Barbie é o filme da Warner de maior público no Brasil em 50 anos
Barbie ultrapassa um clássico dos anos 1970 e se torna o filme da Warner Bros que mais vendeu ingressos para as salas brasileiras.
Compartilhe: Tiago
Publicado em 16/8/2023 - 06h00
Tendo estreado no mês passado, Barbie alcançou um feito que nenhum outro filme da Warner lançado ao longo de quase cinco décadas conseguiu: ultrapassar Inferno na Torre, até então o maior hit do estúdio em termos de público no Brasil.
A comédia cor de rosa vendeu quase 300 mil ingressos em seu quarto fim de semana em cartaz, com uma arrecadação de R$ 6,47 milhões. Ao todo, Barbie tem uma bilheteria no Brasil de R$ 200,5 milhões e 10,48 milhões de ingressos.
Com isso, o longa de Greta Gerwig, que já tinha se tornado o maior faturamento em reais da Warner há algumas semanas, conquistou um outro feito impressionante: ultrapassar os 10,37 milhões de ingressos vendidos por Inferno na Torre em 1975 e tornar-se também o maior público da história da WB.
Ao longo de quase cinco décadas, o modo de ir ao cinema no Brasil e no mundo mudou muito. Houve a popularização do home entertainment com a chegada do VHS e depois o DVD, Blu-Ray e streaming, as salas de cinema saíram da rua e foram para os shopping centers… E a Warner firmou-se em Hollywood trazendo franquias como Harry Potter, O Senhor dos Anéis e, claro, os longas baseados nos quadrinhos da DC.
Ainda assim, nenhum dos hits do estúdio conseguiu vender mais ingressos do que Inferno na Torre, o qual foi lançado em condições muito diferentes das atuais. Até a chegada de Barbie, o único que chegou perto foi o thriller da DC Coringa, que vendeu 9,89 milhões de ingressos em 2019 no Brasil.
Dito isso, é preciso ressaltar um ponto negativo na carreira de Barbie no Brasil: o longa caiu rápido demais. Ele sofreu quedas duras a cada semana e, com isso, atingiu um total inferior aos dos poucos filmes cujo desempenho é comparável.
Barbie, afinal, estreou vendeu 4,2 milhões de ingressos, o que é o terceiro maior público de abertura da história do país, atrás de Vingadores: Ultimato (5,6 milhões), Homem-Aranha: Sem Volta para Casa (4,54 milhões), mas à frente de O Rei Leão (3,78 milhões) e Vingadores: Guerra Infinita (3,76 milhões).
Porém, seu público ao final da quarta semana (10,48 milhões) é muito menor que os dos rivais após o mesmo período de tempo: Sem Volta para Casa beirava a casa dos 15 milhões, O Rei Leão estava em 13,7 milhões, Guerra Infinita tinha 13 milhões e Ultimato, a atual maior bilheteria da história do país, havia conquistado um total de quase 18 milhões.
Isso pois tais filmes tiveram uma sustentação comparativamente melhor. Enquanto Barbie sofreu quedas acima dos 57% a cada semana após a estreia, os outros caíram em torno dos 35% na segunda, 50% na terceira e 45% na quarta. O único que teve uma carreira mais turbulenta (ao menos nas primeiras semanas) foi o terceiro Homem-Aranha, que caiu mais de 60% na segunda devido ao fato de esta ter coincidido com o Natal, mas se recuperou nas seguintes, tendo seu desempenho auxiliado pelas férias de janeiro e por ser o maior blockbuster para todas as idades em cartaz.
Enfim, Barbie é um indiscutível sucesso de bilheteria no Brasil. Porém, seu desempenho comparado a outros filmes de tamanho similar certamente deixou a desejar.
Ainda assim, a coroa da Warner no país coube com facilidade na cabeça da boneca da Mattel.
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[fonte: Filme B]