Bilheteria EUA: Malévola: Dona do Mal ultrapassa US$ 100 milhões!

Em notícias da bilheteria americana não relacionadas à Coringa ou às estreias da semana, Midway: Batalha em Alto Mar faturou mais US$ 8,5 milhões e chegou a um total...

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Em notícias da bilheteria americana não relacionadas à Coringa ou às estreias da semana, Midway: Batalha em Alto Mar faturou mais US$ 8,5 milhões e chegou a um total de quase US$ 35 milhões nas bilheterias americanas. O longa sofreu uma queda de 53% em relação à sua abertura na semana passada, certamente devido à forte disputa com o estreante (e infinitamente mais bem recebido pela crítica) Ford vs Ferrari pelo público masculino e mais velho. Pelo visto, não estamos diante de um novo Até o Último Homem, o drama de guerra de Mel Gibson lançado em 2016 que chegou a surpreendentes US$ 67,2 milhões e foi um dos principais da temporada do Oscar daquele ano.

Na quarta posição, a comédia para toda a família da Paramount Bricando com Fogo faturou mais US$ 8,3 milhões, chegando a um total de US$ 25,2 milhões após duas semanas em cartaz nos EUA. Sua queda de 34,5% em relação ao fim de semana anterior foi a menor dentre os longas veteranos no top 10 do fim de semana, o que sugere que o longa teve um boca a boca decente, também ajudado pelo fato de ser o maior filme familiar em cartaz agora que Malévola: Dona do Mal está se preparando para deixar as telonas. Infelizmente, essa vantagem acaba na noite de quinta-feira, quando começam as pré estreias do aguardadíssimo Frozen II.

Logo abaixo, o romance Uma Segunda Chance para Amar despencou e faturou apenas US$ 6,5 milhões para um total de US$ 22,3 milhões em duas semanas. O filme vai precisar conquistar os corações do público de fora da América do Norte se quiser ser lucrativo, porém, considerando a resposta pífia dos espectadores (e críticos) americanos, isso dificilmente deve ocorrer. E, com isso, a carreira da Mãe dos Dragões Emilia Clarke no cinema segue sem alçar voo…

Logo abaixo, temos um desastre de proporções épicas: Doutor Sono, que já havia tido uma péssima estreia na semana passada, e despencou ainda mais nesta. Faturando medíocres US$ 6 milhões em seu segundo fim de semana, com uma queda de gigantescos 57,4% em relação à abertura, o terror que dá sequência à trama do clássico O Iluminado arrecadou apenas US$ 24,8 milhões. É um fiasco considerando seu orçamento de US$ 45 milhões, e bem abaixo de outros bem sucedidos filmes recentes do gênero, que é atualmente um dos mais consistentes na bilheteria em Hollywood. 

Mais uma vez, a mesma maldição que atingiu Blade Runner 2049, o reboot dos Caça-Fantasmas de 2016, os dois últimos longas do Exterminador do Futuro (aliás, Destino Sombrio já caiu para fora do top 10, o que é humilhante para um longa na terceira semana) e o recente As Panteras também caiu sobre Doutor Sono: quando o público não se importa com sua franquia, ele não vai comparecer aos cinemas, quer sua sequência muito comentada na bolha dos cinéfilos tenha críticas boas ou ruins. O público em geral não passa os dias relembrando cenas de Blade Runner e O Iluminado na internet e se recusou a pagar um ingresso quando viu que os Caça-Fantasmas de 2016, Destino Sombrio e As Panteras eram filmes severamente falhos. 

No fim das contas, hits como Jumanji: Bem-Vindo à Selva e o Star Trek de 2009 são exceções à regra, sendo bem sucedidos em tornar tais filmes interessantes até para quem não se importava com o primeiro Jumanji de 1995 ou com as incontáveis temporadas anteriores da franquia espacial de Gene Roddenberry. E esta é uma fórmula que Hollywood ainda tem dificuldades em aperfeiçoar, por mais que se esforcem. Talvez por isso a Paramount decidiu passar o quarto filme da série Um Tira da Pesada para a Netflix.

Na nona posição, Malévola: Dona do Mal vai se preparando para deixar o top 10 após uma carreira abaixo do ideal, porém honrosa, nos EUA. Aproveitando-se do vácuo em entretenimento familiar (o maior blockbuster em cartaz no mês passado era a história de um homem com problemas mentais que se transforma num criminoso homicida), a fantasia estrelada por Angelina Jolie pôde reinar por quase um mês. Tendo arrecadado mais US$ 4,9 milhões em seu quinto fim de semana na América do Norte, Dona do Mal alcançou uma bilheteria americana de US$ 105 milhões. Não é exatamente nenhum grande sucesso, porém esse desempenho abaixo do desejável nos EUA foi compensado por uma boa performance em diversos mercados internacionais.

Na próxima semana, a princesa Aurora e sua fada Malévola devem ceder espaço para as suas colegas de Disney Anna e Elsa. No entanto, será que a queda de Dona do Mal é tão certa assim? Lembrando que há alguns meses Capitã Marvel, ao invés de cair perante Vingadores: Ultimato, na verdade beneficiou-se do megahit estrelado por Robert Downey Jr. e Chris Evans, e aumentou sua bilheteria. Mesmo após a chegada de Ultimato a aventura com Brie Larson arrecadou mais US$ 21,3 milhões, mais do que o bastante para superar Capitão América: Guerra Civil, Homem de Ferro 3 e Mulher-Maravilha. No caso de Dona do Mal e Frozen II não é exatamente a mesma situação, mas quem sabe as irmãs de Arendelle não auxiliam a fada de Jolie?

Finalmente, na décima posição, o drama biográfico Harriet faturou mais US$ 4,5 milhões e chegou a US$ 31,6 milhões após três semanas em cartaz. É um total digno para um longa que muito provavelmente, graças às críticas mistas, não terminará na corrida pelo Oscar – e hoje em dia isso é quase uma obrigação para que seu drama histórico para adultos (ou outros gêneros para uma audiência mais velha) seja visto nos cinemas.

Bilheteria EUA 15/11/19 a 17/11/19: