita da comunidade já estar explícita, o filme evidencia toda sua mediocridade. Cai por terra a promessa de uma resolução, no mínimo sensorial do casal, e também a promessa de algum choque ou terror dentro da comunidade. Quando o filme caminha para o seu desfecho, a única sensação que vem, é a de que isso já fora visto um milhão de vezes, em filmes bons, e outros filmes medíocres.

 

São 2h30 de belas imagens, disfarçadas dentro de um filme clichê. A sensação de estar vendo algo nada original, que não tenha NADA de identidade única, aumenta ainda mais quando comparamos Midsommar ao filme The Wicker Man, de 1973. A inspiração no filme, estava escancarada desde o primeiro trailer.

 

A salvadora do filme: Florence Pugh!

 

Porém, nunca imaginaria que a homenagem, estivesse mais próxima de um ignorante PLÁGIO. Os principais elementos do filme, seja a liberdade/privação sexual, conflitos religiosos e de costumes, as roupas, as danças, os ritos, e lógico, o sacrifício humano… Tudo isso está empregue com muita mais qualidade, em The Wicker Man. E, com 1 hora de filme a menos. O desfecho de ambos filmes, é EXATAMENTE O MESMO! Sem nem disfarçar.

 

Embora a shot final, com o sorriso libertador e adepto à filosofia da comunidade expresso por Florence Pugh, nos dê a sensação que tivemos uma longa jornada, não! Há apenas a beleza visual e a esperança que isso seja o suficiente para comprar e nos colocar dentro da narrativa.

 

Afinal, Florence Pugh merece um parágrafo a parte. Pois ela, realmente carrega o filme NAS COSTAS. Sua atuação transita entre o contido e explosivo, carregado de angústia e inocência. A protagonista, entrega uma performance de mesmo intensidade, e qualidade, que a feita por Toni Collette em Hereditário.

 

Em Hereditário, Toni não só traz uma atuação sensacional, como também é acompanhada de um elenco igualmente esforçado. Em Midsommar, é apenas Florence quem faz o trabalho de atuar, cabendo ao resto, apenas estar lá. De todos os males que o filme vá ter para o cinema em si, Florence, pelo menos, é um lado extremamente positivo.

 

Se você vê Midsommar e se surpreende o considerando algo revolucionário, inovador e chocante. Ou você vai muito mal em seus relacionamentos pessoais, ou nunca viu nenhum outro filme de terror antes.

 

NOTA: 1,5/5 (Só por consideração à Florence.)

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