BILHETERIA EUA: Nova animação da DreamWorks, ABOMINÁVEL, lidera nos EUA!

O 37º longa metragem da produtora DreamWorks Animation desde 1998 e o 2º em 2019 (o bem sucedido Como Treinar seu Dragão 3 foi o primeiro), Abominável liderou as bilheterias no último fim de semana nos EUA

BILHETERIA EUA: Nova animação da DreamWorks, ABOMINÁVEL, lidera nos EUA!

O 37º longa metragem da produtora DreamWorks Animation desde 1998 e o 2º em 2019 (o bem sucedido Como Treinar seu Dragão 3 foi o primeiro), Abominável liderou as bilheterias no último fim de semana nos EUA

BILHETERIA EUA: Nova animação da DreamWorks, ABOMINÁVEL, lidera nos EUA!
Imagem: Reprodução | Divulgação
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O 37º longa metragem da produtora DreamWorks Animation desde 1998 e o 2º em 2019 (o bem sucedido Como Treinar seu Dragão 3 foi o primeiro), Abominável liderou as bilheterias no último fim de semana nos EUA. Ainda assim, porém, sua bilheteria foi bem abaixo do ideal. 

A animação faturou US$ 20,6 milhões entre sexta e domingo, o que representa a 9ª pior abertura para a DWA nos Estados Unidos, abaixo das estreias de alguns dos fracassos mais notórios da história do estúdio, como Turbo (US$ 21,3 milhões), A Origem dos Guardiões (US$ 23,7 milhões) e As Aventuras de Peabody & Sherman (US$ 32,2 milhões). Quando ajustada pela inflação, porém, as coisas ficam ainda mais feias para Abominável: trata-se da segunda pior abertura ajustada da história da DWA, à frente apenas de Sinbad: A Lenda dos Sete Mares, o filme cujo fracasso, em 2003, convenceu o estúdio a parar de produzir animações tradicionais. Em outras palavras, Abominável só não levou menos gente aos cinemas americanos em sua estreia do que um dos maiores fiascos do estúdio.


Curiosamente, Abominável foi relativamente bem recebido pela crítica e pelo público: o longa possui 80% de aprovação no Rotten Tomatoes e 62% no Metacritic, notas maiores do que as de Trolls e O Poderoso Chefinho, dois longas que vieram a ter aberturas superiores às de Abominável.


Infelizmente, por mais bem recebido que o longa (que conta a história de uma adolescente chinesa que encontra um Yeti vivendo em seu telhado) seja, ele chegou num momento não muito favorável para animações hollywoodianas. Para se ter uma ideia, apesar do filme ter faturado em um final de semana menos da metade do que Toy Story 4 conquistou em um único dia nos EUA, ele ainda foi a maior abertura para uma animação totalmente original em 2019. 

Todos os desenhos animados que fizeram sucesso neste ano eram continuações de sucessos passados, e ainda assim o único que conseguiu superar a bilheteria de seu predecessor foi o citado Toy Story 4, atualmente com US$ 433 milhões (Toy Story 3, em comparação, faturou US$ 415 milhões em 2010). Como Treinar seu Dragão 3 foi o menor de sua trilogia, com US$ 161 milhões, e Pets: A Vida Secreta dos Bichos 2 encerrou sua carreira com US$ 158,2 milhões, uma bilheteria quase 60% menor que a de seu predecessor. Finalmente, Uma Aventura Lego 2 foi um fiasco, faturando apenas US$ 105,8 milhões, uma bilheteria também 60% abaixo da do primeiro longa baseado nos famosos brinquedos, lançado em 2014, ao passo em que o segundo Angry Birds, atualmente com US$ 41 milhões, faturou menos da metade de seu predecessor, apesar de ter obtido críticas melhores. E se continuações estão passando por dificuldades nas telonas, os originais (ou melhor, que não pertencem a nenhuma franquia cinematográfica) estão numa situação ainda mais crítica, haja visto os fiascos de Ugly Dolls e O Parque dos Sonhos.


Não é como se as famílias com crianças pequenas, o principal público alvo de tais longas, não estivessem mais frequentando os cinemas, haja vista os filmes em geral voltados para este público que faturaram horrores este ano, como os bilionários Toy Story 4, Aladdin e O Rei Leão, e mesmo Como Treinar seu Dragão 3 e Pets 2, apesar de ficarem abaixo de seus antecessores, ainda serão lucrativos para seus estúdios. Além disso, Frozen 2 certamente vai arrecadar horrores quando estrear no país em novembro. 


Ainda assim, hoje em dia há bem mais competição e variedade em termos de entretenimento infantil: basta os pais deixarem os filhos maratonando episódios de algum desenho animado na Netflix ou mesmo assistindo playlists para crianças no YouTube (embora correndo o risco de seus pimpolhos toparem com algo que não deveriam). É simplesmente mais barato e menos trabalhoso deixar as crianças com a oferta de programação infantil nos serviços de streaming, de modo que uma ida ao cinema acaba reservada apenas para as produções mais imperdíveis – que, claro, quase todas pertencem à Disney.

