Coringa supera Capitã Marvel e é a 4ª maior bilheteria da história do Brasil!

Coringa supera Capitã Marvel e é a 4ª maior bilheteria da história do Brasil!

Coringa supera Capitã Marvel e é a 4ª maior bilheteria da história do Brasil!

Mesmo considerando o amor sem fim do público brasileiro por filmes baseados nos quadrinhos da Marvel e da DC, poucos ousariam presumir tamanho sucesso de Coringa aqui no país....

Coringa supera Capitã Marvel e é a 4ª maior bilheteria da história do Brasil!
Imagem: Reprodução | Divulgação
PUBLICIDADE

PUBLICIDADE



Mesmo considerando o amor sem fim do público brasileiro por filmes baseados nos quadrinhos da Marvel e da DC, poucos ousariam presumir tamanho sucesso de Coringa aqui no país. Era evidente que o longa atrairia uma boa audiência, mas daí a superar o faturamento de todos os outros filmes da Warner e de todos exceto dois do MCU, bem… Quem quer que tenha feito essa aposta, agora está rico.

 


Ainda mantendo-se num absurdo terceiro lugar no ranking dos filmes mais assistidos nas salas nacionais mesmo após sete semanas em cartaz (!), Coringa faturou mais R$ 3,8 milhões e vendeu quase 197 mil ingressos. No total, o resultado do longa é inacreditável: R$ 149,7 milhões de faturamento e 9,33 milhões de ingressos vendidos.

 


Na última semana, Coringa catapultou-se sobre os faturamentos totais de uma grande quantidade de outros sucessos no país, como Os Incríveis 2 (R$ 144,9 milhões), Vingadores: Era de Ultron (R$ 146 milhões) e Capitã Marvel (R$ 146,8 milhões). Desse modo, o longa é agora a quarta maior bilheteria em reais da história, perdendo apenas para Vingadores: Guerra Infinita (R$ 238 milhões), O Rei Leão de 2019 (R$ 266 milhões) e Vingadores: Ultimato (R$ 339 milhões).

 


 


Sim, é isso mesmo que você leu: este suspense sombrio, pesado, violento, quase sem cenas de ação, recebido de maneira controversa pela crítica e proibido para menores de 16 anos obteve um faturamento maior que o blockbuster bem mais leve e “amigável para as crianças” estrelado por Brie Larson. Capitã Marvel de fato reinou por alguns dias como a segunda maior bilheteria da história… Mas pouco depois Ultimato chegou esmagando recordes, em julho O Rei Leão foi um sucesso devastador, e agora a dita super-heroína mais forte do MCU foi empurrada novamente para baixo, agora por Coringa.

 

E não apenas no faturamento: o thriller da DC de fato também superou os 9 milhões de ingressos vendidos por Capitã Marvel, alcançando, portanto, um público superior à concorrente. Aliás, Coringa também ultrapassou o público de Avatar (9,15 milhões de ingressos), A Era do Gelo 3 (9,27 milhões) e Minha Mãe é uma Peça 2 (9,32 milhões). Atualmente, o filme ocupa a 19ª posição entre os filmes mais assistidos da história no Brasil (até onde foi possível reunir dados confiáveis sobre a bilheteria em nosso país), logo atrás de E.T.: O Extraterrestre (9,4 milhões de ingressos).

 

Entre os filmes baseados em quadrinhos, Coringa só fica atrás dos quatro longas dos Vingadores (19,6 milhões de ingressos para Ultimato, 14,6 milhões para Guerra Infinita, 10,9 milhões para o primeiro e 10,1 milhões para Era de Ultron) e de Capitão América: Guerra Civil (9,6 milhões). Há também Os Incríveis 2, que vendeu 9,88 milhões de ingressos no ano passado, porém a família de heróis liderada por Beto e Helena Pêra não é baseada em nenhum quadrinho específico, apenas na imaginativa mente do cineasta Brad Bird.

 

 

E o que é mais surpreendente: mesmo após sete semanas em cartaz Coringa ainda não demonstrou que vai perder o fôlego. Veja, Mulher-Maravilha e Aquaman, até então os dois filmes da DC de carreira mais longa no Brasil, já estavam levando menos de 100 mil espectadores aos cinemas em seu sétimo final de semana, ao passo em que Coringa, como dito acima, obteve um público esta semana de quase 200 mil. Tanto a Amazona quanto o Atlante tiveram quedas de mais de 50% no público em comparação com suas sextas semanas. Já Coringa caiu apenas 43,1%.

 

E por que isso aconteceu? Simples: concorrentes. Em sua sétima semana, Mulher-Maravilha já disputava o público com Homem-Aranha: De Volta ao Lar, enquanto Aquaman naquele ponto brigava com diversas animações (Homem-Aranha no Aranhaverso, Como Treinar o seu Dragão 3, WiFi Ralph) e filmes para adultos (Vidro, Creed II, Minha Vida em Marte). Já na situação atual temos vários longas que até tentaram competir com o filme estrelado por Joaquin Phoenix: O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio, Zumbilândia: Atire Duas Vezes, Doutor Sono… Porém, diferentemente dos concorrentes de Mulher-Maravilha e Aquaman, nenhum deles teve lá muita força para sequer desafiar o poderio de Coringa, e acabaram fracassando.

