[CRÍTICA] Matrix Resurrections traz nostalgia, mas esquece do original conceito

Quando anunciaram Matrix Resurrections, boa parte dos fãs foram a loucura, outros nem tanto. Isso porque as opiniões foram extremamente divididas, afinal, a grandiosidade e importância que o filme...

Confira a crítica de Matrix Resurrections aqui no Legado Plus - legadoplus
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Compartilhe: Mariana
Publicado em 23/12/2021 - 10h05


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Quando anunciaram Matrix Resurrections, boa parte dos fãs foram a loucura, outros nem tanto. Isso porque as opiniões foram extremamente divididas, afinal, a grandiosidade e importância que o filme tem na cultura pop é um marco. Mas, nem tudo o que reluz é ouro, certo?

Fazendo você se jogar de cabeça mais uma vez nesse vasto universo, Matrix Resurrections aponta ser um filme cabeça, com todo o conceito que já conhecemos e promete algo maior. Entretanto, não é isso que vemos, o que pode desapontar muita gente que esperava mais da história de Neo.

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Confira a crítica aqui no Legado Plus, sem spoilers.

Matrix Resurrections perde o conceito e se tornou apenas uma história de amor

Sim, nós sabemos que Neo e Trinity se apaixonam e lutam juntos, lado-a-lado, para salvar a humanidade e tentar acabar com a guerra contra as máquinas. E isso é uma das coisas que fazem Matrix ser grandioso. Entretanto, ao sentar para assistir a nova história, você se pergunta o que diabos Lana Wachowski estava pensando?

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Isso porque tudo aquilo que sabemos sobre Neo, o fato dele ser escolhido e ter que lutar contra tudo, é simplesmente apagado com um enredo que a gente sabe que não precisava. Matrix Resurrections, por mais que tenha momentos legais, é apenas uma história de amor em que o mocinho precisa salvar o amor da sua vida.

O conceito de que ambos são muito mais fortes juntos também está ali, deixando o negócio todo bem meloso. E, por mais que seja incrível ver personagens clássicos de novo, mesmo que numa confusão estranha, esse tipo de enredo não era o esperado para uma história do tamanho de Matrix. Reduzir tudo o que Neo viveu a apenas salvar Trinity, que estava completamente indefesa, não parece a ideia certa. Ainda mais sabemos o quanto badass a personagem é.

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Entretanto, por mais que aquela sensação de se perguntar o que está acontecendo se mantenha presente, há momentos em que dá para se divertir. O que é estranho também, pois os outros Matrix eram de tom mais sério, um Neo mais quieto, de cara fechada. Enquanto esse, se tornou um personagem mais solto e irreverente. E, apesar de tudo, dá pra levar, mesmo que cause estranheza no início. Chega a ser divertido.

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Lana Wachowski não poupou em suas cenas de ação, que continuam incríveis (por mais que não tenha nenhuma luta memorável quanto a de Neo driblando balas). Chad Stahelski, coreógrafo de cenas de luta da trilogia, retorna em um trabalho triunfante.

Mas, apesar de apostar na nostalgia, esse conceito de reduzir Matrix a uma história rasa de amor não pareceu a melhor decisão. Fica até complicado de acreditar que Lana Wachowski quem fez isso.

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Referências e mais referências

Se você é fã, uma das poucas coisa que você vai gostar nesse filme são as referências. Na realidade, eles abusam até demais. Isso porque em detalhes em cena, como há uma estátua, ou com flashbacks e momentos inseridos dentro do filme, o fã acompanha Thomas Anderson/Neo tentando lembrar do que é ou não real.

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É muito legal ver esse apego, por mais que tenha sido muito forte. Acaba sendo um presente para os fãs dos filmes clássicos, que mesmo assim, talvez retorçam a cara para Matrix Resurrections. Ele, por ser ligação direta com o terceiro, acaba trazendo referências inteligentes e bacanas com a trilogia, mas nem por isso se salva o contexto no geral.

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Se você for um fã de carteirinha da franquia, esqueça. Matrix Resurrections, com toda certeza, não é para você. Parece que teremos um novo favorito na lista da raiva para o público, que já retorcia a cara para Matrix Revolutions. É possível que esse novo filme seja ainda mais hateado por aí do que o terceiro filme, lançado em 2003, já foi.

Apesar de tudo, vale a pena ver pelos momentos. É bacana apostar no tom nostálgico para se lembrar do que é a matrix. Rever Neo e Trinity juntos. E, até mesmo, reencontrar o elenco de Sense8 em peso, já que Lana Wachowski fez o favor de trazer boa parte dos sensates no longa. Não vá com expectativas altas, porque se você conhece bem a história, Matrix Resurrections vai ficar fazendo você se perguntar “por quê?”. Talvez fosse até melhor que esse filme nem existisse do que reduzir todo o conceito a apenas salvar o amor da sua vida.

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Matrix Resurrections estreou nos cinemas no dia 22 de dezembro e segue em cartaz.




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