Neste contexto, é muito difícil para que uma animação original, não baseada em nenhuma franquia conhecida, e que não é produzida pela Disney, atraia atenção muito considerável dos espectadores. É uma situação diferente de há uma década atrás, quando longas como Kung Fu Panda e Monstros vs Alienígenas estreavam com valores em torno dos US$ 60 milhões apenas com base na sua premissa e pelo fato de serem animações do estúdio famoso por Shrek e Madagascar, então no auge.

Por outro lado, diferentemente dos fiascos mais notórios da DWA, Abominável não foi tão caro assim para ser produzido: o filme custou apenas US$ 75 milhões, valor este que foi dividido entre vários estúdios (trata-se de uma co-produção com a China). Portanto, o longa não precisa faturar o mesmo que Como Treinar seu Dragão 3 para ser lucrativo. E, de toda forma, a DWA sempre pode optar por transformar a marca numa série animada para a Netflix.

O segundo lugar no ranking do fim de semana também foi para um longa distribuído pela Universal: Downton Abbey: O Filme, após sua surpreendente abertura de incríveis US$ 31 milhões na semana passada, faturou mais US$ 14,3 milhões nesta. Trata-se de uma queda de 54% em relação à sua abertura, o que é considerável. Entretanto, Downton Abbey já faturou excelentes US$ 58,3 milhões nos EUA, um ótimo número para um drama de época inglês baseado numa série cult voltada para um público mais velho (no caso, acima dos 35 anos).

A terceira e a quarta posições foram dominadas por dois longas veteranos, no caso As Golpistas e It: Capítulo Dois. O primeiro, um bem recebido drama estrelado por Jennifer Lopez sobre strippers que aplicam golpes em ricos operadores financeiros de Wall Street durante a crise de 2008, faturou mais US$ 11,3 milhões e alcançou um total de incríveis US$ 80,5 milhões, quatro vezes mais que seu orçamento – tal gorda bilheteria deve aumentar as chances do filme de conseguir uma indicação ao Oscar. A seguir, a sequência de terror baseada no livro de Stephen King alcançou mais US$ 10,4 milhões e agora possui excelentes US$ 193,7 milhões nos EUA. Embora seja abaixo da surpreendentemente grande bilheteria do primeiro It, ainda é um grande sucesso para a Warner, cujos maiores sucessos de 2019 serão estrelados por palhaços assassinos. Tanto It 2 quanto As Golpistas tiveram quedas abaixo dos 40%, o que demonstra que eles tem agradado aos espectadores.

Em quinto e sexto lugares, temos dois longas que estrearam com valores abaixo do ideal na semana passada. Ad Astra: Rumo às Estrelas faturou mais US$ 10 milhões e agora possui US$ 35,3 milhões nos EUA – um valor bastante ruim, considerando que o longa custou mais de US$ 80 milhões para ser feito. Já Rambo: Até o Fim conquistou mais US$ 8,6 milhões, alcançando um total de US$ 33,1 milhões. Pelo lado positivo, o quinto filme do personagem vai ultrapassar o faturamento nos EUA de Rambo IV, que conquistou US$ 42,7 milhões em 2008 (isso se o veterano do Vietnã não for esmagado pelo Coringa na semana que vem); pelo lado negativo, o último longa do personagem custou US$ 50 milhões, ou seja, ele precisaria estar se saindo bem melhor do que isto se quisesse lucrar. Aparentemente, depois do gigantesco sucesso do segundo filme do Rambo em 1985, o violento personagem não encontrou no século XXI o mesmo sucesso aproveitado por outra clássica figura interpretada por Sylvester Stallone, o benevolente boxeador Rocky Balboa.

Na sétima posição, temos um dos longas que promete disputar por algumas vagas no próximo Oscar, Judy, no qual Renée Zellweger interpreta a atriz Judy “O Mágico de Oz” Garland na maturidade. O longa, apesar de exibido em apenas 461 cinemas nos EUA, teve ótimo desempenho nas principais cidades do país, como Nova York, Chicago, Los Angeles, San Francisco, Miami, entre outras. Tendo faturado US$ 2,9 milhões no fim de semana, Judy demonstrou ter potencial para um ótimo boca a boca.

Em oitavo lugar, Bons Meninos vem se provando a principal e melhor surpresa de 2019 e, aliás, dos últimos anos, para uma comédia desbocada para maiores (que não envolva super-heróis – sinto muito, Deadpool). Tal longa, centrado em pré adolescentes de boca suja que se envolvem em muita confusão, teve boas críticas e faturou mais de US$ 80 milhões, quatro vezes mais o que custou para ser feito. E em nono temos O Rei Leão, desde já uma das maiores bilheterias da história: com US$ 540 milhões, trata-se do 11º maior filme da história nos EUA, com Simba tendo superado recentemente Rogue One e O Cavaleiro das Trevas.

Finalmente, na décima posição, outro filme de ação brucutu: Invasão ao Serviço Secreto, o terceiro longa da franquia estrelada por Gerard Butler, faturou mais US$ 1,5 milhões e agora possui US$ 67,1 milhões nos EUA, tendo custado US$ 40 milhões para ser feito. Fora do top 10, Velozes & Furiosos: Hobbs & Shaw alcançou US$ 172,2 milhões e ultrapassou John Wick: Capítulo 3 para se tornar o maior filme de ação que não envolva super-heróis na bilheteria americana em 2019.

Bilheteria EUA 27/09/19 a 29/09/19:

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