 

O único longa que conseguiu fazer sucesso em meio à disputa com o controverso suspense da DC foi Malévola: Dona do Mal, e por um bom motivo: os públicos dos dois filmes não poderiam ser mais diferentes. Enquanto Coringa atraía mais fãs de super-heróis, adolescentes mais velhos e adultos (em especial homens), Dona do Mal é voltado para um público majoritariamente feminino e familiar, especialmente pais com garotas pequenas. Por isso, um não ameaçou o outro e os dois foram capazes de triunfar em paralelo.

 

 

Mas a falta de concorrentes por si só não explica o gigantesco sucesso de Coringa no Brasil e também no mundo inteiro. Outro componente essencial é o fator novidade. Explicando melhor: apesar de concebido pelo diretor Todd Phillips como uma homenagem aos clássicos de Martin Scorsese dos anos 1970, uma boa parte do público foi ao cinema ver o filme não por causa de qualquer referência a Taxi Driver ou O Rei da Comédia, mas sim por conta da conexão do longa com o Universo DC. São fãs especialmente mais jovens que acompanham assiduamente praticamente todos os filmes de super-heróis lançados nas telonas (bem, quase todos, afinal, X-Men: Fênix Negra foi um desastre), para os quais o gênero funciona quase como os longas de Star Wars e Indiana Jones eram nos anos 1980.

 

Essa audiência já estava acostumada com as gigantescas cenas de ação de escala épica de Guerra Infinita, Aquaman e Ultimato, com a complexa construção de mundos de Capitã Marvel, Pantera Negra e Doutor Estranho, e mesmo com o humor histriônico de Deadpool, Venom e Guardiões da Galáxia. No entanto, numa grosseira simplificação, muitos simplesmente não haviam tido contato com um cinema como o que Coringa busca emular.

 

Em outras palavras, por mais que Phillips tenha se inspirado no que Scorsese já fazia há mais de quatro décadas, para muitos espectadores mais jovens, nascidos de meados dos anos 1990 em diante (bem depois que o movimento conhecido como New Hollywood já havia desaparecido), Coringa foi uma novidade, quase como uma brisa de ar fresco num gênero que até então priorizava ação, efeitos especiais de ponta e tramas em que na maioria das vezes o vilão é punido e os heróis saem vitoriosos.

 

 

Por outro lado, por ter um enfoque diferente do que a média dos filmes de heróis, Coringa também foi bem sucedido em atrair um público que normalmente não é um espectador assíduo dos longas de HQs. Muitas pessoas dessa audiência não sabem nomear cada uma das Pedras do Infinito e onde foram encontradas, ou diferenciar o Darkseid do Thanos, porém foram atraídos pelo longa pela promessa de um drama sombrio sobre um homem que lentamente enlouquece.

 

Em suma, atraindo esses dois segmentos da audiência, combinado com os fraquíssimos concorrentes em cartaz, mais uma dose saudável de um excelente boca a boca, e o caminho estava liberado para que Coringa fizesse a festa nas bilheterias brasileiras e mundiais. É um sucesso histórico, que vai deixar muitos executivos em Hollywood coçando a cabeça: afinal, como eu replico isso? Lembre-se que no início dos anos 1990 o sucesso de Batman de Tim Burton gerou uma breve onda de adaptações de heróis pulp dos anos 1930, e em 2009 o bem sucedido reboot de Star Trek pareceu fornecer a Hollywood a fórmula para trazer de volta propriedades antigas, mesmo aquelas que não costumavam ter um público muito grande afora os fãs cativos.

 

Na pior das hipóteses, Coringa poderia servir para que muitos jovens e adolescentes descubram os clássicos de Scorsese que o inspirou, ao menos para que o lendário diretor americano não seja visto apenas como “aquele tiozinho chato que não gosta dos filmes da Marvel”.

 

Bilheteria Brasil de 07/11/2019 a 10/11/2019:

 

Filme Semanas em cartaz Renda na semana (em R$) Público na semana Renda acumulada (em R$) Público acumulado
1- Malévola: Dona do Mal 5 5.927.090 339.121 75.237.103 4.650.687
2- A Família Addams 3 3.614.524 216.448 17.428.845 1.106.425
3- Coringa 7 3.875.867 196.809 149.713.602 9.329.304
4- Dora e a Cidade Perdida 1 3.200.957 195.081 3.775.091 228.794
5- As Panteras 1 3.069.111 178.925 3.069.111 178.925
6- Invasão ao Serviço Secreto 1 2.875.158 161.950 2.875.158 161.950
7- Ford vs Ferrari 1 2.272.550 102.209 2.272.550 102.209
8- O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio 3 1.419.723 82.685 15.011.858 931.976
9- Doutor Sono 2 1.015.133 56.895 4.083.937 246.227
10- Parasita 2 524.230 25.887 1.195.775 60.529

 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

© 2019-2022 Legado Plus, uma empresa da Legado Enterprises.
Developed By Old SchooL